Iron Reagan – Resenha de “Crossover Ministry” (2017)

 
Iron Reagan Crossover Ministry
Iron Reagan: “Crossover Ministry” (2017, Relapse Records) NOTA:8,5

Poucos estilos são tão legais quanto aquela mistura de Thrash Metal com punk/hardcore, conhecida como crossover.

Contando com membros do Municipal Waste e Cannabis Corpse, o Iron Reagan nos brinda com mais um acinte musical do gênero, agora batizado auto-referencialmente como “Crossover Ministry”, um título que não consigo deixar de encarar como um bela tiração de sarro com o Ghost, ainda mais pela arte de capa, a auto-proclamação de “novos líderes do evangelismo Thrash” e pela música “Megachurch”, uma faixa que junto a “A Dying World” mostra que a barulheira vai ser levemente diferenciada desta vez.

Mas não se preocupe pois a fusão de D.R.I. com Nuclear Assault está intacta em “Grim Business”, “Crossover Ministry” (um convite ao headbangin’), “More War”, “Bleed The Fifth” e “Twist your Fate”, sendo faixas onde a banda se refestela nos cânones irresistíveis do crossover.

Ou seja, temos aquele Punk Metal tão furioso quanto irônico, regado a riffs poderosos e moldado pela agressividade groovada do Thrash Metal e pela vibração Punk/Hardcore, conseguindo sair da mesmice do gênero ao pincelar um pouco de ousadia instrumental.

“Dead With My Friends” vem com cadência implacável, destacando as viradas do baterista Ryan Parrish, e a vibração punk mais pura em certas passagens, sendo um dos grandes destaques do álbum.

Sem dúvidas, o vocalista Tony Foresta (também do Municipal Waste, que lançou o ótimo “Slime and Punishment” recentemente)  é a alma da banda, com um vocal despojado, mas forjado para acompanhar o caos e a insanidade instrumental deste cativante subgênero do Heavy Metal.

Além disso, as guitarras de Landphil Hall (Municipal Waste e Cannabis Corpse) e Mark Bronzino emergem dos tradicionalismo do gênero com incisividade, principalmente nos solos com entropia elevadíssima nas seis cordas, bem embaladas por uma produção orgânica e precisa pra o tipo de música desenvolvida.

No geral, são dezoito pedradas em menos de meia hora de caos Metal/Punk, desferindo socos diretos (destacando os 13 segundo de “No Sell”, ou os 30 de “Eat or be Eaten”), entremeados a ataques mais elaborados, de uma banda que sabe bem o tipo de música agressiva e divertida (como na viciante “Fuck the Neighbors”) que quer criar.

Um álbum viciante de um dos gêneros mais divertidos da história do Metal. Pode separar suas cervejas, tirar o sofá da sala e pogar como se não houvesse amanhã.

Confira o clipe de  “A Dying World”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=dbuAWVKhq1M&w=560&h=315]

Confira o clipe de  “Fuck the Neighbors”…[youtube https://www.youtube.com/watch?v=jg9JnTr1SfY&w=560&h=315]

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