A banda Queens of the Stone Age nasceu no deserto norte-americano, em 1996, pelas mãos de Josh Homme, das cinzas do Kyuss, uma icônica banda cult que é referência de nove em dez bandas que investem no stoner rock/metal.
De projeto quase solo de Josh, a supergrupo com Dave Ghrol (Nirvana e Foo Fighters), Nick Olivieri (Kyuss), e Mark Lanegan (Screaming Trees) no clássico “Songs for the Deaf” (2002), a banda chega a “Villains”, seu sétimo álbum de estúdio, lançado em 2017.
Não compartilho muito do hype de salvadores do Rock que a banda possui e acho que após o ótimo álbum de 2002, pouco de relevante cunharam, tendo até redirecionado sua abordagem sonora para algo mais sombrio em “…Like Clockwork” (2013), o disco que me fez retomar a atenção no que a banda estava fazendo.
Na formação atual, além de dos vocais e da guitarra de Josh Homme, temos Troy Van Leeuwen (guitarra, backing vocals, teclados, lap steel), Dean Fertita (teclados, guitarra, backing vocals), Michael Shuman (Baixo, backing vocals, percussão) e Jon Theodore (Bateria), que tentam claramente resgatar aspectos mais empolgantes, dançantes (pense num The Killers com mais testosterona stoner), e menos sisudos do Rock, em certos momentos, mas ainda sob a sombra de “…Like Clockwork” (2013), à começar pela capa, também com arte de Boneface.
E o QOTSA parece seguir a mesma onda que atingiu o Foo Fighters na busca por um produtor renomado dentro da música pop atual, e trouxe Mark Ronson para a produção junto com Mark Rankin.
E talvez o único porém na sonoridade do álbum advenha deste fato, pois a timbragem da bateria ficou sintética demais, muito “fofa”, e os teclados climáticos estão mais proeminentes, definitivamente descaracterizando a organicidade que se espera de uma banda de Rock, e tirando parte da energia das músicas.
Por sua vez, o lado mais sombrio e melancólico do álbum anterior aparece mais uma vez, com suas claras influências de David Bowie, porém agora redirecionado para algo mais envolvente e melódico (já evidente na dramática abertura, de linhas de guitarra e teclados sinuosos), com certo apelo pop (por exemplo, na grudenta “Hideway”), por faixas diferenciadas e dinâmicas, ora percorrendo os seus próprios tradicionalismos, ora ousando por diferentes texturas e abordagens (como em “The Way You Used to do”, que apesar de interessante, trará uma introdução “Lou Bega à moda Queens of the Stone Age” e uma batida muito amaciada, mesmo que as guitarras venham mais incisivas), mas sempre com criatividade, e isso preciso ser reforçado.
Neste laboratório musical que se escancara a cada segundo passado, existe um pouco de rockabilly disfarçado em certos momentos (como no rock pretensamente visceral de “Head Like a Hauted House”), pinceladas de Classic Rock, bem como algo de pos-punk (no desfecho com “Villains of Circumstance”) aqui e new wave acolá (como em “Un-Reborn Again” e seus arranjos bem sacados e momentos stoneanos).
Esta boa variação de estilos chega a ser realizada até mesmo dentro das composições e parece que houve um certo acordo entre Ronson e a banda para determinar em quais faixas pesaria mais a mão de quem, conjectura reforçada na explícita variação de peso, e na adição de baladas (como na simplicidade eficiente de “Fortress”) que deixa tudo com aspecto heterogêneo.
Como destaques temos a multivariada e certeira “Feet Don’t Fail” (a já citada abertura) e seu clima bowieneano mais nervoso, que se repetirá em “Domesticated Animals”, e “Fortress” outros dois destaque inquestionáveis do tracklist, junto ao Classic Rock de “The Evil Has Landed”.
No fim, fica a sensação de que Mark Ronson forjou em estúdio uma áspera “versão The Killers” do Queens of the Stone Age, ou um morno Queens of the Stone Age “no modo David Bowie“.
E na passada de régua, gera um produto mais que interessante, com potencial a ser ignorado por ora, mas redescoberto como uma pérola perdida daqui uma década.
Confira a faixa “Domesticated Animals”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=6nI1RIA-Y1Q&w=560&h=315]
Confira o clipe de “The Way You Used to do”…[youtube https://www.youtube.com/watch?v=3lw6MZBmY-U&w=560&h=315]
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