Nirvana: A ascenção e queda da última grande banda do Rock

 

Se você é fã de rock, não pode deixar de conhecer a história da banda Nirvana. Este guia completo conta tudo sobre a ascensão e queda da última grande banda do gênero.

Este pequeno artigo vai abordar a carreira da banda mais importante dos anos 1990, o Nirvana, super-banda capitaneada por Kurt Cobain e que liderou o movimento grunge. Vamos comentar sobre os melhores discos em sua discografia, as melhores músicas desde “Smells Like Teen Spirit” e uma lista com todas as formações das bandas de seus membros principais.

Se você é fã de rock, não pode deixar de conhecer a história da banda Nirvana. Este guia completo conta tudo sobre a ascensão e queda da última grande banda do gênero.Este pequeno artigo vai abordar a carreira da banda mais importante dos anos 1990, o Nirvana, super-banda capitaneada por Kurt Cobain e que liderou o movimento grunge. Vamos comentar sobre os melhores discos em sua discografia, as melhores músicas desde "Smells Like Teen Spirit" e uma lista com todas as formações das bandas de seus membros principais.

Muitas foram as bandas influentes na história do rock. E muitas delas estavam ligadas a movimentos eventualmente regionais. Os anos 1990, porém possuem três donos: Nirvana, Metallica e Guns N’ Roses. Mas no início de 1986, as coisas eram bem diferentes, e nada poderia supor que o Nirvana chegaria ao lugar que ocupa no patamar dos astros pop. Naquele mesmo ano, o cenário musical de Seattle ainda se destacava pela sua única grande contribuição para o mundo do rock: Jimi Hendrix.

Bandas como Melvins, Tad, Mudhoney, Mother Love Bone (que mais tarde viria a dar origem ao Pearl Jam) e o Soundgarden ainda eram apenas mais algumas perdidas em meio a centenas de pequenos grupos de uma cidade chuvosa em que havia pouco mais a fazer do que formar uma banda de rock. O cenário composto por estas bandas começou a se tornar mais profissional a partir dos investimentos de um pequeno selo chamado Sup Pop, montado por Bruce Pavitt e Jonathan Poneman, que em pouco tempo acabaram se destacando entre os produtores de bandas independentes.

Mais do que gravar demossingles de bandas desconhecidas, a Sub Pop investia em material de divulgação, fotos e contatos com rádios. Embora raramente houvesse lucro, em pouco tempo o selo se tornou um grande descobridor de talentos para gravadoras maiores. Em meio a várias bandas que passavam pela Sub Pop, uma chamou a atenção dos produtores com sua mistura de melodia punkriffs de heavy metal e vocais agressivos.

Chamada Nirvana, a banda completada por Kurt Cobain, Krist Novoselic e Chad Channing, gravou seu primeiro single “Love Buzz” pela Sub Pop. Essa música er aum cover para uma canção pop gravada originalmente pelo grupo Shocking Blue. Apesar de um certo atraso no lançamento e um preço final muito alto, o single foi um sucesso. Com “Love Buzz” o Nirvana saiu do anonimato e começou uma turnê por clubes alternativo. Surpreendentemente o som anticomercial da banda foi aceito e isso indicava que um disco poderia dar certo.


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A fase pré-Nirvana: o Fecal Matter.

Antes de embarcar no sucesso vertiginoso com o Nirvana, Kurt Cobain participou da banda Fecal Matter, em Seattle, na qual tocava Dale Crover (baixista do Melvins, uma das bandas que mais influenciaram a cena musical de Seattle e, futuramente, o próprio Nirvana). Em 1985, Kurt viria a conhecer Krist Novoselic, que se tornaria seu maior amigo. Meses depois de convivência e de grande amizade, eles resolveram se mudar para a cidade de Olympia, ainda no estado de Washington, onde passaram a trabalhar em empregos diversos e começaram a frequentar as baladas noturnas da região.

Não demorou muito para os dois formassem uma banda, à qual deram o nome de Stiff Woodies. Os únicos integrantes fixos eram os dois amigos (Kurt, na bateria, e Krist, no baixo). A banda era completada por companheiros que se revezavam na guitarra ou no contra-baixo. Em pouco tempo, o grupo mudou duas vezes de nome: The Sellouts e Skid Row. No ano de 1986, o grupo, formado por Aaron Buckhard, Kurt Cobain e Krist Novoselic, mudou o nome definitivamente para Nirvana. Pouco depois, por motivos desconhecidos, Aaron abandonou a banda e, em seu lugar, entrou Chad Channing.

Com a nova formação o Nirvana passou a fazer pequenas apresentações entre Olympia e Seattle. Era interessante como o trio, que já possuía um pequeno público cativo, foi conquistando admiradores no cenário musical da região que, na época, era bastante influenciado por Jimi Hendrix e The Melvins. Kurt Cobain ainda não estava compondo letras como aquelas que o transformou num ícone da geração jovem de sua época, mas suas músicas já tinham um diferencial em termos de energia em relação aos outros grupos do cenário underground.

Mesmo assim, as canções tinham refrões grudentos, de facílima memorização e, pouco a pouco, a banda foi ganhando um destaque maior, tendo depois suas primeiras músicas gravadas tocadas em rádios alternativas da região.

A Fase Sub Pop do Nirvana: O lendário “Bleach”, primeiro disco!

Nirvana Bleach
Clique na imagem para ver o disco.

No mesmo ano em que se formou o Nirvana, 1986, foi criado o selo independente Sub Pop, graças aos ideais dos amigos Jonathan Poneman e Bruce Pavitt, que queriam dar uma oportunidade às diversas bandas alternativas da região que procuravam por um lugar ao sol. É importante ressaltar a importância dessa gravadora que teve um papel crucial no crescimento profissional do Nirvana, e também na divulgação da cena grunge de Seattle para o resto do país e para o mundo.

Graças à popularidade local do Nirvana, Cobain, Novoselic e Channing acabaram conhecendo e ficando amigos do produtor Jack Endino, que adorou o som da banda e mostrou algumas fitas de demonstração do grupo pra os donos da Sub Pop. Em 1987, eles assinaram um contrato com a gravadora, que previu que ali estaria algo que realmente poderia dar certo.

Em 1988 o Nirvana estava cada vez mais popular no meio underground, quando aconteceu o lançamento de estréia do Nirvana, o single “Love Buzz”, que quase não saiu devido a problemas financeiros. Querendo ou não, a gravadora era um selo independente, muitos de seus lançamentos não vingavam e a grana era algo que realmente não existia em larga escala. Mas o single foi muito bem nas vendas e o dinheiro levantado deu um novo ânimo para a Sub Pop.

Com isso, a Sub Pop resolveu arriscar no Nirvana apesar das grandes dificuldades financeiras. Durante quase seis meses o trio gravou o LP “Bleach” em meio a um ritmo alucinante de shows.  As letras eram terminadas e as músicas eram compostas em poucos minutos antes da gravação. A produção se encarregou de tornar o som mais aceitável e comercial.

Duas curiosidades interessantes: o nome do guitarrista e vocalista do Nirvana constava no encarte como Kurdt Cobain e o outro guitarrista citado no encarte era Jason Everman, que não tocou no disco e teve seu nome adicionado por ele ter financiado a gravação do disco que custou pouco mais de 600 dólares. Após meses de preparação do disco, em junho de 1989 “Bleach” chegava às lojas e vendeu pouco mais de 35 mil cópias, um número excelente para um disco de estréia de uma banda underground e capaz de tirar a Sub Pop do vermelho.

Já com um contrato assinado o Nirvana saiu em uma extensa turnê de divulgação pelos Estados Unidos. Em cada cidade que passavam, o número de pessoas que iam aos concertos aumentava e, curiosamente, a fama da banda começava a chegar antes dela com a divulgação dos shows e do disco em rádios alternativas. No final da mini-turnê, o Nirvana gravou um EP chamado “Blew”, lançado apenas nos Estados Unidos.

O Nirvana assina com a Geffen

Ao lado do Tad, outra banda emergente de Seattle, o Nirvana embarcou para sua primeira turnê européia. Em um dos shows o trio conseguiu chamar a atenção de um executivo da gravadora Geffen. A história do Nirvana começava a mudar e em pouco tempo surgiu a oportunidade de uma mudança de rumo na carreira. Apesar das ligações afetivas com a Sub Pop, era claro que o Nirvana não podia negar um contrato com uma gravadora maior.

Além do mais, o preço pago pela Geffen à Sub Pop pela rescisão do contrato do Nirvana era suficiente para retirar a gravadora do buraco. É interessante mencionar que a Geffen não a única interessada no Nirvana. Pouco antes da gravação do novo disco pela nova gravadora, em 1990, o baterista Chad Channing saiu da banda por diferenças musicais. Em seu lugar entrou, provisoriamente, Dale Crover, que, pouco tempo depois, deu lugar ao baterista Dan Peters.

É importante ressaltar que Kurt deixava bem claro que esses bateristas eram apenas provisórios. E foi com Dan Peters que o Nirvana gravou seu segundo single “Sliver”, e pouco tempo depois o raríssimo EP chamado “Blew”, um disco com seis músicas e tiragem limitada, lançado apenas nos Estados Unidos. No final de 1990 entrou o baterista Dave Ghrol, que na ápoca tocava na banda neopunk Scream.

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O Auge do Nirvana

Com esta formação o trio conquistaria o mundo, pois em setembro de 1991, logo após o lançamento de “Nevermind”, ocorreu muito mais do que o esperado. Do dia para a noite o disco pulou para o topo das paradas, sem divulgação em rádio ou na MTv. A imprensa musical correu atrás do prejuízo e em menos de um mês a banda saiu do anonimato e passou a ter que escolher as entrevistas que iria conceder e os programas de TV de que iria participar.

De repente, o som de Seattle, juntamente com o visual clássico dos jovens da cidade, com bermudas e camisas de flanela, passou a ser moda. Desde os Sex Pistols o underground não vendia tanto. Aparentemente, o Nirvana estava passando intocada por tudo isso e , apesar de seus integrantes terem se tornado milionários instantâneos, eles continuavam quebrando os mesmo equipamentos baratos em seus shows.

O sucesso do Nirvana de imediato alavancou a carreira de dezenas de bandas da cidade de Seattle. Embora não houvesse identidade musical entre as bandas, existia uma identidade visual e estética. Em 1992, em meio às imensas turnês e devido à falta de tempo para lançar material inédito. a gravadora lança “Incesticide”, uma coletânea de gravações inéditas, lados B, demos ou faixas raras lançadas em coletâneas.

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Em 1993 é lançado “In Utero”. O Nirvana parecia estar numa encruzilhada. Era praticamente impossível repetir o sucesso de “Nevermind”. O fãs antigos abominavam a banda que havia se vendido para a mídia, enquantos os fãs novos exigiam hits de sucesso como os de “Nevermind”. Por mais que tenha tentado negar isso, Kurt Cobain, se tornou aquilo que mais odiava: um ídolo pop. Infelizmente, em abril de 1994, ele se suicidaria com um tiro na cabeça.

Em novembro daquele ano foi lançada em disco a apresentação do Nirvana no programa Unplugged da MTv, batizado de “Unplugged In New York”, que contém um show ensaiado exaustivamente naquele que seria o último projeto musical de Kurt Cobain.

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As Formações do Nirvana

O embrião do Nirvana foi formado quando Kurto Cobain conheceu Krist Novoselic através da banda punk The Melvins, de Aberdeen. Porém, até alcançar o estrelato com a formação definitiva do Nirvana, os dois fizeram parte de muitas outras bandas e tocaram com inúmeros músicos.

Abaixo, você tem a lista da maioria delas.

Fecal Matter

  • Kurt Cobain (guitarra e vocal)
  • Dale Crover (baixo)
  • Greg Hokanson (bateria)
  • Mike Dillard (bateria)

Brown Cow

  • Buzz Osborne (baixo – futuro membro do The Melvins)
  • Dale Crover (bateria – futuro membro do The Melvins)
  • Kurt Cobain( guitarra e vocais)

Stiff Woodies

  • Krist (vocais, guitarra, baixo)
  • Kurt (bateria)

The Sellouts

  • Steve Newman (baixo)
  • Kurt Cobain (bateria)
  • Krist (guitarra e vocal)

Nome Desconhecido

  • Kurt (guitarra e vocal)
  • Krist (baixo)
  • Bob McFadden (bateria)

Skid Row

Essa banda também adotou os seguintes nomes, em ordem cronológica: Ted Ed Fred, Bliss, Throat Oyster, Pen Cap Chew, Windowpane.

  • Aaron Burckhard (bateria)
  • Kurt (guitarra)
  • Krist (baixo)

Nirvana

  • Kurt Cobain (guitarra e vocais)
  • Krist Novoselic (baixo)
  • Aaron Burckhard (bateria, de 1985 a 1986)
  • Chad Channing (bateria, de 1986 a 1990)
  • Dave Foster (bateria, 1988)
  • Dale Crover (bateria, 1990)
  • Danny Peters (bateria, 1990)
  • Dave Grohl (bateria, de 1990 até o fim da banda).
  • Jason Everman (guitarra, 1989)
  • John Duncan (guitarra, 1993)
  • Pat Smear (guitarra, de 1993 até o fim da banda)

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