Neverwinter | Banda paranaense responde nossas Se7e Perguntas

NEVERWINTER, banda curitibana de metal sinfônico, participa de nossa seção onde queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas.

FICHA TÉCNICA

NOME DA BANDA: Neverwinter

ESTILO: Metal Sinfônico

CIDADE/ESTADO: Curitiba/PR

ANO DE FUNDAÇÃO: 2018

DISCOGRAFIA: “Air Castle” (2019, álbum de estúdio)

ENTREVISTA

1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre a biografia da Neverwinter.

Neverwinter: Nós que agradecemos o convite! É um prazer imenso falar com você!

Bem, a banda foi formada no final de 2018, em Curitiba. A Neverwinter surgiu do sonho do músico e compositor Higor Hoenig, que desejava lançar músicas autorais com a qualidade das bandas que sempre admirou, sob as influências de metal sinfônico, metal melódico e power metal. A banda tomou forma com a entrada de Fernanda Zys, que assumiu os vocais e passou a escrever as letras, inspiradas na literatura decadente do século XIX. Em novembro de 2019 lançamos o álbum de estreia “Air Castle“.

Fernanda Zys é uma soprano que sempre amou música e poesia. Em 2016 começou a fazer aulas de canto, em 2018 gravou uma canção com um produtor musical de Londres, e tem experiência com música erudita como coralista. No fim de 2018 entrou para a Neverwinter e assumiu a composição do vocal (letras e melodia). Influenciada por bandas como Joy Division, The Cure, Marilyn Manson e HIM, gosta de transmitir sentimentos intensos através do que canta, e acredita que as letras das músicas precisam ter significado e permitir ao ouvinte interpretar de seu próprio modo.

2. Quais as principais influências da Neverwinter? Existe algum nome que indicaria como principal referência para a sonoridade que vocês praticam?

Neverwinter: Nossas influências são bem variadas. Além de nos inspirar nos grandes nomes do metal sinfônico, como Epica e Nightwish, o Higor Hoenig, multi instrumentista, compositor e fundador da Neverwinter tem muita influência de artistas como Dmitri Shostakovitch a Aquiles Priester. Fernanda Zys, vocalista e letrista, é influenciada por bandas como Joy Division, The Cure, Marilyn Manson e HIM, além da literatura decadente do séc. XIX e começo do século XX. Atualmente, as novas composições estão tendo bastante influência de Ignea, por considerar algo moderno.

3. Quanto às letras, existe algum direcionamento específico? Nesse âmbito, a Neverwinter possui algum posicionamento político ou ideológico?

Fernanda Zys: As nossas letras retratam emoções humanas de uma forma poética que lembra o ultrarromantismo. Nós fugimos daquela coisa batida no metal de cantar sobre acontecimentos épicos e irreais e tentamos aproximar o público através de canções em que o ouvinte possa se identificar com as emoções e situações retratadas. A ideia central é transmitir beleza e poesia, tanto nas letras quanto nas melodias. A única música com teor um pouco mais denso e tema sensível é a Stains, que aborda abuso infantil e faz uma análise dos danos psicológicos causados por isso.

4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona o processo de composição?

Neverwinter: Tudo começa com o Higor, que faz o instrumental e encaminha para a Fernanda criar a linha melódica dos vocais e as letras. O instrumental começa de forma mais livre justamente para a música se escrever e não o contrário, depois vai acrescentando algumas “regras” simples, como escalas, andamentos e afins. Uma coisa curiosa é que o Higor compõe todos os instrumentos ao mesmo tempo, e além de checar diversas vezes se uma sessão combina com a outra, encara isso como uma forma pessoal de compor. Nós dois temos muita liberdade para escrever, e a parceria assim funciona muito bem.

5. Qual das suas músicas ou discos você indicaria para alguém interessado em conhecer o som de vocês?

Neverwinter: Eu indicaria a “Distance”, que é a música mais gostosa do álbum, com uma vibe etérea, conta com intro e solo lindos, além de ser muito técnica também. Mas falando em técnica, não tem como deixar de indicar a “By The Flames”, que é a música com maior dificuldade técnica em todos os instrumentos, conta com um solo de teclado lindo e as escalas arábicas utilizadas criam uma atmosfera deliciosa nessa música.

6. Já existem metas de longo e médio prazo para a Neverwinter?

Neverwinter: Bem, com essa época de pandemia os shows ficaram prejudicados, mas nós estamos aproveitando o tempo para compor e fazer alguns vídeos de quarentena para participar de festivais online. Atualmente estamos trabalhando em versões acústicas de algumas músicas do primeiro álbum, que pretendemos lançar como um EP em breve. Também estamos compondo músicas para o segundo álbum de estúdio, já temos 8 músicas inéditas e mais 2 versões acústicas para essas novas. Nosso lançamento terá características voltadas para Middle-Eastern, mas sem elementos folclóricos, indo na linha da “By the Flames” do nosso primeiro álbum. Também estamos planejando lançar alguns videoclipes no ano de 2021, já das músicas novas. Quanto aos shows, vamos esperar normalizar a questão da saúde e o fim da pandemia, sem descartar festivais online e lives.

7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.

Neverwinter: Queremos agradecer mais uma vez a oportunidade de participar dessa entrevista. O trabalho de vocês é certamente muito importante, por apoiar bandas autorais brasileiras. E aos leitores, não deixem de conferir nosso canal do youtube, e dar uma passada no nosso instagram @neverwinter.official pois lá sempre tem novidades e curiosidades sobre as músicas e composição. Também estamos nos principais serviços de streaming de música, então não importa qual você utilize, é fácil nos encontrar lá. Dê uma chance para ouvir algo novo. E para finalizar, apoiem sempre as bandas nacionais!