“To the End”, do Memoriam é o objeto nesta seção onde apresentamos uma resenha rápida e de forma tão direta que vai agradar até mesmo quem acha os 280 caracteres do Twitter uma ostentação desnecessária!
Quem e O Quê?
“To the End” é o quarto álbum de estúdio da banda britânica de death metal Memoriam, fundada por ex-membros do Bolt Thrower e do Bennediction. Este é o primeiro álbum de estúdio com o baterista Spike T Smith, que substituiu Andrew Whale.
Ficha Técnica:
- Ano de Lançamento: 2021
- Número de Faixas: 9
- Produção: Russ Russell
- Selo: Reaper Entertainment/Urubuz Records
- Duração: 44:49
O que eles dizem do disco:
No press release podemos ler: “Marcando o início de uma segunda trilogia de álbuns, ‘To The End’ serve como uma espécie de prólogo para os três primeiros álbuns do MEMORIAM. Trabalhando de trás para frente e narrando a história de vida do líder cuja morte foi retratada na primeira trilogia, as letras do álbum podem ser referentes a um reino fictício, mas incorporam inspiração da vida real. Um tema central da guerra é ampliado por reflexões políticas e experiências cotidianas que se combinam para criar uma crônica coesa e cativante.”
O que nós achamos do disco:
O Memoriam teve sua primeira baixa importante na formação com a saída do baterista Andrew Whale, em 2018, substituído por Spikey T. Smith, e com isso ofereceu uma atualização também na sonoridade.
Não que o death metal tenha sido abandonado, mas agora as referências esperadas de Benediction e Bolt Thrower estão mescladas à incisividade e à sujeira do crust/punk, dando mais dinâmica à personalidade do Memoriam que é ainda guiada pelos riffs belicosos e sorumbáticos de Scott Fairfax e os vocais cavernosos de Karl Willetts.
A mudança na dinâmica rítmica pode ser sentida nas linhas de Smith (bem amparado pelo baixo de Frank Healy) já na avassaladora faixa de abertura, “Onwards Into Battle”, que ganha em versatilidade e não perde um grama de peso.
Neste sentido, “To The End” é uma perfeita demonstração de uma forma crua e agressiva do death/doom metal com o clima do post-punk pincelado em diversas composições, e arrisco dizer que neste disco o Memoriam deixa a herança do Bolt Thrower um pouco de lado e cria uma diversificada identidade própria dentro da música extrema, esbarrando bem mais no thrash metal e mesclando todos os tradicionalismos com um bem-vindo experimentalismo.
Músicas de Destaque:
“Onwards Into Battle”, “This War Is Won”, “No Effect“ (essa vai agradar os fãs do Sepultura), “Each Step (One Closer to the Grave)”, “Vacant Stare” e “As My Hearts Grows Cold” (de lembrar os velhos tempos do Paradise Lost).
Pra Quem Gosta de:
Bolt Thrower, Benediction, Autopsy, Sepultura, Celtic Frost, Amebix, Napalm Death
Leia Mais:
- Memoriam – “For The Fallen” (2017) | Resenha
- Memoriam – “The Silent Vigil” (2018) | Resenha
- Memoriam – “Requiem For Mankind” (2019) | Resenha
- Death Metal | Qual Banda Criou o Metal da Morte?
- Bolt Thrower – “Those Once Loyal” (2005) | Você Devia Ouvir Isto
- Death Metal | 11 Discos Para Conhecer o Metal da Morte
- Benediction – “Scriptures” (2020) | Resenha
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