Melhores Discos de 2023: Os 15 Discos Imperdíveis deste Ano

 

Descubra os destaques musicais de 2023 com os melhores discos segundo Marcelo Lopes Vieira. Entre os lançamentos, destacam-se “IX” do Host, uma fusão única de electropop e gothic rock, e “Heimdal” do Enslaved, uma épica jornada nórdica. Explore também álbuns de Soen, Riverside, In Flames, Metallica, Steven Wilson, Rolling Stones e mais. Confira resenhas completas e mergulhe nessa jornada musical inesquecível.

Descubra os destaques musicais de 2023 com os melhores discos segundo Marcelo Lopes Vieira. Entre os lançamentos, destacam-se "IX" do Host, uma fusão única de electropop e gothic rock, e "Heimdal" do Enslaved, uma épica jornada nórdica. Explore também álbuns de Soen, Riverside, In Flames, Metallica, Steven Wilson, Rolling Stones e mais. Confira resenhas completas e mergulhe nessa jornada musical inesquecível.

Bem-vindo ao meu refúgio musical de 2023, onde a música se tornou um escape vital na turbulência de um ano cheio de experiências pessoais e projeos novos e intensos.

Nesta lista onde apresento os 15 discos que mais gostei em 2023 e que já estão entrando na minha coleção de LPs e CDs, Metallica, Rolling Stones e In Flames marcaram presença certa com lançamentos empolgantes, enquanto nomes menos celebrados como Katatonia, Haken, Soen, Riverside e Steven Wilson desafiaram fronteiras, moldando o futuro musical das formas progressivas.

Surpresas inesperadas, como os excelentes trabalhos do RPWL e do HOST, trouxeram uma reviravolta cativante. Nossa jornada auditiva abraçou mais minha paixão pela música progressiva e sofsticada, inde desde a fusão agressiva com do black metal do Enslaved até o classicismo estílico do Caravela Escarlate.

Os Melhores Discos de 2023 segundo Marcelo Lopes Vieira

O ano de 2023 foi uma montanha-russa emocional para um verdadeiro apreciador de música como eu! Apesar de já não conseguir mais escutar 300 discos novos por ano, muitas de minhas bandas e artistas favoritos lançaram seus discos neste ano.

Desde a estreia arrebatadora do projeto de membros do Paradise Lost batizado de Host, que trouxe uma fusão única de electropop e gothic rock, até a epopeia nórdica do Enslaved com “Heimdal”, comecei o ano empolgado, principalmente pela evolução sutil e envolvente de bandas como Soen e Riverside, além do retorno triunfante e inesperado de In Flames às suas raízes clássicas são como acordes nostálgicos que ressoam profundamente em seu coração.

Mesmo com toda a minha desconfiança, o Metallica, com “72 Seasons,” demonstrou uma maturidade musical que transcende décadas e me fez despertar novamente para o amor que sinto por seus discos.

Ao mesmo tempo Steven Wilson, em “The Harmony Codex,” continuou sua tapeçaria sonora inovadora. O 69 Eyes, fiéis à sua fórmula única, Haken, Caravela Escarlate, Rival Sons (com dois discos brilhantes) e Rolling Stones (surpreendendo aos 45 do segundo tempo com um gol de placa) acrescentam camadas de emoção a este ano musical inesquecível.

Abaixo, apresento minha jornada sonora, dentro daqueles que considero como os melhores discos de 2023 e que certamente terão seus lugares na minha coleção de CDs e LPs.

1) Host – “IX”

“IX” marca a estreia da banda Host, projeto fundindo electropop e gothic rock com membros da icônica Paradise Lost. Lançado em 24 de fevereiro de 2023, o álbum, uma homenagem a “Host” de 1999, redefine a experimentação musical da época.

Com nove faixas na versão original e doze na nacional, inspira-se nos anos 1980, destacando-se por letras introspectivas e melodias envolventes. “IX” representa uma continuação conceitual brilhante do álbum de 1999 do Paradise Lost, com destaque para faixas como “Tomorrow’s Skies” e “Wretched Soul”.

2) Enslaved – “Heimdal”

“Heimdal”, 16º álbum da Enslaved, é uma jornada épica nórdica que mescla a beleza progressiva ao black metal norueguês. Lançado no Brasil pela Shinigami Records e Nuclear Blast, o disco audaciosamente une prog metal e elementos do black metal, criando uma obra equilibrada e concisa, exemplificada pelas faixas “Congelia” e “Caravans to the Outer Worlds”.

3) Soen – “Memorial”

“Memorial” é o mais recente álbum da banda Soen, representando uma evolução natural de seus trabalhos anteriores, notadamente “Lotus” e “Imperial”. O álbum aborda temas como guerra, crise climática e egoísmo humano.

Embora mantenha a sofisticação lírica e musical, a abordagem mais acessível foi determinante para o resultado final da musicalidade envolvente, destacando-se em faixas como “Unbreakable” e “Violence”.

4) Katatonia – “Sky Void Of Stars”

“Sky Void of Stars,”  décimo segundo álbum de estúdio da banda sueca Katatonia, mantém a essência da banda, oferecendo uma experiência renovada e enérgica em sua musicalidade sombria, progressiva e melancólica.

Apresentando grandes refrãos, riffs (o de “Colossal Shade” é um dos melhores da discografia da banda), solos brilhantes e sintetizadores bem colocados, a banda equilibra sua sonoridade característica com uma abordagem mais divertida. Mesmo que algumas músicas possam parecer remakes de décadas passadas, “Sky Void of Stars” é, pra mim, um dos melhores discos do Katatonia.

5) Riverside – “ID.Entity”

O que aconteceria se você misturasse A-Ha e Rush na musicalidade da banda Riverside? Bom! A resposta para esta pergunta está registrada de forma genial no brilhante “ID.Entity”, o oitavo álbum de estúdio da bandapolonesa de rock progressivo Riverside.

Este disco entrega não apenas uma reflexão sobre o controle das massas feito pelas empresas de tecnologia, mas também uma renovação muito feita em sua identidade musical. O grupo incorpora ousadamente elementos dos anos 80, enquanto explora zonas simples do heavy metal e do classic rock, além das atmosferas frias do Krautrock. Sem dúvidas foi o disco que mais ouvi no ano!

6) In Flames – “Foregone”

Este era o disco do In Flames que eu esperava desde “Clayman” (2000). Afinal, este álbum marca o retorno fenomenal ao gênero que ajudaram a moldar. Ou seja,”Forgone”, representa brilhantemente o estilo da banda ao longo de sua longa e eclética carreira.

Com um equilíbrio perfeito entre agressividade e melodias cativantes, especialmente nas guitarras, o álbum é possivelmente o mais pesado desde “Come Clarity” de 2006,  trazendo faixas brilhantes como “State of Slow Decay” e “Meet Your Maker”, e “The Great Deceiver”. Deixe as críticas sobre o uso excessivo de autotune nos vocais de Anders de lado e se renda ao melhor disco do In Flames em 20 anos!

7) Metallica – “72 Seasons”

Talvez este seja o disco mais óbvio da minha lista, mas não tinha como deixar de incluir “72 Seasons”, o décimo primeiro álbum de estúdio do Metallica. Olhando em retrospecto, o quarteto liderado por Lars Ulrich e James Hetfield vem numa crescente de qualidade em seus discos desde o contestado “St. Anger “(2003) – por favor, considere “Lulu” parte da discografia de Lou Reed.

Em “72 Seasons”, não espere que o Metallica retorne ao seu som clássico dos anos 80; no entanto, ao aceitar a evolução da banda, o álbum oferece uma experiência emocionante novamente. Misturando elementos do período Load/Reload com doses estratégicas de suas influências primecas de NWOBHM, este disco destaca-se pela performance vocal de James e pela solidez rítmica de Lars.

Sem dúvidas é emocionante ouvir minha banda favorita retornar com músicas novamente cheias de feeling, como “Lux Aeterna”, “Screaming Suicide”, “72 Seasons”, “Shadows Follow”, “If Darknesss Had a Son”, “Too Far Gone” e “Inamorata”.

8) Steven Wilson – “The Harmony Codex”

Steven Wilson, pra mim, é o grande gênio musical de sua geração dentro da música progressiva. Seja no Porcupine Tree, no Storm Corrosion ou m sua carreira solo, nunca escutei um disco seu que fosse menos do que excelente.

Neste “The Harmony Codex” não é diferente! Aqui ele dá continuidade a sua exploração das sonoridades mais pop e eletrônicas, mas também retoma com força os arranjos instrumentais jazzízticos. Junto ao estilo vocal característico de Wilson o resultado é uma experiência musical genuinamente única, repleta de temas e ideias sofisticadas e originais.

9) The 69 Eyes – “Death of Darkness”

Outra banda do coração é o 69 Eyes, talvez a que melhor soube envelhecer dentro daquelas que se destacaram na geração gótica dos anos 1990, sendo que seu ápice pra mim acontece no brilhante “Universal Monsters” (2016).

“Death of Darkness”, seu 13º álbum de estúdio, se não superou aquele álbum de 2016, chegou perto, afinal, mantém a fórmula única da banda finlandesa, combinando elementos sombrios do hard rock e do gothic rock, em faixas excelentes como “California” e “Call Me Snake”, mas apresenta ousadias que empolgam ainda mais, como no gothic/country de “This Murder Takes Two”.

10) Haken – “Fauna”

Este o disco que mais demorei para digerir em 2023. Mas quando ele bateu se tornou um vício ouvi-lo diariamente por várias semanas seguido do Katatonia e do Riverside listados acima. Era a playlista básica de 2023.

Com a pandemia proporcionando mais tempo para a composição, “Fauna” explora novas sonoridades e a influência do djent foi o fator me fez demorar tanto para assimilar suas músicas. O mais legal por aqui é que cada faixa relaciona um anima ao mundo humano:..

11) Caravela Escarlate – “III”

O disco que mais me emocionou neste ano é brasileiro! “III”, como o próprio nome já diz, é o terceiro disco da banda de rock progressivo brasileira Caravela Escarlate! Um disco sem guitarras pode causar calafrios em muitos fãs de rock progressivo, mas quando se tem um músico do gabarito de Ronaldo Rodrigues nos teclados, nem lembra-se das seis cordas.

Aqui a eloquência jazzística convive com o tom épico do progressivo setentista de Yes, EL&P e Premiata Forneria Marconi, e com o bucolismo mineiro do Clube da Esquina e do prog pop/rock brasileiro praticado pelo Azymuth, por exemplo.

Neste panorama musical, a habilidade técnica e a riqueza melódica são os tijolos que constrõem o único disco nacional que tive oportunidade de ouvir este ano e que me emocionou ao ponto de ficar pelos menos duas semanas ininterruptas no meu toca-discos.

12) Rival Sons – “Darkfighter” e “Lightbringer”

Como sempre acontece nas minhas listas vou roubar! Afinal, não é sempre que uma banda lança dois discos excepcionais no mesmo ano! A última lembrança que tenho disso foi o System of a Down com a dupla “Mezzmerize” / “Hypnotize”, em 2005. Agora, o Rival Sons, a melhor banda de classic rock surgida nos últimos 20 anos nos brinda com “Darkfighter” e “Lightbringer”, dois discos geniais!

“Darkfighter” chegou primeiro e se apresentou como uma brilhante sequência de “Feral Roots”, pela versatilidade ao transitar entre ritmos e estilos dos anos 70, indo de Led Zeppelin e David Bowie a Bad Company e Sly & The Family Stone, jogaram com a dicotomia entre luz e sombra, numa experiência pesada, sombria e reflexiva de sua discografia. Já “Lightbringer”, que é um complemento do primeiro, adota uma abordagem mais solar, menos densa, preparando-se para uma jornada mais iluminada.

13) Rolling Stones – “Hackney Diamonds”

Que surpresa! Nunca imaginei que os Rolling Stones pudessem oferecer um disco tão bom nesta altura da carreira! Isso porque “Hackney Diamonds” é o melhor trabalho da maior banda de rock de todos os tempos (veja bem, maior não quer dizer melhor) desde o clássico “Tattoo You” (1981).

 Contando com colaborações de alto gabarito, o álbum traz um repertório vibrantem que mistura de Pop Rock e Glam Rock, incorpora elementos de Country Rock e Blues Rock, atingindo seu ápice com a enérgica “Bite My Head Off”.

Embora algumas faixas possam parecer genéricas e a produção em algumas prejudique a organicidade de alguns intrumentos e vocais de Mick Jagger, “Hackney Diamonds” é um disco que faz jus ao legado da banda que é uma lenda viva do rock.

14) Ed Motta – “Behind the Tea Chronicles”

Os quatro discos anteriores de Ed Motta, “AOR” (2014), “Perpetual Gateways” (2016) e “Criterion of the Senses” (2018), mostravam o multi-instrumentista brasileiro mais talentoso de sua geração em sua melhor fase na carreira, fazendo, de fato, a música que queria: jazz/funk/pop sofisticado e com ecos do passado, principalmente de Steely Dan.

Cinco anos se passaram e ele apresenta “Behind the Tea Chronicles” onde assume toda a responsabilidade da criação musical: composição, produção e execução. Ed Motta que parece ter tudo sob controle desde sua mesa de som mental.

Poucos são capazes de jogar com harmonias e timbragens como ele na atualidade, dando oxigenação a abordagens clássicas de uma forma muito pessoal, oferecendo uma experiência musical cativante e cinematográfica, onde buscar referências se torna um jogo que nos mergulha ainda mais na música, principalmente se você da valor à criatividade na música.

15) RPWL – “Crime Scene”

“Crime Scene” (2023), o recente lançamento da banda de rock progressivo RPWL, desvenda mistérios sonoros em uma viagem musical envolvente até as profundezas da alma humana. Composto por Kalle Wallner, Yogi Lang, Marc Turiaux e Markus Grützner, o álbum apresenta seis faixas densas e atmosféricas que transcendem as barreiras do rock progressivo.

Temos epopeias musicais explorando complexidades inesperadas e movimentos que incorporam elementos técnicos e líricos cativantes, enquanto o álbum como um todo aborda temas filosóficos e sociais, refletindo sobre a natureza do mal e sua influência na identidade.

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