Lynx the Revenge | Banda carioca responde nossas 7 perguntas

Lynx the Revenge, banda carioca de heavy metal, participa de nossa seção SE7E PERGUNTAS, onde queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas.

FICHA TÉCNICA

NOME DA BANDA: Lynx the Revenge

ESTILO: Heavy Metal

CIDADE/ESTADO: Rio de Janeiro/RJ

INÍCIO DA CARREIRA: 2012

DISCOGRAFIA: “Awaken” (EP, 2021)

ENTREVISTA

1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre da sua biografia.

Douglas – Amigos de escola que curtiam rock e se reuniam por este na adolescência, após um hiato de mais de uma década causado pelas obrigações e responsabilidades trazidas pela transição para a vida adulta, enfim se reencontraram.

O objetivo era tocar no intervalo da banda contratada no casamento do guitarrista Douglas Gomes, esse não pensou em outros nomes que não seus amigos de longa data Rubem Barreto (guitarra) e Paulo Leite (bateria). E o que seria apenas um evento, uma homenagem, reacendeu as chamas e voltou a ser um estilo de vida. Agora era só tirar a ferrugem e encontrar a formação completa.

Então Leandro Felício (vocais) se juntou ao grupo e as apresentações começaram. Com a chegada de Maurício Paiva (contrabaixo) e a necessidade criativa dos integrantes, as gravações se iniciaram. E para completar a constelação, Raíza Silva veio para ajudar a construir o presente e o futuro da Lynx the Revenge com nosso foco e determinação.

2. Quais as principais influências da Lynx the Revenge? Existe alguns nomes que indicaria como principais referências para a sonoridade que você pratica?

Raíza – Não é fácil resumir esse assunto, acho que somos capazes de sentar num bar e ficar horas conversando sobre as influências da banda. No geral, a Lynx the Revenge já passou por muitas transformações de estilo até se encontrar em um lugar que simplificamos como “heavy metal”. Ouvimos um pouco de tudo e gostamos de vários subgêneros de rock e metal, porém acho que a base do nosso estilo atualmente é influenciado pelo metal tradicional e pelo hard rock dos anos 70. Mesmo com uma base tradicional, não temos nenhum medo de ousar com elementos de metal moderno ou até estilos diversos.

Eu citaria Iron Maiden, Judas Priest, Deep Purple, Diamond Head e Black Sabbath como nossa base das inspirações.

3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, vocês possuem algum posicionamento político ou ideológico?

Leandro – A banda procura em algumas de suas letras refletir quanto a problemas contemporâneos. No caso de Echoes of Tragedy, falamos das tensões políticas/diplomáticas causadas pelos exacerbo belicista da gestão Trump e de Kim Jong-un, que no contexto de composição da música, colocavam em ameaça o frágil equilíbrio mundial. A visão política da banda é sobre manter em uma linha de diálogo e respeito na sociedade.

4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona processo de composição da Lynx the Revenge?

Rubem – Cara, música é arte, e arte é inspiração. Já compomos na Lynx the Revenge de diferentes formas: primeiro letra, depois instrumental, também o inverso. No caso da Echoes, surgiu primeiro a melodia marcante da guitarra, que tem na intro. A gente curtiu e dali, fiz uma base que combinava e a letra. Naquele momento a questão EUA x Coreia do Norte estava delicada e não de martelar a minha cabeça. Simplesmente “coloquei a letra toda pra fora” em uma noite. Mais um dia e veio a melodia do refrão.

5. Qual das suas músicas ou discos você indicaria para alguém interessado em conhecer a Lynx the Revenge?

Maurício – Como a Lynx é formada por seis integrantes, a heterogeneidade de estilos que forjaram nosso caráter musical é bem grande. Apesar disso, acredito que todos nós convergimos para um ponto em comum e o Iron Maiden é uma unanimidade na playlist da banda. É improvável que um fã da Lynx não reconheça essa influência ao ouvir nosso primeiro trabalho (EP “Awaken”) nas plataformas digitais, ou quando nos apresentamos ao vivo. Ouçam o “Awaken” e depois me contem!

6. Já existem metas de longo e médio prazo para a banda?

Paulo – Numa banda com 10 anos de existência e 6 pessoas juntas, metas precisam existir e nos ajudam em todo o processo de criação das músicas, divulgação, uso das redes sociais, busca por shows e por aí vai. Depois do lançamento do nosso EP e da bonus track em seguida, estamos com metas estruturadas para ensaios, gravações, mix e master e lançamentos do que temos de rascunhos das canções, bem como estratégias de divulgação desse material, sejam shows, gravação de videoclipes e etc. Com organização, amizade, companheirismo virão mais 10, 20, 30 anos de Lynx The Revenge

7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.

Rubem – Nós agradecemos mais uma vez a oportunidade. É fundamental esse incentivo para que o underground consiga sobreviver. Acho que a galera não perde por esperar. Vem coisa boa aí. Temos tentado beber de diferentes fontes, trazendo novas influências pro nosso som. Isso que torna nossa música única, surpreendente.