“The Amazing Grace” é o quinto álbum de estúdio de John Elefante (ex-vocalista do Kansas em discos icônicos como “Vinyl Confessions” e “Drastic Measures”) lançado em 2022. Este álbum é uma coleção poderosa de canções que mostram seu incrível alcance vocal e capacidade como compositor.
O álbum “Amazing Grace” de John Elefante é uma audição obrigatória para os fãs daquele hard rock bem feito, com a classe melódica do AOR/melodic rock. Com vocais poderosos e arranjos de extremo bom gosto, Elefante oferece uma coleção de canções que são empolgantes e inspiradoras. Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco lançado no Brasil pelo selo Hellion Records.
John Elefante é um nome bem conhecido para os fãs de classic rock, afinal ele foi o vocalista da popular banda norte-americana Kansas na época do álbum “Vinyl Confessions” (1982), que trazia o hit acachapante “Play The Game Tonight”. Antes de embarcar em uma carreira solo interessante, ele lançou seu projeto Mastedon, que estreou em 1989, com o disco “It’s A Jungle”.
Para situar o leitor, John Elefante permaneceu ocupado durante os anos noventa gravando três álbuns solo, o excelente “Windows Of Heaven” (1995), “Corridors” (1997) e “Defying Gravity” (1999), e, após um hiato que durou até 2009, com o lançamento do terceiro álbum do Mastedon, o vocalista retomou sua carreira solo com o disco “On My Way To The Sun”, em 2013.
Seu mais recente álbum, “Amazing Grace”, é uma prova de seu talento como cantor e compositor. De certa maneira, a musicalidade destas onze composições segue o alto padrão melódico e criativo daquela desdobrada pelo Kansas naquela fase musical mais acessível da primeira metade dos anos 1980. Desta forma, não seria exagero dizer que você sabe exatamente o que esperar de “Amazing Grace” em termos musicais: AOR e melodic rock.
Abaixo você tem ofertas de “Amazing Grace“, de John Elefante, e “Vinyl Confessions”, do Kansas. | ||
Mas não pense que John Elefante entrega uma sonoridade datada. Desde a produção orgânica e brilhante até o cuidado em criar arranjos com detalhes de extremo bom gosto, tudo é feito contextualizado à modernidade. Mesmo permanecendo fiel às assinaturas clássicas do AOR e rock melódico, como melodias comerciais, a extrema polidez do trabalho em estúdio e os vocais dramáticos, o vocalista não se rendeu às canções pop básicas, criando um repertório tecnicamente bem estruturado, com várias interseções com o rock progressivo, com faixas diversas ultrapassando os cinco minutos, incluindo uma versão mais longa de “City of Grace” (com seis minutos), a composição que abre o trabalho numa versão de quatro minutos.
Aqui devemos reforçar que o talento vocal de John Elefante é impressionante: claro, limpo e melódico. Sem exageros, ele deveria ser colocado e lembrado no mesmo clã de vocalistas incríveis do melodic rock/AOR como Steve Perry, do Journey. Outra faceta do talento de Elefante é que ele, também, é um ótimo compositor (fato evidenciado desde sua passagem pelo Kansas pelao single “Fight Fire With Fire”), principalemente quando as composições são direcionadas para suas habilidades vocais, como é feito aqui em “The Amazing Grace”.
Olhando o repertório mais de perto, “Stronger Now” é uma das faixas que mostra até um pouco mais de peso, esbarrando fortemente no hard rock, enquanto a faixa-título trará uma aura mais sombria com teclados profundos, melodias emocionais e incursões progressivas que, por sua vez, serão mais profundas em “Time Machine”, a faixa mais criativa de “Amazing Grace”.
Esta última, aliás, trará muitas referências à musicalidade do próprio Kansas, assim como ouviremos em “Won’t Fade Away”, incluindo arranjos de violino, e “Little Brown Book” (com um belíssimo trabalho de guitarra que remete à fase de “Dramatic Measures”, do próprio Kansas). Outros destaques de “Amazing Grace” vão para “Not Alone” e “And When I’m Gone”, duas belíssimas baladas no sentido classudo (e nada cafona) do classic rock.
Em suma, “Amazing Grace” de John Elefante é uma coleção poderosa e inspiradora de canções que mostra seu incrível alcance vocal e modernização dos timbres e melodias do AOR/classic rock. No geral, este é um álbum bem elaborado com muitas composições influenciadas pelo rock progressivo. Talvez falte no repertório uma música que te marque instantenamente, como um potencial hit à la “Play the Game Tonight”, mas o disco possui tantos arranjos elegantes como um todo que se você gosta do gênero, certamente vai colocar o disco no repeat de qualquer jeito. Uma dica: experimente ouvi-lo numa caminhada por uma manhã de domingo!
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Para mim, um dos maiores cantores do rock internacional. Sou fã dele há muito tempo. Tenho três discos solos de John Elefante e os dois do Kansas em que ele é o vocalista principal.