Joe Stump – Resenha de “Symphonic Onslaught” (2019)

 

“Symphonic Onslaught” é o 12º álbum de estúdio na carreira solo de Joe Stump.

Stump é um guitarrista que segue a escola de músicos como Yngwie Malmsteen, Jason Becker, Gary Moore e Ritchie Blackmore, além de ter uma carreira longa em termos discográficos, com destaque a seus álbuns junto ao Reign of Terror.

Mesmo com grande talento nas “seis cordas” (o cara é professor da Berklee desde 1993), Stump ainda é um músico negligenciado por grande parte do público daquele Heavy Metal construído com passagens neoclássicas, e virtuose como a dos grandes compositores eruditos desfilada numa dinâmica vibrante de peso e velocidade.

Joe Stump - Symphonic Onslaught (2019, Lion Music)

Porém, parece que essa situação não desanima Stump que acaba de lançar “Symphonic Onslaught”, o sucessor do bom “The Dark Lord Rises” (2015).

Um disco que reafirma sua alta capacidade como músico virtuoso e mantem a fórmula de mesclar músicas cadenciadas e dramáticas com outras mais rápidas (como vemos na dupla de abertura “Demonic Trance” e a vertiginosa “Hit the Deck”), sempre guiadas pela estética melódica.

Ou seja, se você acompanha o trabalho de Stump sabe exatamente o que vai encontrar: exibições atléticas, riffs em profusão, variação de timbres, tempos vertiginosos, viradas de tirar o fôlego, boa produção e dramaticidade típica do Heavy Metal clássico nos climas.  E tudo isso está resumido na faixa “On With the Action”.

Mas é aí que mora o problema de “Symphonic Onslaught”.

A pretensa versatilidade ao pisar em vários terrenos do Heavy Metal não apaga o fato dos arranjos serem altamente previsíveis pela repetitividade que gera enfado em quem não é músico.

A costura de referências é até bem feita, a inserção dos teclados é precisa e a seção rítmica é concisa, mas são poucos os pontos que se destacam verdadeiramente do caldo musical saturado de “fritações” na guitarra.

E justamente por isso, creio que as faixas que mais agradam acabam sendo as cadenciadas, como “The Beast Within”, “The Road to Ruin” e “Demonic Trance”.

Se Metal Neoclássico faz a sua cabeça acho que você devia conferir esse disco!

*Resenha originalmente escrita por mim para o site Metal Na Lata.

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