“Atonement” é o décimo álbum de estúdio da banda norte-americana de death metal Immolation. À seguir, temos uma resenha deste disco à cargo do nosso colaborador Ricardo Leite Costa. Este álbum foi lançado no Brasil, via Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast.
Uma trajetória de praticamente 30 anos de bons serviços prestados à música extrema faz do Immolation uma das formações mais conceituadas do estilo.
Essa trajetória é dividida em duas fases: a fase mais extrema, que durou até meados dos anos 90, e a fase mais pesada e técnica, que perdura até hoje.
Em ambas, o que observamos é uma banda profundamente comprometida em duas linhas ideológicas: sua música e suas convicções políticas/religiosas.
Apenas dois membros remanescentes continuam na batalha, o que é de conhecimento de todos. Ross Dolan (baixo e vocal) e Robert Vigna (guitarra) permanecem gerindo a máquina Death Metal, mantendo uma boa frequência em lançamentos, e em 2017 fizeram o grande favor de lançar este que é um dos melhores discos desse fatídico ano.
“Atonement” vem arrebanhando uma legião de novos seguidores e mantendo os já tradicionais. O que agrada logo de cara é o retorno do logo antigo, o que já demonstra uma volta às raízes.
Na verdade, não é bem assim.
“Atonement” reúne o melhor de dois mundos: uma porção generosa da intransigência de outrora com uma porção “tamanho família” da técnica e cadência atuais, trazendo para a nossa realidade um grande álbum, talvez o melhor desde “Unholy Cult” (na minha humilde opinião).
O universo satânico e blasfemo continua sendo explorado à exaustão, porém de forma muito mais filosófica e aprofundada. “Atonement” obedece um conceito e uma linha de raciocínio bastante próprios, com a banda desenvolvendo suas ideias de uma forma muito mais intensa e orgânica.
Talvez por isso, o álbum em questão seja um dos mais sombrios e angustiantes da carreira do trio nova-iorquino.
A ambientação escurecida realça o poder de fogo do repertório e faixas como “The Distorting Light” (riffs dissonantes incríveis e uma quebradeira insana nos bumbos), “When the Jackals Come” (intercalando cadência e selvageria de forma primorosa), “Rise the Heretics” (um festival de ‘blast beats’, brutal e nostálgica) e “Epiphany” (vigorosa e hipnótica) destacam-se em meio a uma obra tão seminal do gênero.
É por essas e outras que “Atonement” se torna elemento obrigatório para qualquer entusiasta do Metal da Morte.
Ahhh, e Steve Shalaty (bateria) só está aí para nos mostrar o quão insignificantes e inócuos somos como aspirantes a músicos.
Simplesmente humilhante!
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