Dia Indicado para ouvir: Quinta-Feira.
Hora do dia indicada para ouvir: Cinco da Tarde.
Definição em um poucas palavras: Adulto, Grudento, Guitarra, Pesado, Rock Inglês, Som de Macho, Urbano.
Estilo do Artista: Heavy Metal/NWOBHM.
Comentário Geral: Sem dúvidas que a New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM) foi um dos melhores e mais influentes movimentos do heavy metal.
Todavia, creio que não seja exagero dizer que até o Metallica lançar seus covers de bandas como Diamond Head, Blitzkrieg, e Savage, para grande massa de headbangers, o movimento se resumia a Iron Maiden, Saxon, Angel Witch, e Demon, além dos setentistas que na NWOHBM se renovaram, como Judas Priest, Black Sabbath, Budgie, e até o Motorhead.
Dentre essas bandas mais obscuras, “reveladas” ao grande público pelo Metallica, está também o Holocaust.
E basta uma audição rápida à sua relativamente curta discografia para perceber que estamos diante de um dos nomes mais interessantes e menos lembrados de sua safra.
Talvez pela trajetória conturbada, seu nome ganhou pouco destaque dentre os não estudiosos do movimento do metal inglês.
A banda foi fundada em 1977 e até se dividir no auge de popularidade da NWOBHM lançou materiais interessantes.
Desde os primeiros EP’s, “Heavy Metal Mania” (1980) e “Smokin’ Valves” (1980), o Holocaust trazia um heavy metal tradicional, de leve liberdade progressiva e pesadas progressões melódicas, ao mesmo tempo que imprimia tudo com uma crueza que os colocava lado a lado tanto do Diamond Head, quanto do Tygers of Pan Tang (da fase “Wild Cat” [1980]).
Este “The Nightcomers” é o primeiro full lenght do Holocaust, que trazia uma alquimia perfeita entre heavy metal e hard rock.
A estrutura das composições do Holocaust, e o desenvolvimento dos arranjos claramente podem ser vistos como influências para o thrash metal, mesmo que muito da simplicidade e da aparente rusticidade soem austeras, no geral.
O fim da faixa-título, por exemplo, com toda a sua verve progressiva traz artifícios que veríamos no trabalho de Cliff Burton, assim como “Death or Glory” traz riffs que remetem a Metallica e ao Overkill. Já o início de “Heavy Metal Mania” trazia movimentos que seriam ampliados pelo Megadeth em alguns de seus clássicos futuros.
Já “Cryin’ Shame” traz algo de AC/DC, no momento mais acessível do álbum, enquanto “Mavrock” traz influências nítidas de tempestuosas de Black Sabbath.
“Smokin’ Valves” nada mais é do que um iracundo e veloz proto-metal construído sobre a base canônica do rock n’ roll, também usada em “Come on Back”, “It Don’t Matter To Me” e “Push It Around” (com uma ótima interpretação vocal, à lá Arthur Brown) .
Olhando para a produção de Robert Bell, a sujeira e a aspereza valorizam as frequências agudas, mas ainda assim, “The Nightcomers” pode ser adjetivado como um disco classudo, principalmente pelos solos bem elaborados e os riffs poderosos, que refletem o ótimo compositor que é John Mortimer (a maioria das composições são dele).
Individualizando a análise entre os integrantes, é fato que os vocais de Gary Lettice são apenas competentes, não comprometendo, mas também não abrilhantando, e a cozinha, pelo contrário, vai além de sustentar as harmonias usando a identidade da NWOBHM (lembrando que o Holocaust era uma banda escocesa).
Hoje em dia, “The Nightcomers” é tido como clássico, mas a verdade é que à época de seu lançamento ele não chamou a atenção de público nem da crítica, não vendendo nada bem. Isso causou certa tensão entre os músicos que deixaram apenas John Mortimer no time para gravar o segundo trabalho, “No Man’s Land” (1984).
“No Man’s Land” seria gravado por Mortimer quase que sozinho, pois apenas a bateria foi registrada por outro músico, Steve Cowen. Mas o esforço foi inútil, e novamente o álbum vendeu mal, o que levou ao fim do Holocaust.
Até que em 1987 o Metallica grava “The Small Hours”, não a composição registrada em “No Man’s Land”, mas sim sua versão ao vivo de “Live (Hot Curry & Wine)” [1983].
Com o impulso dado pelo Metallica, Mortimer e Cowen trouxeram o baixista Graham Hall para ressuscitar o Holocaust como um trio.
Portanto, a história do Holocaust começa aqui, neste subestimado “The Nightcomers” que acaba de ser relançado no Brasil via Hellion Records, ainda nos dando como bônus os dois EPs que antecederam este disco, “Heavy Metal Mania” (1980) e “Smokin’ Valves” (1980).
Por ser uma fatia clássica do metal inglês, VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO!
Ano: 1981
Top 3: “The Nightcomers”, “Death Or Glory” e “Heavy Metal Mania”
Formação: John Mortimer (guitarra), Robin Begg (baixo), Ed Dudley (guitarra), Gary Lettice (vocal), e Paul Collins (bateria).
Disco Pai: Budgie – “Never Turn Your Back on a Friend” (1973)
Disco Irmão: Diamond Head – “Lightning to the Nations” (1980)
Disco Filho: Metallica – “Kill ‘em All” (1983)
Curiosidades: Em 1983, com o fracasso de vendas de “The Nightcomers”, a banda se dividiu! O guitarrista Ed Dudley deixou o Holocaust e fundou o Hologam na tentativa de surfar no sucesso do AOR inglês. Ele apresentava o Hologram como a continuação oficial do Holocaust, mesmo que John Mortimer ainda mantivesse a banda ativa.
Pra quem gosta de: Jeans & Couro, colete com patches, metal clássico, garage days e cerveja gelada.
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