Nesta seção queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas. Hoje trazemos o quarteto Hiënaz.

FICHA TÉCNICA

NOME DA BANDA: Hiënaz

ESTILO: Stoner Rock

PAÍS DE ORIGEM: São Paulo/SP

ANO DE FUNDAÇÃO: 2015

DISCOGRAFIA: “Ulular” (2019, independente) – que resenhamos aqui.

ENTREVISTA

1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre a biografia do Hiënaz.

A banda começou em 2015 quando o Dü (baixo) reuniu amigos para tocar regularmente. Alguns de nós já havíamos tocado juntos no passado, então meio que sabíamos o que cada um curtia. Pëter (guitarra) e Flävio (vocal) se juntaram nessa época, junto a Beto (bateria) e João (guitarra). Nos dois primeiros anos começamos com um repertório cover mas não demorou muito até colocarmos em prática nossas dinâmicas e escrevermos as primeiras músicas. A saída de Beto e João e a entrada do Tömmy (bateria), em 2017, sacramentou a identidade da banda como é hoje. Depois de um tempo fazendo diversos shows por São Paulo mostrando nossas músicas, resolvemos entrar pra valer pra gravar nosso primeiro disco – e agora estamos fazendo os próximos capítulos dessa história.

2. Quais as principais influências da banda? Existem alguns nomes que indicariam como principais referências para a sonoridade que vocês praticam?

São muitas e a gente se considera um grupo bem diverso. Fizemos recentemente no nosso perfil no Spotify uma playlist de cada membro que ilustra isso. Mas, colocando em linhas gerais, lembramos de Black Sabbath, Kyuss, Alice in Chains, Corrosion of Conformity, Mastodon, Stoned Jesus, Black Label Society, entre algumas outras.

3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, a banda possui algum posicionamento político ou ideológico?

Nossas letras refletem a angústia que a vida na nossa sociedade atual traz, em todas as dificuldades que temos em lidar com a pressão de ser alguém e quais os efeitos disso na pessoa, quais mecanismos são usados para lidar com isso. É muito difícil, pra não dizer impossível, se dizer apolítico – até porque dizer isso é ser político. A gente rejeita com força o conservadorismo que tem crescido por aí – e a maneira como preferimos encarar a vida e a sociedade vai na direção oposta.

4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona o processo de composição?

Varia bastante, mas todos os membros da banda participam ativamente em todas as composições. Algumas músicas foram criadas depois de que um de nós apresentava várias ideias de harmonias, melodias ou riffs; outras começaram a partir de jams e improvisos em estúdio. Para o próximo disco, queremos experimentar iniciar o processo com o conceito do álbum já criado e escrever músicas começando pelas letras.

5. Qual das músicas da Hiënaz você indicaria para alguém interessado em conhecer o som de vocês?

Recomendamos escutar o álbum “Ulular” completo, na ordem. As músicas são bem diversas entre si mas se conectam de maneira praticamente linear. O disco completo é uma jornada pelos anseios da vida urbana em etapas. Mas a se pensar em uma música isolada, o primeiro single, “Mulher de Branco”, sintetiza boa parte da nossa proposta – é uma música que demonstra boa parte das nuances, do peso e da maneira como elaboramos o nosso som.

6. Já existem metas de longo e médio prazo para o Hiënaz?

Estamos planejando algumas coisas: temos shows marcados para dia 19/12, no Porto Produções Musicais (em Pinheiros, junto com Madness Magnet) e dia 02/02 do próximo ano, na Av Paulista, como convidados da turnê Slow Bloody Caravan das bandas Sangue (Itália), Slowner (PE) e Casquetaria (SP). Temos alguns outros shows em conversa mas nada confirmado. Além disso, estamos produzindo um videoclipe, com lançamento previsto para o primeiro trimestre do ano que vem. Por fim, já temos algumas ideias iniciais para o nosso próximo disco.

7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.

A partir de 2020 entraremos em peso com nosso merch. Além de camisetas e outros artigos com artes novas, a Hiëna’z Piss, nossa cerveja de fabricação própria que foi um sucesso na festa de lançamento do disco, voltará em peso!

CONTATO

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