H.E.A.T – “Force Majeure” (2022) | Resenha

 

“Force Majeure” é o sexto álbum de estúdio da banda sueca H.E.A.T e o primeiro após o retorno do vocalista Kenny Leckremo.

Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco que chegou ao Brasil pela parceria entre os selos Shinigami Records e earMUSIC.

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Eu descobri a banda sueca H.E.A.T. já com o vocalista Erik Grönwall no álbum “Tearing Down The Walls”, em 2014. A partir do momento que ouvi “A Shot of Redemption” fui fisgado pelas melodias e a energia da música da banda, mas principalmente pela determinação do vocalista. Depois que ouvi o disco anterior, “Address The Nation” (2012), que era ainda melhor que o disco de 2014, minha adimiração pelo vocalista se tornou ainda maior, pois era um disco mais diversificado e ousado dentro da estética do AOR e a personalidade do vocalista foi determinante para o resultado final brilhante.

O caminho natural era ouvir os dois discos anteriores, “Freedom Rock” (2010) e “H.E.A.T.” (2008), que focavam mais nas influências AOR de nomes como Europe e Jorney com ótimo instrumental e linhas vocais competentes, mas sem o brilho dos dois discos que viriam na sequência. O fato é que vieram “Into The Great Unknown” (2017) e “H.E.A.T II” (2020), após “Tearing Down The Walls” e fui fisgado de tal forma que o H.E.A.T. se tornou uma das minhas bandas favoritas junto com o Night Flight Orchestra e a certeza de que o talento maior da formação brilhava no microfone de Erik.

Enfim, com a “Force Majeure”, disco da banda sueca lançado em 2022, encontrei a razão de “Freedom Rock” (2010) e “H.E.A.T.” (2008) não terem atingido meu coração como os demais discos da banda: com Kenny Leckremo o H.E.A.T. é uma excelente banda de hard rock, competentíssima, mas comum, acertadinha demais! Mas com Erik Grönwall, o H.E.A.T. é uma banda diferenciada, brilhante, insinuante e cheia de energia.

Abaixo você tem ofertas de uma edição em vinil de “Force Majeure” e de “H.E.A.T. II”.

“Force Majeure” já é o sexto álbum de estúdio do H.E.A.T. e marca o retorno do vocalista original Kenny Leckremo. Seu retorno foi anunciado em outubro de 2020, após a saída de Erik Grönwall . Em 12 de dezembro de 2020, eles lançaram uma versão alternativa da música “Rise” de seu álbum anterior, “H.E.A.T. II”, ​​com Leckremo nos vocais, que não me agradou tanto assim e me pareceu uma resposta afobada à saída de Erik.

Resolvi esperar pelas novas composições, pois “Rise” foi composta para a voz de Erik. Veja bem, Kenny tem uma técnica impecável (acho até que ele se sairia melhor como vocalista de uma banda de power metal melódico) e certamente terá capacidade de cantar qualquer música da fase-Erik, mas aos meus ouvidos falta alguma coisa em sua forma de cantar, um brilho diferente que acompanha os artistas diferenciados e que o estudo e a técnica não são capazes de construir mesmo em quem tenha talento.

O primeiro single de “Force Majeure” chegou com o título de “Nationwide”, em 25 de março de 2022, seguido de “Back to the Rhythm” em em 8 de abril de 2022. Não sei se foram boas escolhas, pois após ouvir o disco compelto creio que outras faixas seriam melhores, mas, infelizmente, não consegui ser envolvido pela nova-velha formação do H.E.A.T. e sempre que eu penso neste disco me lembro da frase que a personagem da atriz Jennifer Aniston diz logo no início do filme “Rockstar” (2001) após ser convidade a permacer como empresária da banda que acabou de perder o vocalista.

E apesar de “Force Majeure” ainda ser um bom disco de hard rock, falta o brilho do talento de Erik tornado o bom em diferenciado!  Acha exagero? Ouça o novo disco do Skid Row, “The Gang’s All Here” (2022), e perceba como ele foi o fator determinante para ressucitar uma banda clássica que parecia morta desde que rompeu com o vocalista Sebatian Bach la´nos anos 1990. Já o H.E.A.T. agora me soa como o Europe que trouxe Michael Bolton para os vocais! Sobra técnica, falta punch feeling!

Falando isoladamente de “Force Majeure” como um disco de hard rock e deixando a paixão de lado, temos bons momentos como em “Demon Eyes” (um heavy metal sem firulas e com a marca de Ritchie Blackmore nas guitarras. Eis o segmento que podiam investir mais.), “Not For Sale”, “Hold Your Fire” e “Wings of an Aeroplane” , mas outros como “Hollywood” (essa vibe Motley Crue não combinou com a abordagem de Kenny), “One of Us” (parece uma balada abandona por uma banda de power metal)  e “Paramount” (essa beirou o constragedor) me fazem pensar que talvez eles devessem ter esperado um pouco mais para lançar o trabalho e lapidado melhor as composições com o “novo” vocalista. Fiquei com a impressão de que Dave Dalone, Jona Tee, Jimmy Jay e Don Crash quiseram dar uma resposta muito rápida aos fãs e acabaram soando afobados no resultado final.

“Force Majeure” me parece um bom disco, que pode crescer no meu conceito com o passar do tempo, mas que padece de uma certa ansiosidade que acomete quem é pego de surpresa no seu melhor momento. Isso fica claro nos arranjos e estruturas que resgatam a sonoridade oitentista de bandas como Europe e Def Leppard especialmente, mas longe daquele acento pop que buscaram em “Into The Great Unknown”. Nem os resquícios daquele pop que ainda estavam esparramados no explosivo “H.E.A.T. II” existem mais. Mas também não espere um repertório variado e dinâmico, pois quase quarenta minutos são preenchidos com exercícios dos clichês do hard rock ointentista de forma objetiva e até previsível, diga-se.

É isso! O H.E.A.T. de “Force Majeure” se mostrou um bom disco de hard rock de uma banda comum. Ainda bem que ainda me sobrou o Night Flight Orchestra!

Abaixo você tem ofertas do disco ao vivo “Live in London” e do álbum “Into The Great Unknown”.

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