Hällas – Resenha de “Conundrum” (2020)

 

Hallas - Conundrum review
Hallas – “Conundrum” (2020, Hellion Records)

Conundrum”, segundo álbum da banda sueca Hällas, chama a atenção já pela capa, que entrega a intenção moderna de ser retrô, como a música com que nos agraciará!

Este segundo disco chega dois anos após o primeiro trabalho, “Exerpts From A Future Past”, e finaliza uma espécie de trilogia iniciada no EP auto-intitulado de 2015.

A julgar ela ótima safra de bandas oriundas da Suécia recentemente, a promessa é de alta qualidade.

E o esperado é confirmado desde a “Intro” com clima de trilha sonora de filme de terror oitentista, baseada em sintetizadores que carregam um bem vindo saudosismo.

A abordagem aqui é puramente progressiva, evocando um excêntrico, intrigante e cativante universo musical onde prog rock, art rock, heavy metal e elementos psicodélicos e de música folk se unem para formar algo interessante, mesmo que não seja único ou exemplo de originalidade.

Sabe aquela sonoridade que as bandas progressivas começaram a entregar após 1975, quando o público saturou das megalomanias e exageros do rock progressivo?

Pois então, a faixa de abertura “Ascencion” lembra aquilo que o Camel fazia nos tempos de “Breathless” (1978), e até algo do Genesis da fase Phil Collins (aliás, aquele seu timbre de bateria sintetizada/eletrônica está aqui), por exemplo.

Sim, “Conundrum” é um disco de rock progressivo, com teclados proeminentes e de aspirações sinfônicas, assim como as linhas de guitarra, além da geometria complexa de sua estrutura e os vocais dramáticos.

“Charon”, por exemplo, lembra muito a fase mais inflamada do Yes e a do Genesis ainda com Peter Gabriel, desde as viagens instrumentais, até as linhas vocais e a timbragem dos instrumentos.

Mas isso não significa que eles se furtem de extrapolar as fronteiras do progressivo, pois são percebidas, em meio aos arranjos e passagens das composições bem construídas, elementos de Black Sabbath (da fase 1975 a 1979), Wishbone Ash (em “Labyrinth V1”, por exemplo), Judas Priest (a fase dos três primeiros discos), Budgie e Uriah Heep (confira “Tear of a Traitor” ou a parte do meio de “Charon”).

Nesse sentido, é impossível não destacar também as ótimas “Strider” “Carry On”, duas faixas com aquele AOR de melodias misteriosas que lembram o que o Blue Oyster Cult fazia em sua fase áurea, assim como “Fading Hero”, por sua vez, investindo por timbragens valvuladas e aveludadas no AOR de bandas como Asia, Kansas e Styx.

A verdade é que o Hällas se encontrou numa abordagem musical que busca uma ambientação cósmica por sintetizações atmosféricas e fantásticas, quase cinematográficas, também dotada de guitarras precisas que ajudam a energizar a sonoridade através de riffs e melodias de ganchos saborosos, tornando as faixas bem mais envolventes.

Nessa direção, ecoam ensinamentos setentistas sustentados pela cozinha que conduz tudo com malícia e simplicidade, e deixando a complexidade para os teclados e guitarras.

Contribui muito para o resultado final o entrosamento perceptível entre o músicos e advindo do fato da banda permanecer com a mesma formação desde o início, além do trabalho em estúdio capaz de deixar a quimera de texturas muito coesa.

Mais uma aposta acertada do selo Hellion Records, que trouxe esse excelente disco para o Brasil!

FAIXAS:

01. Ascension
02. Beyond Night And Day
03. Strider
04. Tear Of A Traitor
05. Carry On
06. Labyrinth Of Distant Echoes
07. Blinded By The Emerald Mist
08. Fading Hero

FORMAÇÃO:

Tommy Alexandersson (baixo e vocal)

Alexander Moraitis (guitarra)

Marcus Petersson (guitarra),

Kasper Eriksson (bateria)

Nicklas Malmqvist (teclados).

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