Guns N' Roses: Por que "GN'R Lies" (1988) é o disco mais importante da banda?

Sim! “GN’R Lies” (1988) é o disco mais importante (não o melhor) da curta discografia do Guns N’ Roses e vamos te explicar porquê.

Bem-vindo ao mundo do rock ‘n’ roll. Nesta jornada musical, exploraremos o álbum “GN’R Lies” (1988), o segundo álbum do Guns N’ Roses, é a nossa indicação de hoje na seção VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO, cuja proposta você confere nesse link.

O Guns N’ Roses foi a maior banda de rock em sua época! Muito disso se deve a sua coragem. Após o estrondoso sucesso do primeiro álbum, o clássico “Appetite for Destruction”, ao invés de um álbum inteiro de músicas inéditas carregadas de guitarras em estúdio, a banda opta por lançar um álbum mezzo ao vivo e plugado e mezzo em estúdio e acústico.

Uma atitude perigosa, mas que com o Guns N’ Roses só deu certo. Neste artigo vamos desenvolver esta idéia de que “GN’R Lies” (1988) é o disco mais importante (não o melhor) da curta discografia da banda.

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Lançado em 1988, “GN’R Lies” atraiu a atenção do público e crítica com sua mistura única de hard rock e influências do blues. Com faixas como “Patience” e “Used to Love Her”, o álbum conquistou corações ao revelar a alma rebelde e autenticidade do Guns N’ Roses.

Ao explorarmos o impacto deste trabalho, mergulharemos em histórias de bastidores, detalhes do processo de criação das músicas e como elas refletiram a vida conturbada da banda na época. Além disso, vamos analisar como “GN’R Lies” ajudou a solidificar o Guns N’ Roses como uma das maiores bandas de rock de todos os tempos.

Prepare-se para uma imersão musical na essência do rock ‘n’ roll com “GN’R Lies” (1988). Vamos descobrir juntos como este álbum icônico continua a inspirar e influenciar gerações. Aumente o volume e embarque nessa jornada inesquecível!

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“Spaghetti Incident” – CD (edição original)

“Greatest Hits” – Disco de Vinil duplo
“Live Era ’87-’93” – CD Importado
“Chinese Democracy” – CD (edição original)

Guns N’ Roses – “GN’R Lies” (1988) – Você Devia Ouvir Isto

Definição em um poucas palavras: Glam/Poser, Guitarra, Acústico, Pra Encher a Cara.

Estilo do Artista: Hard Rock.

Comentário Geral: O Guns N’ Roses foi a maior banda de rock em sua época. Muito disso se deve a sua coragem.

Em março de 1986 já tinham um contrato assinado com a Geffen Records e trabalhavam no que viria a ser seu primeiro e histórico álbum de estúdio, “Appetite for Destruction”, a ser lançado no ano seguinte.

Um aperitivo, que até serviu para apresentar a banda, foi o EP “Live ?!*@ Like a Suicide”, que sairia em 16 de dezembro de 1986, pelo selo UZI Suicide, um subsidiário da própria Geffen Records. Ou seja, esse não é um trabalho independente como muitos pensam.

Dentre as músicas ali presentes, gravadas no Pasha Studios, em Hollywood, podemos destacar “Move to the City” e a cover para “Mama Kin”, do Aerosmith, uma influência declarada da banda. Completavam o material “Nice Boys”, um cover do Rose Tattoo, e “Reckless Life”, uma composição dos tempos de Hollywood Rose.

Porém, “Live ?!*@ Like a Suicide” foi lançado com uma quantidade extremamente resumida de cópias o que faz sua edição original ser muito valorizada futuramente entre os colecionadores.

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A história começaria a mudar para o Guns N’ Roses com o lançamento do single de “Welcome to the Jungle”, em 3 de outubro de 1987. A explosão de “Appetite for Destruction”, lançado dois meses antes, era só questão de tempo. Em agosto de 1988, o single de “Sweet Child O’ Mine” tratou de eclodir a erupção que já era anunciada há mais de um ano!

A imagem decadente e suja, herança do punk nova-iorquino da década anterior, mostrava um caminho diferente a ser explorado pelas bandas de hard rock, numa estética que se tornaria copiada enquanto as vinte e oito milhões de cópias daquele primeiro álbum eram vendidas.

“Appetite for Destruction” ainda renderia outro single de sucesso, “Paradise City”, lançado em 30 de novembro de 1988, curiosamente um dia depois de lançarem seu segundo álbum, “GN’R Lies” (1988). Uma ousadia que não parava por aí!

Após o estrondoso sucesso do primeiro trabalho, ao invés de um álbum inteiro de músicas inéditas carregadas de guitarras em estúdio, a banda opta por lançar um álbum mezzo ao vivo e plugado e mezzo em estúdio e acústico.

Uma atitude perigosa, se pensarmos no mercado fonográfico da época, mas que com o Guns N’ Roses só deu certo por dois fatores importantes: além das músicas inéditas serem excelentes, o lado A do vinil trazia justamente o agora cobiçado EP “Live ?!*@ Like a Suicide”.

O sucesso gigantesco de “Appetite for Destruction” e o frenesi causado em torno do nome Guns N’ Roses obrigou-os a colocar algo novo no mercado rapidamente, afinal a primeira posição na Billboard só foi atingida 57 semanas após seu lançamento. Teoricamente era uma explosão de um disco novo que, na prática, tinha sido lançado ha quase um ano.

Com isso, a busca pelo EP “Live ?!*@ Like a Suicide” cresceu, assim como o valor pedido por ele. Logo, incluí-lo como parte do novo material foi uma excelente forma de democratizar aquele registro entre os fãs e ganhar tempo.

A turnê de “Appetite for Destruction” era insana, e não havia como a gravadora colocá-los em estúdio para gravar e aproveitar o hype em torno da banda. Entre um show e outro só conseguiram ir ao estúdio para registrar novas quatro faixas acústicas que parecem aprovadas num primeiro take.

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Essas quatros composições comporiam o lado B do material, mostrando que o Guns N’ Roses, além competência, estavam numa boa fase como compositores. Todas as faixas são irrepreensíveis, desde a clássica balada “Patience” até o grande rock n’ roll acústico de “One In A Million”.

Poucas vezes o rock foi tão bem composto em violões, como em “I Used to Love Her” ou em “You’re Crazy”.

Contribui para esse impacto a forma crua e casual com que essas músicas foram gravadas, dando uma sensação de proximidade, descontração, mas sem ser diletante.

Com esse formato, “GN’R Lies” (1988) surgiu como uma uma forma de preencher a lacuna entre o primeiro álbum e o próximo, que só sairia em 1991, nas duas megalomaníacas partes de “Use Your Illusion”. Uma ideia que era pra ter sido repetida em “The Spaghetti Incident?” (1993), mas que não funcionou bem assim, pois a banda implodiu.

Logo que o single de “One In a Million” sai, ganhou o gosto do público e “GN’R Lies” (1988) começou a buscar “Appetite for Destruction” nas paradas. Tanto que em novembro de 1988 a banda estampava a capa do número 539 da revista Rolling Stone.

Mas essa música ainda colecionou algumas acusações de racismo e homofobia, logo defendidas por por Slash como apenas um mal entendido. E os problemas não acabavam por aí! Meses antes do lançamento do álbum, dois fãs foram mortos pisoteados em um tumulto durante o show da banda no Monsters Of Rock de 1988.

Apesar de ser a segunda banda a se apresentar no dia do festival (a primeira foi o Helloween), o Guns N’ Roses era uma das maiores atrações do cast daquele ano, que ainda trazia Megadeth, David Lee Roth, Kiss e Iron Maiden dentre as atrações.

Essa seria a primeira grande performance do Guns N’ Roses fora dos Estados Unidos, mas a organização do festival não estava preparada para as 107 mil pessoas que ali se encontravam naquele dia 20 de agosto.

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Os ânimos estavam exaltados no público, e quando o Guns N’ Roses começou a tocar “It’s So Easy”, uma massa humana se deslocou para a frente do palco, pisoteando quinze pessoas, sendo que duas delas morreram.

Até o fim do set, mais trinta e cinco pessoas foram pisoteadas e o caos e tensão já estavam instalados no festival.

Mesmo com toda a gravidade do incidente e das acusações de racismo de algumas letras, o brilho das músicas dos dois discos não foi ofuscado! “GN’R Lies” (1988) alcançou a 2ª posição nas paradas, foi cinco vezes platina e ganhou o Grammy de Melhor Álbum de Performance Hard Rock.

Um destaque de “GN’R Lies” (1988) vai para a capa que parodiava um jornal noticiando apenas os rumores e fofocas que giravam em torno dos membros do Guns N’ Roses. E elas não eram poucas!

Nem preciso dizer mais nada! Já sabe que VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO… De novo, pois certamente já o fez várias vezes!

Ano: 1988

Top 3: “I Used To Love Her”, “Patience” e “You’re Crazy”.

Formação: Axl Rose (voz), Slash (guitarra), Izzy Stradlin (guitarra), Duff McKagan e Steven Adler (bateria).

Disco Pai: Neil Young: “Rust Never Sleeps” (1979).

Disco Irmão: Skid Row – “B-side Ourselves”. (1992)

Disco Filho: Motley Crüe – “Supersonic and Demonic Relics” (1999)

Curiosidades: “GN’R Lies” (1988) foi o último álbum gravado com o baterista Steven Adler, antes de ser demitido da banda por seu excessos. A última música gravada por ele seria “Civil War”, lançada como single em julho de 1990, a primeira composição que apresentaram desde “GN’R Lies” (1988).

Pra quem gosta de: Vocalista que consegue correr e cantar ao mesmo tempo, guitarrista que consegue fumar enquanto toca, beber até cair, canalhas românticos (as) e variar o peso do som que ouve.