For All We Know Take Me Home
“Take me Home” é o segundo álbum do projeto For All We Know, de Ruud Jolie, guitarrista da banda holandesa Within Temptation.
Seu primeiro álbum, auto-intitulado de 2011, além de trazer membros e ex-membros de nomes importantes como Ayreon, Pain of Salvation e Cloudmachine na banda principal, o que quase o enquadra como um supergrupo do progressivo atual, trazia também convidados de impacto dessa mesma cena.
Ali, esse séquito da música progressiva promovia uma sonoridade que agradou fãs de Pain of Salvation, Porcupine Tree, Ayreon e obviamente Within Temptation.
Agora, “Take me Home”, álbum em que Ruud Jolie se dedicou por cinco anos, dá continuidade à proposta, injetando mais peso em doze faixas sombrias, climáticas e melódicas dentro da estética prog rock/metal.
Os momentos mais atmosféricos remetem ao Ayreon, enquanto os mais pesados, que investem em riffs contundentes, nos lembram o antigo Pain of Salvation, e isso nos leva à conclusão de que esse segundo capítulo discográfico está mais voltado ao prog metal se comparado ao primeiro trabalho.
Pontualmente sim, mas no geral, temos um disco bem acessível para o gênero, mas não menos interessante.
E o esforço de equilibrar melodia, feeling e criatividade em músicas progressivas, cheias de detalhes, mas nada pretensiosas, pode ser bem resumido em “They’ll Win”, faixa com dramaticidade cinematográfica e emoção inerente às baladas.
“Take me Home” é quase um exercício dinâmico de variação de peso, velocidade, texturas e climas, oscilando no espectro de intensidade, como feito na faixa título, em “Fade Away” (mesclando modernidades de nomes como Disturbed e Linkin Park em meio ao apelo prog), “Breathe: In” (que chega a lembrar bandas como Coldplay e Imagine Dragons), e “We Are The Light” (com a participação de Anneke Van Giesbergen abrilhantando seus contornos etéreos).
“Let Me Fly”, é outro exemplo disso, se revelando uma das mais interessantes faixas do trabalho com um “q” leve de Alan Parsons Project, mesclado à sonoridade do Flying Colors.
Mas Ruud e seus companheiros não deixam o peso de lado, administrando-o em meio a passagens climáticas envolventes e bem inseridas nos arranjos, criando uma dinâmica progressiva moderna, como em “The Big Wheel” (mais fiel ao progressivo nas passagens intrincadas).
Agora “Colours”, “Breath: Out” (de uma forma mais introspectiva e psicodélica), e “Prophets in Disguise” (melhor do álbum com peso distorção, teclados proeminentes e vocais agressivos) possuem a pura influência dos primeiros quatro discos do Pain of Salvation.
Adicionado ao instrumental bem composto, temos linhas vocais emocionais, alinhavadas a uma melancolia perene nas melodias mais envolventes e nos climas, além de uma angustia impressa com raiva nos movimentos mais pesados.
Em suma, “Take me Home” é um disco do rock progressivo moderno e que dá um passo à frente em termos de composição se comparado ao primeiro disco, com foco claro na música e não na técnica, mesmo que ela esteja aqui presente.
TRACKLIST
01. Breathe: In
02. Take Me Home
03. Fade Away
04. They’ll Win
05. Let Me Fly
06. The Big Wheel
07. Breathe: Hold
08. Colours
09. We Are The Light [ft. Anneke van Giersbergen]
10. Some Will.
11. Prophets In Disguise
12. Breathe: Out
FORMAÇÃO
Wudstik (vocais)
Kristoffer Gildenlöw – (baixo)
Marco Kuypers (piano, Rhodes e Wurlitzer)
Thijs Schrijnemakers – (Hammond)
Léo Margarit – (bateria)
Ruud Jolie – (guitarra, teclados programação e bateria)
Cultura Pop e Underground For All We Know Take Me Home Ruud Jolie Cultura Pop e Underground For All We Know Take Me Home Ruud Jolie Cultura Pop e Underground For All We Know Take Me Home Ruud Jolie Cultura Pop e Underground For All We Know Take Me Home Ruud Jolie Cultura Pop e Underground For All We Know Take Me Home Ruud Jolie
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