Nesta seção queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas. Hoje trazemos o compositor F.SNIPES.

FICHA TÉCNICA

NOME DO ARTISTA: F.SNIPES

ESTILO: Punk Rock

CIDADE/ESTADO: Miami Beach, FL

ANO DE FUNDAÇÃO: 2020

DISCOGRAFIA: “Sol” (EP, 2020, Grudda Records)

TUDO NO SEU TEMPO F.SNIPES — **Foto: Divulgação**

ENTREVISTA

1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre a biografia da banda.

Eu que agradeço a oportunidade. Me chamo Felipe Medeiros, mas a maioria das pessoas me conhece como Snipes, ou F.Snipes. Desde que criança sempre tive uma forte relação com a música. Em 1994, comecei a me envolver com o Punk Rock e esta relação só fortaleceu com o tempo. Participei de algumas bandas atuantes da cena do Punk/Hardcore como a Porão GB e Bizouro Verde. No início de 2020 resolvi colocar em prática um projeto antigo que era gravar algumas composições que eu tinha começado a trabalhar em 2019. Fiquei tão feliz com o resultado que decidi dar continuidade e gravar um segundo EP que deve sair até o fim do ano.

2. Quais as suas principais influências? Existem alguns nomes que indicariam como principais referências para a sonoridade que vocês praticam?

Musicalmente, sempre tive influências diversas que vão desde a Bossa Nova até o Hardcore. Porém, o Punk Rock sempre foi uma constante na minha vida como músico. Este novo projeto bebe bastante da fonte do Punk Rock Bubblegum e do Street Punk, sendo fortemente influenciado por bandas como Rancid, The Queers, Screeching Weasel, The Interrupters, Green Day, entre outras.

3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, vocês possuem algum posicionamento político ou ideológico?

As letras têm uma abordagem bastante pessoal. Sou um entusiasta da Ufologia, espiritualidade e do autoconhecimento. As letras abordam bastante estes temas, porém, com um contexto baseado em experiências próprias.

4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona seu processo de composição?

O meu processo de composição é bastante natural. Voltei a criar o hábito de sempre que possível pegar o violão para tocar coisas aleatórias, e na maioria das vezes, acabo recebendo melodias que transformo em canções. As vibrações sonoras sempre chegam primeiro e em um segundo momento trabalho nas letras, que para mim é dos principais pontos do projeto. Me preocupo bastante com as mensagens que estou entregando para o mundo, por isso, tento ser o mais sincero possível no que eu escrevo para que a música possa tocar as pessoas certas da forma correta.

5. Qual das suas músicas ou discos você indicaria para alguém interessado em conhecer seu som?

Acho que uma boa porta de entrada é a música “Tudo no seu tempo”, que fala sobre desejos, confiança no universo e acima de tudo: aceitação. Nem sempre a vida é como a gente quer e precisamos entender e aceitar os fatos, mas nunca devemos deixar de desejar e sonhar.

6. Já existem metas de longo e médio prazo para a carreira?

O projeto começou com o lançamento do “Sol”, um EP com quatro faixas e já estou trabalhando em um segundo EP que deve sair antes do fim do ano. Tenho planos de lançar um terceiro EP no início de 2021 com mais 04 músicas e depois fazer um compilado dos 03 projetos no formato de álbum. Espero que esses lançamentos tenham uma boa repercussão e abram as portas para uma possível turnê em 2021, se o universo e o Covid permitirem!

7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.

Gostaria mais uma vez de agradecer a oportunidade e queria reforçar que o Brasil tem uma excelente cena musical e, que ela precisa ser valorizada. Acredito que o Punk Rock está voltando a ganhar um grande espaço no coração das pessoas e estou confiante que muita coisa boa vai acontecer em 2021. A pandemia que vivemos atualmente provocou muita gente a refletir o que realmente é importante na sua vida e a valorizar as coisas que lhe fazem bem. É impressionante ver o número de pessoas que voltaram a se conectar com o Punk Rock, inclusive com o surgimento de novos artistas e projetos. Espero que esse movimento continue ganhando força e incentive outras pessoas a seguirem o mesmo caminho.