Exodus – “Persona Non Grata” (2021) | Resenha

 

“Persona Non Grata” é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda norte-americana de thrash metal Exodus, lançado em 19 de novembro de 2021. Este álbum também conta com participações especiais do ex-guitarrista da banda, Rick Hunolt, e do colega de banda do guitarrista Lee Altus no Heathen , Kragen Lum, ambos com solos de guitarra na faixa “Lunatic-Liar-Lord”. No Brasil, “Persona Non Grata” foi lançado pela parceria entre os selos Nuclear Blast e Shinigami Records.

Exodus - Persona Non Grata

“Persona Non Grata” chega sete anos após “Blood In, Blood Out” mostrando um Exodus renovado e ainda mais determinado dentro do thrash metal, um gênero que ajudou a fundar e desenvolver. A banda pela primeira vez em décadas pode se reunir em estúdio para compor, lapidar e gravar as composições que entrariam no seu próximo disco de estúdio.

A banda se juntou na casa de Tom Hunting nas montanhas, onde produziu e gravou “Persona Non Grata” nos três estúdios ali construídos. Steve Lagudi foi o responsável pela engenharia de som enquanto Andy Sneap mixou o trabalho no Backstage Studio. A capa novamente ficou à cargo do artista sueco Par Olofsson, cuja arte já havia estampado “Let There Be Blood” (2008) e “Blood In, Blood Out” (2014).

Com mais tempo e foco o Exodus entregou um disco ousado, forte, criativo e muito bem produzido, guiado por riffs insanos de Gary Holt, sem espaço para firulas ou movimentos desnecessários, mesmo que algumas das faixas sejam mais longas. O disco abre com um riffão, sem aviso prévio, explodindo o puro e bem elaborado thrash metal furioso e cativante que é sua marca registrada, também presente em “Elitist” que virá mais a frente.

Até por isso, de saída, temos o primeiro destaque do trabalho (a faixa “Persona Non Grata” que é também a faixa de abertura) que é todo nivelado por cima, mas ouso dizer que esta é uma das melhores músicas que o Exodus já compôs. Outro grande momento vem em “Prescribing Horror”, com seu clima sombrio, assustador e denso cortado por riffs bem sacados e amplificado por efeitos de estúdio que deram uma nova dimensão para a música.

Várias composições apresentam mudanças de andamentos inteligentes em meio ao thrash metal brutal que é tradicional do Exodus (“R.E.M.F.” que o diga!). Mas a forma fluida com que fazem isso, desde a longa faixa-título, é quase que inédito em sua discografia.

“Persona Non Grata” é um disco pesado, intenso, mas muito variado e espontâneo, o que contribui para a dinâmica geral do trabalho. “Sleeping Into Madness” (uma faixa multifacetada e cheia de mudanças  composta Lee Altus e com letra de Zetro Souza) vai trazer algo do metal tradicional para o jogo e “The Years of Death and Dying” explorará a música pesada por um viés multifacetado, enquanto “Casa Del Pantano” será o alívio acústico do repertório, com Gary Holt desenhando um interlúdio para a trinca final formada, começando pela variada “Lunatic Liar Lord”, passando por “The Fires of Division” até o desfecho com “Antiseed”.

Em suma, “Persona Non Grata” se destaca justamente por ser um ataque preciso, criado sobre a dinâmica, a intensidade e instrumentação clássica do thrash metal! Algo que poucas bandas conseguem fazer sem anacronismos. O Exodus é uma delas, pois esta lá, desde o início, escrevendo os cânones do estilo!

Sem dúvidas, valeu cada minuto da espera de sete anos por este novo disco do Exodus!

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