Nesta seção queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas. Hoje trazemos o compositor ESTEVÃO LOBO.

FICHA TÉCNICA

NOME DO ARTISTA: Estevão Lobo

ESTILO: Música Autoral

CIDADE/ESTADO: Entre Rios de Minas – Minas Gerais

ANO DE INÍCIO DA CARREIRA: 2017

DISCOGRAFIA:

Cifras no Varal- “Roda dos Orixás” 

Estevão Lobo – “Latino Nativo”

ENTREVISTA

1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre sua biografia.

Estevão Lobo: Bom, como bom mineiro nascido em Belo Horizonte, mas criado no interior sempre tive muito contato com diversas formas de arte regional e música. De modo que perto de 11 anos comecei a fazer aulas de violão, o que a priori veio como algo a me acalmar trazendo aquele prazer indescritível do fazer musical, mas sem grandes intenções. Aos 17 anos, fui estudar em São João Del Rei, a cidade dos sinos para fazer História na UFSJ. Lá conheci diversos músicos que tiveram forte influência no despertar e amadurecimento de um lado meu compositor. Compus muitos sambas com amigos de república e acabei entrando para o grupo Cifras no Varal. Produzimos então em 2017 o nosso primeiro disco, Roda dos Orixás, e simultaneamente eu já pensava em produzir um trabalho meu ao perceber instintivamente que boa parte das canções fala da mesma coisa: A necessidade de clamarmos uma unidade latinoamericana mais verdadeira e sincera e daí nasceu o “Latino Nativo”.

2. Quais as suas principais influências? Existem alguns nomes que indicaria como principais referências para a sonoridade que vocês praticam?

Estevão: Acredito que nenhuma obra humana e nenhum artista deixa de passar por influências, por isso há que distinguir a obra do artista, e saber também que ambas mudam constantemente. Falando sobre a obra “Latino Nativo”, ela tem algumas influências mais cristalinas de músicos desde Edgardo Cardozo e Julian Mourín (Argentina), Violeta Parra, Victo Jarra, Mercedes Sosa, Milton Nascimento, João Bosco e Chico Buarque.

3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, você possuei algum posicionamento político ou ideológico?

Estevão: As letras em geral giram em torno de uma estética de retorno às nossas origens mais primordiais, clamando por relações mais profícuas de colaboração mútuo e troca cultural, entendendo o combate às desigualdades sociais que nos unem e às obrigações uns para com outros, latinoamericanos de sermos cada vez mais solidários e hermanos. De modo que o discurso por trás dessa estética é ideologicamente repleto de referências do quão diversamente parecidos nós somos e o quanto nós podemos nos ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona o seu processo de composição?

Estevão: Meu processo de composição funciona majoritariamente das brincadeiras no violão. Dali vem uma melodia que surge no meio do vasto universo que a harmonia me sugere. A partir daí eu tento ver o que a melodia me diz ou não diz, para construir a letra. Ou às vezes também uso a melodia para atender para um determinado tema que que eu quero falar e esse tema guia a história. Já tive experiências em conjunto e diria que minha escola primordial foi a parceria. No entanto tenho cada vez mais composto sozinho como parte de entendimento próprio no mundo.

5. Qual das suas músicas ou discos você indicaria para alguém interessado em conhecer o seu trabalho?

Estevão: Eu indicaria a música que dá nome ao meu primeiro disco solo: “Latino Nativo”.

6. Já existem metas de longo e médio prazo para sua carreira solo?

Estevão: A meta a médio prazo é uma viagem marcada para Europa em Agosto para divulgar o disco nos bares e nas ruas. No entanto, dada à situação catastrófica que vivemos atualmente, é possível que essa meta seja postergada. A meta a longo prazo seria a sustentabilidade e solidez da minha própria carreira de cantautor e produtor cultural.

7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.

Estevão: Gostaria de agradecer imensamente o carinho e a oportunidade de poder mostrar um pouquinho desse retrato que eu construí para trazer ao mundo minha singela contribuição. Nos momentos mais desesperados é que nos lembramos que a arte sempre estará ao nosso lado amenizando nossas dores e trazendo mais paz para nossas vidas.

Axé !

CONTATO

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