Hellish War – Resenha de “Wine of Gods” (2019)

 

Hellish War - Wine of Gods (2019)
Hellish War – “Wine of Gods”(2019 | Independente) 

O Hellish War já é um nome tradicional dentro do heavy metal nacional, fato que cria certa expectativa quando anunciam um novo trabalho.

Ainda mais com o que ouvimos no ótimo “Keep it Hellish”, lançado há mais de meia década, capturando toda a imagética e sonoridade da banda, mantendo a tradição na prática do puro heavy metal, forjado por fogo e aço, com empolgação, empenho e energia revitalizados.

E esse tipo de abordagem ainda é praticada em “Wine of Gods”, o seu novo álbum, agora amadurecendo ainda mais a fusão das formas teutônica e inglesa de uma maneira tão segura que não seria exagero dizer que este disco tem potencial para ser o melhor dentre os quatro discos lançados pela banda oriunda de Campinas/SP.

A faixa título, também responsável por abrir o trabalho deixa isso claro, com suas guitarras melódicas, clima dramático e movimentos pesados variando a velocidade e nos prendendo ao disco de imediato pelo alto poder nela impresso.

Até por isso, ao longo de “Wine of Gods” ouviremos, em faixas mais rápidas como “Trial by Fire” ou mais dramáticas como “Dawn of the Brave”, referências a ícones como Accept, Iron Maiden, Judas Priest, Grave Digger e Manowar.

Nesse sentido, a banda é eficiente e inteligente ao usar estas referências como ponto de partida para criar algo próprio, mas ao mesmo tempo não tentar “reinventar a roda” e reproduzir com fidelidade o que de melhor funcionou na história do power/heavy metal.

Ou seja, pode esperar por guitarras pesadas e vibrantes, derramando riffs e solos sobre um alicerce consistente feito por uma seção seção rítmica muscular que também sustenta refrãos belicosos e certeiros, bem como melodias épicas.

Uma fórmula bem lapidada que gera destaques como “Fallon” (um hard n’ heavy guiado por guitarras vibrantes), “Devin” (com seu peso melódico e variações progressivas), “Burning Wings” (um metalzão de dar gosto), “Warbringer” (um power metal de vocais agressivos pela participação de Chris Boltendahl) e “Paradox Empire” (dona de uma dramaticidade que mistura Iron Maiden com Queensryche).

Claro que todas as composições possuem suas potencialidades, assim como sua parcela genérica, mas o segredo do sucesso por aqui é o valor dado a uma destas duas partes e o equilíbrio entre elas, seja usando polirritmos nos clichês, seja ousando menos numa passagem mais criativa.

Uma observação comprovada pelo trabalho dos guitarristas Vulcano e Daniel Job, versáteis dentro dos mandamentos canônicos do heavy metal, usando os clichês de forma diferente.

Outro detalhe importante é a produção certeira para a música praticada, que deixou tudo superlativo: timbragens, emoções, peso e intensidade.

Um disco excelente de uma banda clássica para o metal nacional!

FAIXAS:

1. Wine of Gods
2. Trial by Fire
3. Falcon
4. Dawn of the Brave
5. Devin
6. House on the Hill
7. Burning Wings
8. Warbringer
9. Paradox Empire
10. The Wanderer

FORMAÇÃO:

JR (baixo)
Daniel Person (bateria)
Vulcano (guitarra)
Daniel Job (guitarra, teclados)
Bil Martins (vocais)

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