Dukes of the Orient – Resenha de “Dukes of the Orient” (2018)

 
Dukes of the Orient
Dukes of the Orient: “Dukes of the Orient” (2018, Frontiers Music srl) NOTA:9,0

A gravadora italiana Frontiers investe suas forças em mais um promissor projeto voltado ao AOR, ao juntar o vocalista John Payne, com passagens pelo Asia e pelo GPS, e o tecladista Erik Norlander, com nome vinculado ao Last In Line e a Lana Lane.

Ou seja, a promessa daquele AOR tipicamente americano permeado por elementos progressivos está implícita na união desta dupla sob o nome de Dukes of the Orient.

Na verdade, a banda nasceu em 2007, como Asia Featuring John Payne, quando Geoff Downes saiu para a reunião da formação original e Payne convidou Norlander para o posto, ao lado de Guthrie Govan e Jay Schellen para quatro datas nos Estados Unidos e algumas gravações em estúdio, que evoluíram para este trabalho que temos em mãos.

E se você se emociona com ganchos melódicos grandiloquentes, daqueles carregados de adrenalina classuda, vocais melodiosos e harmonias requintadas, esse é o nome certo!

Vale ressaltar que a mixagem analógica deu um sabor orgânico extremamente bem vindo às composições, que puderam ser polidas pela produção, mas sem a artificialidade da compressão digital, ou da densidade das equalizações e saturadas distorções modernas. É fato que isso confere ainda mais alma a este trabalho de estreia.

Além dos vocais competentíssimos, Payne ainda registrou o baixo (eximiamente delineados por todo o trabalho), bem como guitarras rítmica e solo, e fica claro já primeira faixa, “Brother In Arms”, que os teclados estarão proeminentes e voltados ao molde do progressivo clássico inglês (como em “Amor Vincit Omnia”), mesmo que aquele sabor adocicado do pop oitentista esteja permanentemente do paladar musical da dupla (como em “Strange Days”, uma das melhores do álbum).

Existe uma bagagem musical muito bem diluída em composições que trazem algo de familiar, rememorando campanhas publicitárias ou trilhas sonoras dos anos 1980, mas com personalidade própria, perceptível preocupação com os arranjos e esmero progressivo em cada composição.

Destaque ainda para “Time Waits For No One” (com seus teclados irresistíveis e roupagem que remete ao primeiro álbum do Flying Colors), “A Sorrow’s Crown”  e “Fourth Of July” (que soa como uma faixa perdida do Asia) em suas chuvas de teclados, ora sinfônicos, ora acessíveis, e refrãos certeiros.

Confira, pois vale a pena!

Veja o clipe de “Seasons Will Change”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=7etFNXFsn5U&w=560&h=315]

Veja o clipe de “Strange Days”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=9HkY2Zd_79o&w=560&h=315]

 

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