Os prodígios da Bay Area chegam a seu oitavo álbum de estúdio (e o quinto após a volta às atividades) esbanjando vontade, naquele que pode ser seu melhor álbum da carreira.
Desde o retorno, os trabalhos da banda vêm numa crescente em qualidade, superando a si mesmos em cada lançamento.
As guitarras conseguem transitar da melodia altamente técnica às palhetadas violentas e rápidas, aliadas a backing vocals que dão um sabor mais envolvente a este assalto metálico que, em alguns momentos, beira o Death Metal, enquanto em outros transpira uma pegada e uma atitude punk rock (como na precisa “Cause for Alarm”).
Nada mais natural a uma banda que sempre seguiu à risca a cartilha do Thrash Metal Bay Area, misturando as influências de NWOBHM com punk/hardcore.
Todavia, a alta qualidade técnica de seus integrantes se desenvolveu a níveis mais altos ao longo deste anos, abrilhantando ainda mais as suas composições, dando um caráter mais original à abordagem do estilo que o Death Angel pratica.
Este fato é enaltecido nas guitarras endiabradamente imprevisíveis de Rob Cavestany, abusando de escalas dilacerantes em riffs e solos que desafiam a criatividade metálica.
“The Moth” abre o álbum de modo explosivo e com sangue nos olhos, já expondo a forma como a banda redefinirá sua atitude, sua atécnica, bem como seu senso de melodia brutalidade e velocidade, dentro do mais puro Thrash Metal, assim como acontece em “Hell To Pay”, “Breakaway” e “It Can’t Be This”, que te provocarão heabangins involuntários.
Mas nem só de brutalidade e velocidade vive este já clássico moderno do Thrash Metal.
Ao modernizarem os classicismos do estilo com maturidade, mesclam bem faixas mais aceleradas e cadenciadas, mostrando versatilidade, principalmente nos vocais, mas também nos arranjos e andamentos.
“Father of Lies”, por exemplo, traz momentos que chegam a ser progressivamente belos, numa pegada viajante e levemente psicodélica, em meio a um Thrashão nervoso, enquanto “Lost” beira o Heavy Metal Tradicional em alguns detalhes de seus eficientes arranjos, soando melódica e poderosa em detrimento da virulência e rapidez.
Ainda podemos destacar as faixas “The Electric Cell” e “Hatred United/United Hate”, esta última com solo de Andreas Kisser, como possuidoras de uma pegada que beira o Death Metal Melódico.
Estes caras são, hoje em dia, artesãos do Thrash Metal que se valem de seus instrumentos como ferramentas para transformar brutalidade musical em arte, sendo que este “The Evil Divide”, se não superou até mesmo o clássico “Act III” (1990), é o melhor trabalho da banda desde aquele.
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