Jazz Além do Comum: Os 5 Discos Essenciais de Dave Brubeck

 

Prepare-se para uma viagem no tempo e no espaço musical com o lendário Dave Brubeck. Neste artigo, desvendaremos os segredos do influente músico de jazz, explorando sua carreira e recomendando cinco discos que o levarão ao coração de sua genialidade. Não perca essa chance única de se apaixonar pelo jazz!

O mundo do jazz tem suas lendas, mas poucos nomes podem se orgulhar de influenciar toda uma geração como Dave Brubeck. Com sua música dissonante e experimentações audaciosas, ele misturou as raízes do jazz de Nova Orleans com toques da vanguarda de Nova York, elementos latinos, orientais e indianos.

Brubeck era um mestre da improvisação e sua técnica inigualável cativou audiências em todo o mundo. Neste artigo, exploraremos cinco discos essenciais para iniciar sua jornada musical com Dave Brubeck, revelando seu legado único no jazz.

Dave Brubeck – Os 5 Melhores Discos Para Conhecer

Poucos nomes podem se orgulhar de influenciar toda uma geração do jazz.

Dave Brubeck, um incontestável gênio, fatalmente foi um destes. Sua música dissonante era temperada por um experimentalismo que desfilava uma quantidade arrebatadora de elementos, indo desde as raízes do jazz de Nova Orleans e de Chicago, passando pela vanguarda de Nova York com toques providenciais de música clássica, elementos latinos, orientais e indianos.

Musicalmente, abusava dos mais diferentes compassos e seu piano parecia um instrumento rítmico soltando algumas melodias na hora certa como se tudo fosse milimetricamente calculado. Entretanto, se tornou muito famoso por sua técnica de improvisação.

Hoje, vamos indicar cinco discos para se iniciar no mundo musical de Dave Brubeck, levando em conta que “Time Out” (1959), sua obra-prima, não estará na lista pois já dedicamos um texto inteiramente para ele, que pode ser conferido aqui.

1)”Jazz Goes to College” (1954)

Este clássico reúne sete performances dos famosos concertos de jazz em algumas faculdades norte-americanas em meados de 1954, onde Dave Brubeck iniciaria a fase mais gloriosa de sua carreira, em parceria com o genial Paul Desmond (alto sax).

Completando o quarteto, temos Bob Bates (baixo) e Joe Dodge (bateria), seção rítmica sólida e frenética que alicerçava a exuberância e libertina visão musical da dupla Dave Brubeck-Paul Desmond que mesclavam de modo indecente o popular e o clássico em preciosidades do jazz como “Balcony Rock”, (o improviso de) “Le Souk”, (os standards) “Take the ‘A’ Train” “The Song Is You”. 

Este álbum é a prova máxima de que é possível ser requintado e complexo, mas ainda assim cativante e popular.

2) “Time Further Time” (1961)

Se não tem “Time Out” (1959) na nossa lista por motivos já explanados, seu sucessor “Time Further Time” (1961) se faz presente.

Dar sequência à discografia após um clássico como “Time Out” geralmente pressiona, mas a destreza e naturalidade com que Dave Brubeck desfila sua técnica erudita em tempos complexos e jazzísticos, acompanhado de perto por seu parceiro Paul Desmond, mostra a excelência que o músico se encontrava neste período de sua carreira.

Bem acompanhados pela mesma seção rítmica competentíssima de “Time Out”, formada por Joe Morello (bateria) – que nos oferece um impressionante solo em “Far More Drums” – e Eugene Wright (baixo) a dupla constrói momentos sublimes do jazz moderno como “It’s a Raggy Waltz”, “Unsquare Dance”, “Far More Blue” (que segue a fórmula do álbum anterior) e “Blue Shadows in the Street”.

3) “Bossa Nova USA” (1962)

Fechando a trilogia de obras primas de Dave Brubeck na virada das décadas de cinquenta e sessenta, que começa com “Time Out” (1959) e passa por “Time Further Time” (1961), temos “Bossa Nova USA”, lançado em 1962.

Como o próprio nome já diz, este é o álbum que Brubeck dedicou ao gênero nascido pelas mãos de João Gilberto.

No auge de popularidade da bossa nova era comum que cada artista dedicasse ao menos um trabalho ao gênero, e o quarteto capitaneado por Brubeck, o mesmo que registrou os dois discos anteriores, mostrou como inserir sua alma complexa na simplicidade tropical cativante de faixas como “Bossa Nova USA”, “This Can’t Be Love”,  e “Trolley Song”

4)”Blues Roots” (1968)

A versatilidade (tanto em habilidade quanto em conhecimento) musical de Brubeck é notória, o que nos leva a pinçar este álbum de fins da década de 1960 por sua orientação blues em meio a usual variedade de tempos e ritmos desenhados pela mágica musical do post bop, e do avant-garde mergulhados no tradicionalismo do jazz/blues, criada por Dave Brubeck ao lado de Jack Six (baixo), Alan Dawson (bateria) e do ilustríssimo Gerry Mulligan e seu sax barítono.

Dentre as composições, “Limehouse Blues” se destaca por não ser propriamente um blues junto com “Broke Blues”, em meio a inspiradas linhas de piano de “Journey”, e o esmerado senso épico de “Blues Roots” que flerta com o progressivo junto com “Cross Ties”.

5) “Paper Moon” (1981)

Na década de 1970 Brubeck experimentou diversas abordagens e circulou por inúmeras formações, sendo seu ápice investigativo o esquecido “All The Things We Are”, de 1976.

Reforçando a volta ao formato quarteto, Brubeck abriu a década seguinte com o “Tritonis”, de 1980, acompanhado de Jerry Bergonzi (tenor sax, electric bass), Chris Brubeck (electric bass, bass trombone) e Randy Jones (drums), um injustiçado trabalho de jazz moderno, mas com uma formação que atingiria o ápice em “Paper Moon”,  de 1981.

“Paper Moon seria o terceiro álbum pela Concord Jazz e traria um sabor nostálgico de jazz dos primórdios, aquele feito entre as duas grandes guerras mundiais, com cheiro de história em cada uma das composições, com destaque a “St. Louis Blues” e “It’s Only a Paper Moon”, além de reforçar o sabor acessível do pop vintage, açucarando uma discografia que vinha agridoce desde o divórcio com Paul Desmond em 1967 e os trabalhos com Mulligan.

Se estiver em dúvida, comece por este!

Conclusão:

Dave Brubeck foi um verdadeiro ícone do jazz, e sua influência perdura até hoje. Os cinco álbuns destacados neste artigo representam diferentes fases de sua carreira, revelando sua versatilidade e mestria musical. Se você está começando a explorar o mundo do jazz, não hesite em começar com esses álbuns.

A combinação única de elementos clássicos e populares em suas composições é uma experiência musical que cativa e inspira. Dave Brubeck deixou uma marca indelével no jazz, e sua música continuará a encantar gerações futuras.

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2 comentários em “Jazz Além do Comum: Os 5 Discos Essenciais de Dave Brubeck”

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