Descubra as ricas camadas de simbolismo e heavy metal na obra-prima de Bruce Dickinson, “The Chemical Wedding”. Este guia leva você a uma jornada pelas letras instigantes do álbum e pelas melodias pesadas.
“The Chemical Wedding”, quinto álbum solo do vocalista Bruce Dickinson, é nossa indicação de hoje na seção VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO, cuja proposta você confere nesse link.
“The Chemical Wedding” é uma obra-prima de Bruce Dickinson que se aprofunda em simbolismo profundo e temas instigantes.
Este guia o levará a uma jornada pelo álbum, explorando suas melodias e letras cativantes que convidam à introspecção e à contemplação. Junte-se a nós enquanto descobrimos as ricas camadas de significado por trás desta obra de arte icônica.
Explorando a musicalidade pesada e o simbolismo místico em “The Chemical Wedding” de Bruce Dickinson
“The Chemical Wedding” é uma obra-prima musical que leva os ouvintes a uma jornada alquímica através de seu rico simbolismo.
As letras e melodias de Bruce Dickinson são cuidadosamente elaboradas para transmitir significados mais profundos e provocar introspecção. Este guia irá aprofundar os temas do álbum de transformação, despertar espiritual e busca pela verdade interior.
Junte-se a nós enquanto desvendamos o simbolismo oculto em “The Chemical Wedding” e exploramos as profundas mensagens que ele contém.
Por que você devia ouvir “The Chemical Wedding”, de Bruce Dickinson?
Definição em um poucas palavras: Heavy Metal, alquimia, William Blake, conceitual e classudo.
Estilo do Artista: Heavy Metal
Comentário Geral: Bruce Dickinson lançou vários e diferentes discos em sua carreira solo que, pela diversidade, se tornou muito interessante. Em dado momento, ele absorveu o guitarrista Adrian Smith (à época fora do Iron Maiden) e ofereceu seus melhores discos solo.
Com o sucesso do álbum “Accident of Birth”, a ideia de Bruce Dickinson era manter a mesma abordagem, além de dar continuidade na parceria com o guitarrista, o que agradou muito os fãs do Iron Maiden, por sinal.
Sobre a volta de Adrian Smith, Bruce acha que foi um grande feito para o público: “Foi tipo, ‘uau, os dois do Iron Maiden voltaram a tocar juntos’, este tipo de coisa. Para nós apenas estamos fazendo o que sempre fizemos, cantar e tocar guitarra.”
Já em entrevista da época, para o número 13 da Revista Roadie Crew, Bruce Dickinson assumiu que havia alguma pressão para o lançamento deste disco, mas ele refletiu sobre como essa pressão foi boa para o resultado final: “existindo alguma pressão, às vezes é bom e nesse álbum isso existiu”.
O novo disco seria batizado de “The Chemical Wedding” e desde o título trazia referências à alquimia e, em especial, aos escritos de William Blake. Musicalmente, de cara percebemos que Bruce Dickinson manteve o peso moderno das guitarras que desenhavam riffs que ecoavam o metal clássico e amparavam os vocais extremamente cativantes do vocalista.
“De repente achei uma direção que funciona muito bem para mim e no Chemical Wedding todos podem identificar um heavy metal com mais peso”, declarou Bruce Dickinson em entrevista à Roadie Crew quando perguntado sobre o peso do disco.
Além disso, Bruce deu muito do crédito pelo peso do álbum às letras: “Chemical Wedding é muito pesado, não só em relação ao som, mas também por causa das letras”.
Mesmo assim, não dá pra desmerecer o peso instrumental de uma faixa como “King In Crimson”, que traz guitarras com cordas de baixo. Aliás, em vários momentos do disco Roy Z e Adrian Smith usaram guitarras com cordas de baixo para amplificar o peso, fato confirmado por Bruce Dickinson em outras entrevistas da época.
O mais interessante deste trabalho, no entanto, vai além de simplesmente ser um disco pesado, ele reside no fato deste ser um disco conceitual.
“The Chemical Wedding é o título do livro escrito há setecentos anos. É um livro de ficção e o autor busca o segredo do universo. Eu comecei a escrever o álbum a partir deste livro, sobre os segredos do universo e a ideologia da alquimia”, contou Bruce Dickinson na entrevista para a Roadie Crew à época.
Ele continua explicando como chegou à obra de William Blake: “Busquei as teorias do universo e tudo estava caminhando bem quando, no meio do caminho, descobri William Blake”.
E explica o significado do título: “Foi inspirado no livro de mesmo nome escrito séculos atrás, e narra a viagem de uma alma do estágio da ignorância à elevação, através da alquimia. Enquanto eu estava escrevendo o álbum, descobri a poesia de William Blake, que foi muito influenciado pela filosofia da alquimia”
A capa de “The Chemical Wedding” é uma pintura de William Blake, um pintor, poeta e pensador que nasceu em Londres, no ano de 1757 , um defensor do individualismo, dos pensadores naturais, do autodidatismo e da liberdade sexual.
Sua poesia influenciou poetas como Walt Whitman e Dylan Thomas. Então, por esta razão, a capa era uma primeira ruptura com o que deu certo no álbum anterior, pois a capa desta vez ficou à cargo de Derek Riggs.
Bruce Dickinson chegou a pedir um desenho para o artista que fez história com as capas do Iron Maiden e havia trabalhado com Bruce no álbum “Accident of Birth”. Riggs entregou uma arte que seria a capa do álbum, mas Bruce mudou de ideia, pois “saiu legal, mas não tão bom quanto as pinturas de William Blake”.
A obra de William Blake permeia todo o disco. “Book of Thel”, por exemplo, é uma faixa com o título e o conceito emprestado de um poema homônimo de Blake. Porém a maioria das músicas foi escrita por Roy Z e Bruce somente trabalhava nas letras, nas linhas vocais.
E pelos mesmo motivos de “Seventh Son of a Seventh Son” (1988) ser meu disco favorito do Iron Maiden, “The Chemical Wedding” é meu disco favorito da carreira solo de Bruce Dickinson e considero-o melhor que qualquer disco que o Iron Maiden lançou após “Fear of the Dark” (1990), exatamente pela criatividade e pela inteligência com que o conceito e a musicalidade são desenvolvidos. Este é disco mais inteligente e criativo da carreira solo de Bruce Dickinson, onde atingiu o ápice tanto em letras quanto em musicalidade.
Até por isso, “The Chemical Wedding” é, pra mim, uma versão melhor acabada e sofisticada de “Accident of Birth” (1997). Faixas como “King in Crimson”, “The Chemical Wedding”, “The Alchemist”, “Book of Thel”, “The Tower” (com várias remissões aos bons temos do Iron Maiden), “Gates of Urizen” e “Jerusalem” mostravam Bruce Dickinson em seu ápice como compositor, dentro de um contexto mais sombrio, quase doom metal, em conluio à temática ocultista.
Ainda na turnê de divulgação deste disco foi anunciado o retorno de Adrian e Bruce ao Iron Maiden.
A parceria de sucesso entre os dois ex-membros da fase áurea do Iron Maiden nos dois álbuns do vocalista inflamava os fãs que como um torcida organizada de um time de futebol que está em baixa (o Maiden passava uma fase difícil com Blaze Bailey), clamava pelo retorno dos craques que lhe deram tantas alegrias no passado.
Era questão de tempo para a reunião. O retorno triunfal do Iron Maiden veio como um sexteto (Bruce e Adrian voltavam), com três guitarristas na formação (Janick Gers, substituto de Adrian, permanecia ao lado de Dave Murray) e um álbum que remetia onde pararam no início dos anos 1990, intitulado “Brave New World”.
Por isso tudo, “The Chemical Wedding” (1998) é heavy metal para a mente e não para emoções primitivas.
Ano: 1998
Top 3: “Chemical Wedding”, “Gates of Urizen” e “The Tower”.
Formação: Bruce Dickinson (vocais), Adrian Smith (guitarra e teclados), Roy Z (guitarra, teclados e produção), Eddie Casillas (baixo) e Dave Ingraham (bateria).
Disco Pai: Dio – “Strange Highways” (1993)
Disco Irmão: Iron Maiden – “Brave New World” (2000)
Disco Filho: Halford – “Resurrection” (2000)
Curiosidades: Na letra “The Alchemist”, o final é o refrão da faixa título. Segundo Bruce Dickinson isso era para formar um ciclo, a volta ao começo. Além disso, algumas das vozes que declamam versos de William Blake ao longo do disco são feitas por Arthur Brown, da lendária banda de shock rock The Crazy World of Arthur Brown.
Pra quem gosta de: Alquimia, filosofia ocultistas, artistas subversivos, bibliotecas e shows de heavy metal.
Ofertas de Discos de Bruce Dickinson:
- “The Chemical Wedding” – Link do disco;
- “Accident of Birth” – Link do disco;
- “Balls to Picasso” – Link do disco;
- “Tyranny Of Souls” – Link do disco;
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