Emprestando o título do clássico último álbum de estúdio da banda Death, do saudoso Chuck Schuldiner, o que você ouve neste mais recente disco da banda canadense Anvil é a essência do “som da perseverança”.
Como uma das mais honestas bandas do heavy metal, o Anvil chega à incrível marca de quatro décadas de carreira e dezessete discos de estúdio lançados na raça, se mantendo fiel ao metal oitentista, mesmo que “marginalizada” em grande parte de sua carreira que se iniciou no abrir das cortinas da década de 1980.
Em sua vasta discografia, pontos de excelência como “Metal On Metal” (1982), “Forged in Fire” (1983), ou mais recentemente “Juggernaut of Justice” (2011), são encontrados e mesmo assim poucos são aqueles que se lembram do Anvil além do documentário “Anvil! The Story of Anvil” (2008), responsável pela melhor fase “comercialmente” falando do Anvil, que tem “Pounding the Pavement” seu mais recente fruto, gravado na Alemanha, chegando após o interessante “Anvil Is Anvil” (2016).
“Anvil! The Story of Anvil” (2008) carimbou o selo “cult” de qualidade na banda, elevando Robb Reiner (bateria) e Steve “Lips” Kudlow – agora acompanhados do baixista Chris Robertson – a estrelas do underground metálico, por mais contraditório que possa soar esta condição.
E claro que isso tudo reflete na discografia pós-2008, tendo em “Juggernaut of Justice” (2011) o ponto de máximo desta nova fase, facilmente pareado por “Pounding the Pavement”, um disco que entrega exatamente o que se espera do Anvil.
E não é isso que queremos? Peso nas guitarras, aliás, muitas guitarras, amalgamando influências de Hard Rock com a agressividade e velocidade da seção rítmica, capturando a mística e energia de “alta octanagem” metálica de seus melhores momentos, com uma organicidade de aroma moderno. Mesmo à moda old-school (como na bônus “Don’t Tell Me”), nada aqui soa datado.
“Bitch in the Box” e “Let It Go” trazem aquele hard n’ heavy cadenciado e malicioso, transbordando clichês e ganchos melódicos saborosos, além de refrãos irresistíveis que também aparecem em “Doing What I Want” (com peso proeminente e chapado, além de linhas vocais “percussivas”) e “Nanook of the North”.
Claro que o traçado musical de “Pounding the Pavement” não surpreende, mas agrada, e muito! Talvez por tudo soar o mais sincero e à moda Anvil possível. Nestas doze composições, temos a banda fazendo o que quer em sua música, amparados pela história que trazem à tira-colo, sem se render a modismos, porém, também sem soar ultrapassado.
A já citada “Nanook of the North” (que até traz algo de Alice Cooper na estrutura melódica dos vocais) se destaca no repertório junto à faixa-título (instrumental, com escalas empolgantes nas seis cordas e peso bem cadenciado pela seção rítmica), “Smash Your Face” e “Black Smoke” (essa vai ser sucesso nos palcos).
As curvas sinuosas e acentuadas do speed metal são percorridas em alta velocidade na empolgante “Ego”, enquanto “Rock That Shit” e “Warming Up” trazem aquele heavy metal etílico e perigoso do Motorhead, até mesmo com inclusões ao rockabilly de Chuck Berry em “Rock That Shit”.
A postura de Lips, por exemplo, desde a construção dos riffs, passando pela sua voz, pode não ser a mais virtuosa, mas é eficiente dentro dos modos do heavy metal pela honestidade e sinceridade de um senhor que já chegou à casa dos sessenta anos de vida. Seu refinamento é similar a um lenhador canadense empunhando sua moto-serra.
No geral, o conjunto de faixas é espontâneo, longe de um clássico do gênero, mas delicioso de se ouvir, principalmente pelas multifacetadas influências de Black Sabbath (como em “World of Tomorrow”, um dos destaques deste álbum), Accept, Rage, Running Wild, Motorhead, e até o rock n’ roll do Chuck Berry, gerando uma dinâmica vibrante que nos ajuda a mergulhar no trabalho.
Esse é aquele disco provoca expressões como: “isso que é heavy metal!”
Assista o clipe para a faixa “Ego”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=doNDXL6tiBs&w=560&h=315]
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