“Strong” é o segundo álbum solo da cantora sueca Anette Olzon, mais conhecida por ter integrado o Nightwish entre os anos de 2007 e 2012 e pelo projeto The Dark Element.
Abaixo você lê nossa resenha completa de “Strong” que foi lançado em 10 de setembro de 2021 pela Frontiers e chega ao Brasil pela parceria entre este selo italiano e o brasileiro Shinigami Records.
Pra mim que acompanho a carreira de Anette Olzon, confesso que tomei um susto quando ouvi “Strong”, muito pelo peso com que estas onze composições foram carregadas. Isso porque aqui temos uma densidade mais moderna e sombria, bem amparada por uma banda de apoio que conta com seu marido, Johan Husgafvel (que toca baixo e canta guturais no álbum), o guitarrista e produtor Magnus Karlsson, e o baterista Anders Köllerfors.
“Strong”, inclusive foi composto por Anette e Magnus Karlsson a pedido da própria Frontiers, que havia selecionado outro compositor/produtor para escrever o álbum, mas, como Anette não se adaptou ao material, ela pediu que a gravadora trouxesse Karlsson, com quem havia trabalhado em “Worlds Apart” (2020), um álbum de duetos que ela lançou ao lado de Russell Allen, para terminar o projeto.
Até por isso, “Strong” é um disco extremamente pessoal, principalmente no que tange às letras escritas pela própria Anette. “Bye Bye Bye”, por exemplo, foi escrita como uma despedida final para sua ex-banda, o Nightwish, enquanto “Sad Lullaby” foi escrita como uma homenagem a seu pai, que morreu de complicações do COVID-19 em abril de 2020 e “Catcher of My Dreams” discute suas próprias experiências com terrores noturnos.
Musicalmente, “Strong” é uma reaproximação de Anette com o metal sinfônico, mas distante dos tempos do Nightwish pois é advindo da vontade declarada de fazer algo influenciado pelo Dimmu Borgir. Até por isso, as passagens sinfônicas são bombásticas, guiadas por linhas melódicas que lidam tanto com os clichês do power metal quanto com os ganchos melódicos fáceis da música pop e até certo eletrônico com o trance.
No geral, as composições seguem uma linha mediana de qualidade, quase sempre com a perene previsibilidade dos arranjos compensada pela força e energia com que são impressas e pela voz sempre cativante e técnica de Anette, como nos destaques do repertório dados por “Bye Bye Bye”, “Parasite”, “Fantastic Fanatic”, Catcher Of My Dream” e a épica “Strong” que se mostram ótimas representantes de um álbum mais acessível, mas não menos pesado e poderoso.
Em suma, “Strong” é um álbum que se equilibra entre o peso heavy metal e os aspectos sinfônicos, ao mesmo tempo em que mostra uma Anette que parece não ter cortado seu cordão umbilical musical com o Nightwish, pois a influência é clara (algo confirmado também nos discos de seu outro projeto, o The Dark Element), mesmo que este não seja o objetivo declarado. No entanto não há como negar que ela é dona de uma personalidade forte e muito própria.
Analisando com muita sinceridade, salvo pelo peso maior e até por alguns vocais guturais aqui e ali, “Strong”, como um todo, caminha calculado entre a sonoridade que o Nightwish praticava na fase-Anette Olzon e o apelo pop/metal do Amaranthe, misturando o requinte sinfônico gótico com a acessibilidade vibrante dos refrãos, num desenho criado para que a voz de Olzon brilhe incessantemente.
Tanto que alguns momentos podem incomodar pelo altíssimo apelo pop (alguns movimentos soam como uma versão heavy metal do ABBA), mas, no geral, temos um álbum bem feito, nada original é verdade, mas que garantirá a diversão daqueles que acompanham o trabalho de Anette Olzon.
Ainda assim, afirmo sem receio que qualquer um dos discos lançados pelo The Dark Element é melhor o que o aquilo que ouvimos aqui. Talvez a parceria com músico finlandês Jani Liimatainen (ex-Sonata Arctica, Cain’s Offering) seja mais eficiente do que com Magnus Karlsson. Talvez…
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