“Mother’s Day” é o primeiro álbum da banda norte-americana de melodic/prog/metal/rock Alta Reign, lançado em 2021. Este é um projeto do baterista Jeff Plate, conhecido por suas passagens em bandas como Savatage, Trans-Siberian Orchestra e Metal Church. O disco chega ao Brasil numa parceria entre os selos Rat Pack Records e Hellion Records.
A banda Alta Reign foi formada em 2020, na cidade de Nova York, reunindo músicos com passagens pelas bandas Trans-Siberian Orchestra e Sunsonic, objetivando a prática de uma sonoridade melódica e bem trabalhada do metal progressivo.
Na formação temos os vocalistas e guitarristas Tommy Cook e Collin Holloway, o baixista Kevin McCarthy, Zach Hamilton nos teclados, além do próprio Jeff Plate. Até pelas bandas por onde os músicos passaram e a intenção de investir numa versão melódica do prog metal é impossível não pensar em algo próximo do Savatage ou do Queensryche. A faixa “Never Say Never” vai te lembrar até do velho Blue Oyster Cult no refrão.
E “Mother’s Day”, o primeiro disco da banda, não foge muito desta expectativa, entregando doze músicas construídas sobre melodias cativantes, refrões certeiros, riffs empolgantes e solos bem desenhados nos preceitos do heavy metal progressivo de nomes como Ayreon, Pain of Salvation e Royal Hunt.
As composições variam entre material antigo, que Jeff Plate descobriu numa velha fita retirada de seu baú com ideias de trinta anos atrás, junto com faixas escritas recentemente. A inspiração para criar o Alta Reign veio justamente da vontade de retrabalhar este antigo material descoberto pelo baterista.
Jeff Plate começou a trabalhar seriamente no Alta Rain à partir de 2019, juntando os músicos com que tocava na época e focando na lapidação destas doze composições que vão do prog metal ao AOR com destreza técnica e elegância melódica, além de uma influência das formas oitentistas e noventistas do rock/metal.
O que poderia resultar numa musicalidade anacrônica é modernizado por uma produção impecável, que deu o timbre certo para cada instrumento, principalmente nos teclados que têm um certo protagonismo em todas as músicas.
Isso fica claro em “Come Out And Play” e “Thin Red Line” (que lembra muito o Savatage, mas sem os vocais agressivos), duas faixas que atritam o velho e o novo progressivo. E justamente nos movimentos mais progressivos é onde temos os dois grandes destaques do álbum: a faixa-título e o peso cadenciado (quase doom metal) de “Rise”.
O repertório traz uma diversificação importante para o resultado final, indo do jazzístico espírito impresso em “ESC (Escape)”, à exploração atmosférica de “Passage”, passando pela balada açucarada “Always”, o classic metal de “Witness” e pelo AOR de “Shine”, “Immortal” e “Let’s Go! (I’m In Charge Now)” – que chegam a lembrar vagamente o Journey e o Dokken.
No geral, o repertório é heterogêneo, o que nos leva a um resultado irregular. Entretanto, “Mother’s Day” tem mais acertos do que erros e apenas um maior polimento ao foco, um direcionamento melhor definido, poderia gerar uma obra mais cativante.
Ainda assim, “Mother’s Day” é um disco muito indicado para quem gosta do seu prog metal bem adoçado por doses generosas de AOR e melodic rock.
Leia Mais:
- Savatage – “Edge of Thorns” | Você Devia Ouvir Isto
- Metal Church – “Classic Live” (2017) | Resenha
- Supergrupos do Rock | Conheça Dez Que Não Deram Certo!
- Savatage – “Hall of the Mountain King” | Você Devia Ouvir Isto
Dica de Livros Sobre o Tema:
Outros Artigos que Podem Ser do Seu Interesse:
- Kindle Unlimited: 10 razões para usar os 30 dias grátis e assinar
- Os 6 melhores fones de ouvido sem fio com bateria de longa duração hoje em dia
- Edição de Vídeo como Renda Extra: Os 5 Notebooks Mais Recomendados
- As 3 Formas de Organizar sua Rotina que Impulsionarão sua Criatividade
- Camisetas Insider: A Camiseta Básica Perfeita para o Homem Moderno