Metal Church – “Classic Live” (2017) | Clássicos do Heavy Metal ao vivo!

 

“Classic Live”, novo ao vivo do Metal Church, é exatamente o que se espera: a reunião de clássicos da fase Mike Howe em versões ao vivo registradas na turnê do último álbum, “XI”. Uma aula de Heavy Metal do início ao fim!

Abaixo você confere nossa resenha completa de “Classic Live”, uma verdadeira celebração do heavy metal sobre o palco promovida pelo Metal Church e que foi lançada no Brasil pela parceria entre os selos Rat Pak Records, Sound City Records e Shinigami Records.

"Classic Live", novo ao vivo do Metal Church, é exatamente o que se espera: a reunião de clássicos da fase Mike Howe em versões ao vivo registradas na turnê do último álbum, "XI". Uma aula de Heavy Metal do início ao fim!

O ótimo “XI”  (2016) mostrou aos fãs que a Igreja do Metal estava novamente plena e ativa, pregando os preceitos do Heavy Metal, com muita energia e peso numa versão mais voraz de seus classicismos. E se ter um álbum inédito de uma banda como o Metal Church em mãos por si só já era empolgante, ainda mais por contar com o vocalista Mike Howe, que retornou para empunhar o microfone da banda, imagine quando agora somos agraciados com um álbum ao vivo, com a mesma formação que gravou “XI”, produzido por Kurdt Vanderhoof, e contando com nove clássicos da banda registrados durante a turnê de 2016, além de uma nova versão de estúdio para as marcantes “Fake Healer” (num dueto empolgante com Todd La Torre, do Queensryche) e “Badlands”.

Nas palavras do próprio Kurdt Vanderhoof, “este álbum não só comemora a reunião entre a banda e o vocalista Mike Howe, mas também presta tributo a algumas das mais populares canções daquela era”. E a era a que ele se refere está bem representada em seis faixas ao vivo pinçadas dos álbuns Blessing In Disguise (1989), The Human Factor (1991) e Hanging In Balance (1993), com destaque a “Date With Poverty” (com passagens intricadas e groovadas de arrepiar), “In Mourning” (com seu peso mesclado a melodia do refrão), “No Friend of Mine” “Badlands” (pra mim a melhor composição da era Howe), sendo importante ressaltar que não trouxeram nenhuma faixa do álbum mais recente.

Todavia, aos meus ouvidos, além do registro ao vivo da fase Mike Howe, que já valeria a aquisição do material, temos o registro de sua voz em três clássicos da fase áurea com David Wayne (vocalista que faleceu em 2005 e marcou a história da banda nos seus dois primeiros álbuns): a abertura com “Beyond The Black”,  do clássico primeiro e auto-intiulado álbum de 1984, além de “Start The Fire” (com seus riffs poderosos) “Watch The Children Pray”, temas marcantes de “The Dark”, segundo álbum da banda lançado em 1986.

E nestas faixas, não compostas para sua voz, que Howe mostra o grande vocalista que é, com enorme personalidade, versatilidade e fúria, enquanto as guitarras alternam solos e riffs vigorosos que te fazem pensar: “cara, isso que é Heavy Metal!” Sem firulas, direto, com melodia, vigor na seção rítmica, passagens trabalhadas, peso, inteligência musical e técnica apurada, como todo fã do gênero gosta de ouvir.

Só achei que o resultado final do som poderia ser melhor e mais limpo. Não que esteja ruim, mas está um pouco sujo e arranhado além do necessário, prejudicando o detalhamento de algumas passagens, principalmente nas guitarras que soam borradas em certos momentos (mais evidentes nas passagens mais limpas e quando Howe impõe sua voz com mais força). Um polimento a mais e teríamos um dos grandes álbuns ao vivo do ano!

Ao mesmo tempo esta produção cria um paradoxo, pois nos dá um sabor “vintage” que os álbuns ao vivo até o início dos anos 1990 carregavam, até mesmo os bons bootlegs, combinando com o aspecto old-school do repertório, além de dar mais autenticidade à sua natureza “ao vivo”. Além disso, é inegável que a performance da banda, com as engrenagens azeitadas e formação entrosada, gera muita energia, numa troca constante com o público, principalmente da parte dos vocais de Howe, que estão ainda mais poderosos (confira o que ele faz em “Start The Fire”).

Enfim, “Classic Live” é mais um registro para enaltecer a qualidade dos trabalhos da banda com Mike Howe nos vocais, e acredito que composições novas como “Blow Your Mind”, “Signal Path”, “No Tomorrow”, do recente “XI”, caberiam muito bem dentre estes clássicos apresentados ao vivo. Mais uma aula de Heavy Metal!

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