Prepare-se para explorar a história do lendário King Diamond, um ícone do heavy metal com uma trajetória marcada por sua voz impressionante, influência ocultista e maquiagem icônica. Este artigo revelará como ele moldou o cenário do metal e destacará cinco discos que você precisa conhecer para entrar no mundo macabro e satânico de King Diamond.
King Diamond, cujo verdadeiro nome é Kim Bendix Petersen, é uma figura icônica no mundo do heavy metal. Com sua incrível amplitude vocal, filosofia satânica e estética macabra, ele deixou uma marca indelével na música. Sua carreira começou com a banda Mercyful Fate e, posteriormente, como artista solo.
Este artigo mergulhará nas origens de King Diamond e explorará sua influência na cena do metal, destacando cinco álbuns essenciais para entender seu legado. Prepare-se para descobrir o fascinante mundo musical do Rei Diamante.
Os 5 Melhores Discos de King Diamond
Kim Bendix Petrsen, ou simplesmente King Diamond é um dos nomes mais originais e influentes do heavy metal nos anos 1980.
Com amplitude vocal impressionante, sua marca está tanto no falsete inimitável, quanto nos temas ocultistas que tem como filosofia de vida, ou na maquiagem que influenciou todo o metal extremo, principalmente o black metal noventista.
King Diamond iniciou sua carreira na banda Black Rose, em 1979, misturando hard rock com psicodelia, mas foi com o Mercyful Fate, banda dinamarquesa altamente influente, que solidificou seu nome de forma que seria capaz de seguir carreira solo após os conflitos de objetivos da banda que se seguiu ao seu segundo álbum.
Michael Denner (guitarra) e Timi Hanson (baixo), membros do Mercyful Fate, seguiram o vocalista em sua jornada que se inicia como banda King Diamond, mas que depois de algum tempo virou uma carreira solo, tendo como seu fiel escudeiro o guitarrista Andy La Roque, nome importante na criação da identidade musical de King Diamond.
King Diamond, é um admirador de LaVey, tendo mantido correspondência durante anos com muitos membro da Igreja de Satan, sendo um declarado seguidor do satanismo laveyneano e um dos únicos de sua geração que realmente seguia a filosofia sobre a qual cantava.
Muitas canções, principalmente nos álbuns do Mercyful Fate, trazem versos carregados da temática satanista e “Into The Coven”, “Come To The Sabbath” e “The Oath” têm reais ligações com a Bíblia Satânica de Anton Szandor LaVey.
Confira, abaixo, cinco discos para se iniciar no macabro e satânico mundo musical do Rei Diamante.
1) Mercyful Fate – “Melissa” (1983)
“Melissa” (1983), primeiro full lenght da banda dinamarquesa Mercyful Fate, chagava pouco mais de um ano após o histórico EP “Nuns Have No Fun”, banhando num ocultismo de viés real e longe da fanfarronice do Venom, um heavy metal obscuro e bem feito.
Musicalmente, “Melissa” (1983) era agressivo, cortante, tétrico e assombroso dentro da estética tradicional da NWOBHM, com riffs instigantes e refrãos poderosos.
“Melissa” (1983) saiu na véspera do dia das bruxas, e dizem que King Diamond, a mente por trás de todo o conceito do Mercyful Fate, trouxe um altar e velas vermelhas para o estúdio quando foi gravar suas linhas vocais.
Uma conduta que não era apenas encenação visto que King Diamond era seguidor da filosofia satânica de Anton LaVey. “Satan’s Fall”, por exemplo, a grande e épica composição de “Melissa” (1983), foi inspirada pela “Bíblia Satânica”, do próprio LaVey.
Outra curiosidade é que Melissa é o nome da caveira que King Diamond usava nas apresentações do Mercyful Fate, e “Melissa” (1983), o álbum, não parou de influenciar o mundo do heavy metal desde que foi lançado.
Faixas como, “Evil”, “Curse of the Pharaohs”, “Into the Coven”, “Melissa”, “Black Funeral”, além da própria “Satan’s Fall”, são pilares da filosofia do black metal que explodiria na década seguinte.
2) Mercyful Fate – “Don’t Break the Oath” (1984)
Segundo e último disco do Mercyful Fate antes da primeira dissolução da banda, “Don’t Break the Oath” (1984) é marcado pela mistura de NWOBHM de “Melissa” (1983) com o thrash metal que surgia e que ajudou a influenciar, principalmente nos riffs e nas guitarras cortantes.
Não só isso, “Don’t Break the Oath” (1984) traz uma das melhores capas da história do heavy metal, e o impacto dela num quadrado de 33 cm X 33 cm era inevitável, deixando clara a filosofia satânica das letras de King Diamond.
Clássicos? “Don’t Break the Oath” (1984) é um disco coeso e de alto nível, mas é fato que “A Dangerous Meeting”, “Nightmare”, “The Oath” e “Come to the Sabbath” são destaques máximos não só Mercyful Fate, mas também do metal oitentista.
Todavia, “Don’t Break the Oath” (1984) dividiu os integrantes da banda, que então rachou e ruiu. Enquanto o guitarrista Hank Shermann queria seguir por um caminho mais comercial, King Diamond desejava manter a linha demoníaca.
Foi o fim da primeira fase do Mercyful Fate, que só retornaria com “In The Shadows” (1993).
3) King Diamond –“Abigail” (1987)
“Abigail” (1987), primeira parte da trilogia de clássicos de King Diamond, continuada por “Them” (1988) e “Conspiracy” (1989), era o segundo disco da fase pós-Mercyful Fate de King Diamond, iniciada em “Fatal Portrait” (1986).
Responsável por criar um modelo “King Diamond” de se fazer heavy metal, “Abigail” (1987) é o primeiro clássico da carreira solo do cantor, que ganharia uma segunda parte em 2002, intitulada “Abigail II: The Revenge”.
Um disco conceitual (contando a história da bruxa Abigail com fortes referências ao ocultismo e a LaVey), com trama obscura emoldurada por um heavy metal tradicional e bem eleborado por guitarras melódicas, que combinavam perfeitamente com os falsetes característicos de King Diamond.
Faixas como “A Mansion in Darkness”, “The Family Ghost”, “Arrival”, “Abigail” e “Black Horsemen” praticamente laipadaram a identidade musical que unia peso, melodia, rapidez, e muita teatralidade, dinamizando a proposta de “Fatal Portrait” (1986), disco que inaugurou sua carreira pós-Mercyful Fate.
Sem dúvidas, “Abigail” (1987) é o disco mais importante da carreira de King Diamond!
4) King Diamond – “The Spider’s Lullaby” (1995)
Eis a primeira controvérsia da lista? Talvez! Acho que muitos prefeririam “Fatal Portrait”, por exemplo, ou qualquer um dos dois discos que se seguiram após “Abigail” (1987).
Mas não sejamos previsíveis!
Após a trilogia clássica completada por “Abigail” (1987), “Them” (1988) e “Conspiracy” (1989), e o interessante “The Eye” (1990), King Diamond fecharia a primeira fase de sua carreira solo, retornando ao Mercyful Fate e lançando discos como “In the Shadows ” (1993) e “Time” (1994), que poderiam muito bem estar nesta lista.
Somente cinco anos após “The Eye” (1990), veríamos um novo disco de King Diamond, “The Spider’s Lullaby” (1995), que mostraria uma faceta diferente de sua música.
Quase saudosista, sem conceito pré-definido, “The Spider’s Lullaby” (1995) mostra extrema qualidade dentro de uma atmosfera de terror clássico dentro do heavy metal, como se prestasse uma homenagem ao shock rock de Alice Cooper.
A primeira metade de “The Spider’s Lullaby” (1995) seria uma coletânea de contos e a segunda parte seria um grande conto dividido em atos.
Musicalmente, as estruturas alijadas ao peso melódico do Mercyful Fate permanecem, com solos técnicos e rápidos, abrilhantando músicas complexas, mas também evidenciam um King Diamond experimentando e tentando reconceituar sua música para sobreviver num mundo que se tornava diferente e menos receptivo às formas old school.
Um álbum que gera opiniões controversas dos fãs, mas que definitivamente é de importância ímpar para a carreira de um nome influente do heavy metal que tentava reler sua fórmula para as novas audiências.
Acredite, “The Spider’s Lullaby” (1995) merece ser redescoberto!
5) King Diamond – “House of God” (2000)
Mesmo que a obra de King Diamond tivesse um aspecto literário forte e bem desenvolvido, a força cinematográfica de sua imagética começa a ganhar mais força neste “House of God” (2000).
Com a capa mais provocativa de sua carreira desde “Don’t Break the Oath”, do Mercyful Fate, esse nono disco da carreira solo trazia composições do quilate de “The Trees Have Eyes”, “The House of God” e “The Pact”, num conceito baseado na lenda de Rennes-le-Château, e que sucedeu a mudanças importantes na formação.
Musicalmente, “House of God” (2000) segue o padrão do heavy metal dramático, melódico e forte de King Diamond, com riffs quase power/thrash metal, teclados climáticos e seus vocais em falsete.
De fato, “House of God” (2000) é um disco que pode assustar pela produção um tanto clínica, e talvez por isso tenha sido ignorado dentro da discografia de King Diamond, mas precisa urgentemente ser redescoberto, pois o poder de impacto destas composições não se desvaneceu com o tempo.
Leia Mais:
- King Diamond – “Abigail” (1987) | Clássico do Heavy Metal
- King Diamond – Resenha de “Songs For the Dead Live” (2019)
- A Bíblia Satânica de LaVey: O que está escrito em suas páginas?
- A Influência do Diabo da Música Ocidental | Do Barroco ao Black Metal
Outros Artigos que Podem Ser do Seu Interesse:
- Kindle Unlimited: 10 razões para usar os 30 dias grátis e assinar
- Os 6 melhores fones de ouvido sem fio com bateria de longa duração hoje em dia
- Edição de Vídeo como Renda Extra: Os 5 Notebooks Mais Recomendados
- As 3 Formas de Organizar sua Rotina que Impulsionarão sua Criatividade
- Camisetas Insider: A Camiseta Básica Perfeita para o Homem Moderno
King Diamond Puppet Master não sei nem como ele conseguiu fazer aquilo negócio além da capacidade dele , agora Mercyful Fate é Don’t Break the Oath
Melhor , o melhor é o The Puppet Master.
Melhor é o The Puppet Master , é bom demais uma super obra prima
Pingback: A BÍBLIA SATÂNICA DE LAVEY | O Satanismo é uma Religião?
Só tenho “Don’t Break the Oath” de 1984, alias, o melhor “album de metal extremo” eleito pela Metal Rules em todos os tempos!! – marcio “osbourne” silva de almeida/joinville/sc