Wagner Gracciano | Se7e Perguntas

 

Wagner Gracciano, músico goiano radicado nos Estados Unidos, participa de nossa seção SE7E PERGUNTAS, onde queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas.

Wagner Gracciano Entrevista

FICHA TÉCNICA

NOME DO MÚSICO: Wagner Gracciano

ESTILO: Rock Progressivo, Fusion, Rhythm and Blues

CIDADE/ESTADO: Atlanta, Georgia, Estados Unidos

INÍCIO DA CARREIRA: 2012

DISCOGRAFIA: Álbum: “Across the Universe”; Singles: “The Ceremony” e “The Meeting”

ENTREVISTA

1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre da sua biografia.

Wagner Gracciano: Sou natural de Goiânia/GO, comecei na igreja e ao mesmo tempo em várias bandas da cidade ainda adolesceste. Em 2003 ingressei na UFG para cursar Licenciatura em Violão. Lá encontrei várias bandas de prática de conjunto com o saudoso Maestro Jarbas Cavendish. Assim conheci o jazz e a música brasileira.

Ao mesmo tempo comecei a participar em vários projetos de Jazz/Fusion pela cidade, fazendo vários Workshops e Master Classes. Como já vivia de música na época comecei a trabalhar em estúdio, bandas de baile e cantores sertanejos, tocando os mais variados ritmos. Trabalhar também como produtor e arranjador, além de dar aulas em várias escolas.

Junto com um grupo de amigos começamos a fomentar a cena de música instrumental na cidade, criando alguns festivais como o Gyn III, que se baseava no G3 americano. Foi um enorme sucesso na região criando até concursos.

Em 2013 eu lancei meu primeiro disco solo, “Across the Universe”, totalmente instrumental. O disco foi um sucesso de crítica nacional e internacional. Isso me motivou em 2016 a conhecer os Estados Unidos e acabei me apaixonando pela cena e cultura musicais do país.

Aqui nesse país comecei a trabalhar no meu projeto solo e com vários artistas e igrejas. Foi uma experiência gratificante, pois conheci vários ritmos na fonte, como o soul, rock progressivo, hard rock, rhythm and blues, blues, jazz, gospel, etc.

Em 2018 fui indicado a 5 categorias no Prayze Factor Awards, o maior prêmio da música cristã independente aqui. Ganhei nas categorias de melhor produtor e música internacional do ano com a canção “As a Prayer”.

Também em 2018 lancei o primeiro single do próximo álbum, “The Meeting”. O álbum conceitual contará com 10 músicas que serão lançadas como singles pensando como um quebra-cabeças. A ideia e contar a história de um personagem que sofre com problemas psicossomáticos e mesmo encontrando no cristianismo um novo estilo de vida sofre com questões existenciais entre a fé e seus conflitos causados na mente. É uma forma de falar sobre vários problemas mentais que assolam o mundo de hoje, tentando trazer vários questionamentos e algumas respostas dentro da fé.

Será um álbum que fala sobre cristianismo, mas em nenhum momento tenta ser vinculado a instituição e sim trazer uma mensagem a todas as pessoas.

Em 2022 comecei uma série de clipes tocando ao vivo as músicas do primeiro e disco e o lançamento dos singles do novo álbum. E também agora em fevereiro de 2022 lancei um novo single “The Ceremony”, investindo numa sonoridade entre rock, rhythm and blues e rap. Como o novo álbum fala sobre doenças psicossomáticas, as músicas serão lançadas fora da ordem da história e com vários estilos diferentes, justamente para representar o caos na cabeça do personagem.

2. Quais as suas principais influências? Existem alguns nomes que indicaria como principais referências para a sonoridade que você pratica?

Wagner: São inúmeras e seria impossível falar de todos. Mas de primeira vem à mente Dire Straits/Mark Knopfler, Van Halen, Led Zeppelin, The Beatles, Pink Floyd, Rush, Pat Metheny, Tom Jobim, Toquinho, Egberto Gismonti, Stevie Ray Vaughn, Joe Bonamassa, Extreme, Mr. Big, Steve Morse, Toto, Steely Dan, Ennio Morricone, Debussy, Dc Talk, Petra e Dream Theater. São muitos nomes, mas são os primeiros que vem à mente, creio que representam bem o caos sonoro que é minha música.

3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, você possui algum posicionamento político ou ideológico?

Wagner: Político jamais, tenho minhas posições, mas não quero que minha música seja limitada por alguma ideologia política. Infelizmente vejo que hoje grandes obras de artistas são resumidas às posições políticas delas. Não quero isso para mim. Respeito quem segue essa vertente e acho extremamente necessário, mas não é meu perfil artístico.

Minha obra segue falando de forma bem sincera sobre cristianismo e mensagem de fé e esperança. De forma nenhuma ligada à alguma igreja ou instituição, mas sim tentando falar para todas as pessoas, inclusive para quem não partilha da fé cristã, fazendo isso de forma simples e direta. Apesar de pertencer à igreja e tocar com vários artistas do meio, quero me manter falando somente sobre a mensagem, não sobre líderes religiosos.

Na verdade, apesar de saber que é muito difícil, quero que as pessoas tenham a mente livre de opiniões e preconceitos quando escutarem minha música. Falo sobre coisas que são verdade para mim e com sinceridade. Meu foco é na experiência musical e conexão com a alma através da fé aguçando os sentidos.

4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona o seu processo de composição?

Wagner: Meu processo de composição é um pouco estranho. Não consigo compor por demanda. Ter a obrigação de fazer uma música para determinado objetivo é quase impossível para mim.

Geralmente eu tenho a ideia de um tema/música, seja uma frase ou linha melódica. Aí consigo sentar em 1 semana e fazer umas 10 músicas interligadas pensando nessa linha de raciocínio. É algo meio compulsivo, fico dias sem dormir.

Quando componho já faço tudo com os arranjos, e gravo praticamente todas as partes, escrevo e passo para os músicos. Muitas vezes deixo várias coisas dessa primeira fase na música finalizada. Sempre componho sozinho, produzo e arranjo. Não consigo só compor e deixar alguém finalizar, pra mim a obra completa é do começo ao fim feita por mim, tudo é composição.

5. Qual das suas músicas ou discos você indicaria para alguém interessado em conhecer seu trabalho?

Wagner: É muito difícil por que cada música tem um estilo bem diferente, mas para quem gosta de rock progressivo as quatro últimas músicas do meu primeiro disco, “Acros the Universe” formam uma única peça que viaja muito entre a música erudita e metal criando vários climas totalmente diferentes.

Para quem gosta de baladas indico “As a Prayer” que é bem soul e o single “The Meeting”, que é uma balada mais épica. Para a galera do jazz/fusion/soul “Chaotic World” e o single “The Ceremony” são ótimas.

6. Já existem metas de longo e médio prazo para sua carreira?

Wagner: Já tenho uma agenda das músicas do novo disco a serem lançadas. De 2 em 2 meses em média vou lançar uma música nova até completar o disco todo. Entre elas vou lançar vídeos tocando ao vivo as músicas do meu primeiro disco.

Também tenho vários projetos em andamento em diferentes vertentes que vou lançar em breve, além de focar na minha banda corporativa à qual sou sócio, a Mix Drive Machine.

7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.

Wagner: Só queria agradecer a oportunidade e convidar as pessoas a conhecerem meu trabalho. Mantenha a mente livre e tente sentir o que cada música quer te falar, sem rótulos ou preconceitos. Muito obrigado, Deus abençoe.

CONTATO

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Assessoria: ISLAND Press

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