Turbocharged – Resenha de “Apocalyptic” (2017)

 
Turbocharged ApocalyptiC
Turbocharged: “Apocalyptic” (2017, Go Fuck Yourself Productions) Nota:7,5

Com um instrumental vigoroso e brutal, mesclando a estética punk com a podridão e peso do Death Metal, como um Motorhead saído das catacumbas úmidas do inferno, o Turbocharged mistura uma herança musical de nomes como Gehennah e Vomitory, bandas das quais o baixista e vocalista Ronnie Ripper fez parte, influências que ainda se percebem de modo sorrateiro nas guitarras velozes e poderosas e na seção rítmica brutal.

Dois anos depois de seu último álbum de estúdio, “Apocalyptic”, o quarto da discografia, chega como um assalto Death/Punk vigoroso, sem escrúpulos e inconsequente, que toma forma em doze composições que encarnam os preceitos do Metal Extremo sueco de maneira própria, numa viagem à sonoridade old school, em que gêneros eram o que menos importava na música pesada e rápida.

Ou seja, um álbum pra quem aprecia um Heavy Metal pesado, rápido, sem firulas, com pitadas sujas de rock n’ roll, principalmente nos solos de guitarra (ofertados pelo guitarrista Old Nick), remetendo, vez ou outra, ao Impaled Nazarene, ao Master, e ao Entombed, numa fórmula “abrilhantada” por vocais despojados, quase vomitados, mas inteligíveis.

E a dinâmica rítmica da mistura de punk com Death/ Trash dos arranjos fornece mais pontos positivos do que negativos dentro da fórmula aditivada do Venom a que se dedicam, como nas faixas “Siamese Sons of God” (de guitarras cortantes e ritmo alucinante), a faixa-título (alternando cadencia e velocidade num típico Death Metal), “Alpha Blasphemer” (numa geometria estrutural interessante), “Halo of Thorns” (com estética punk inflamada), “Sacred Cadaver” e “Cold Day In Paradise”.

Ao todo, são quarenta minutos de ataques rápidos e diretos, que tangenciam sem pudor o Death n’ roll e o Black n’ roll. Liricamente, se dividem entre o papel de bajoujo de Satanás à salutar apologia dos prazeres carnais em letras bem sacadas e recheadas de humor perspicaz e blasfêmias, num resultado final perfeito como trilha sonora para entornar litros de cerveja.

Confira o clipe de “Religious and infected”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=F28dFR8au7o&w=560&h=315]

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