Confira a proposta desta seção aqui…
Dia Indicado para ouvir: Sábado;
Hora do dia indicada para ouvir: nove da noite;
Definição em poucas palavras: Participação de Cristo, guitarra, stoner, psicodélico e pesado;
Estilo do Artista: Doom/Stoner Metal;
Comentário Geral: O Trouble realizou em seu três primeiros álbuns, lançados pela gravadora Metal Blade, um manifesto do doom metal clássico, fruto da técnica em prol do heavy metal crú, arrastado e valvulado, bebendo na fonte do heavy rock dos anos 1970.
Mas o estereótipo de banda cristã foi determinante para a saída da banda da Metal Blade, afinal haviam se desgastado com a gravadora pois ela que havia rotulado-os como white metal, numa clara oposição ao black metal em voga em meados anos 1980.
O quarto disco, auto-intitulado, sairia pelo selo Def American, já sob a produção de Rick Rubin, numa proposta musical que seria muito influente na década que se iniciava. Mas ele só após três anos de pausa!
“Run to the Light” (1987), disco anterior, apesar de ser o mais fraco dos cinco primeiros discos do Trouble, deve ser reverenciado pelo seu caráter de transição, um ponto da discografia onde temos um retrato fiel de um corte no processo de evolução musical da banda: as letras ficando menos religiosas e a música ainda mais setentista.
Saiba + sobre o álbum “Psalm 9” nesse texto especial
Saiba + sobre o álbum “The Skull” nesse texto especial
Saiba + sobre o álbum “Run to the Light” nesse texto especial
Já “Trouble”, de 1990, é o disco mais consistente da banda!
Um retorno às suas influências de Black Sabbath, pesado na musicalidade orgânica e soturno na aclimatação psicodélica, engrossando o caldo do stoner metal que cada vez mais se destacava no mundo do heavy metal.
O resultado é um amálgama de referências setentistas (como na roqueira “Black Shapes of Doom”, e seu apelo AC/DC) desenvolvidas sobre as estruturas do blues (voltando no tempo para resgatar algo que o Black Sabbath deixou lá em 1972), usando e abusando de riffs instigantes e refrãos bem criados, junto ao doom metal recheado de pinceladas de thrash metal (como em “Heaven On My Mind”) que já ouvíamos nos discos anteriores.
Uma proposta musical já explícita na ótima faixa de abertura, “At the End of My Daze”, com seu ritmo cadenciado e solo vibrante, na sequência matadora com “The Wolf” (com direito até a guitarras dobradas do hard rock e refrão à lá Black Sabbath, que também aparecerão em “All is Forgiven”), e nos hits “R.I.P.” e “Psychotic Reaction”.
Nestas dez composições, impacta a forma com que a psicodelia se entrelaça aos riffs poderosos tornando evidente a mão do produtor para ajudar a banda a reencontrar seu caminho.
A mão de Rick Rubin é forte no material, guiando as composições pelo caminho certo e tirando o melhor dos guitarristas Rick Wartell e Bruce Franklin, tanto em técnica quanto em timbres. Assim como amainou os histrionismos maiores do vocalista Eric Wagner, que soa mais sóbrio e contido em suas linhas criativas.
Ouça a belíssima “The Misery Shows (Act II)” e entenda como isso foi feito usando o destemor em explorar que o Trouble demonstrava desde o primeiro disco. Exploração que aparece também na groovada e sincopada “A Sinner’s Fame”.
Além do redirecionamento musical, houve mudança na formação novamente. Após o álbum anterior, o baterista Dennis Lesh deu lugar a Red Kirkpatrick, que também saiu do Trouble pouco antes das gravações do trabalho que foram realizadas por Barry Stern.
Ouça “Trouble” (1990) e entenda de onde vêm todos os ensinamentos modernos que as bandas de stoner desdobraram nos anos 1990.
De novo para ficar marcado: de longe, e indiscutivelmente, o melhor disco do Trouble!
Ano: 1990.
Top 3: “R.I.P.”, “The Wolf”, e “The Misery Shows [Act II]”
Formação: Eric Wagner (vocais), Rick Wartell (guitarra), Bruce Franklin (guitarra), Ron Holzner (baixo), Barry Stern (bateria)
Disco Pai: Black Sabbath – “Sabbath Bloody Sabbath” (1973)
Disco Irmão: Cathedral – “Forest of Equilibrium” (1991)
Disco Filho: Blackfinger – “Blackfinger” (2014)
Curiosidades: Os teclados deste disco foram registrados por Jeff Olson, que também foi baterista do Trouble em dois momentos distintos.
Pra quem gosta de: metal valvulado, pioneirismo, melodias arrastadas, pão e vinho.
Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground Trouble 1990 R.I.P. The Wolf The Misery Shows Act II Gaveta de Bagunças Cultura Pop e Underground
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