The Runaways – “The Runaways” (1976) | Você Devia Ouvir Isto

 

The Runaways

Dia Indicado para ouvir: Quinta-Feira

Hora do dia indicada para ouvir: Quatro da Tarde.

Definição em um poucas palavras: Grudento, Guitarra, Punk, Urbano, Toque Feminino.

Estilo do Artista: Hard Rock

The Runaways - The Runaways 1976
The Runaways – “The Runaways” (1976)

Comentário Geral: Não se engane pela origem pré-fabricada do quinteto The Runaways.

Apesar de Kim Fowley ser o mentor “intelectual” por trás da banda, o futuro nos mostrou que o núcleo da formação era composto por garotas que tinham talento, em especial, as guitarristas Lita Ford e Joan Jett.

As formações musicais fabricadas não eram novidade no rock n’ roll, sendo algumas delas clássicas, como o Sex Pistols e o New York Dolls.

No caso do Runaways, Fowley percebeu que o mercado ansiava por uma banda feminina que transpirasse a atitude que parecia essencial a uma boa banda de rock em meados dos anos 1970.

A verdade é que essas garotas unidas sob o nome da banda, ainda adolescentes, criaram uma reputação no circuito de bares e clubes na cidade de Los Angeles, futuramente se tornando um dos pilares do rock feminino.

O primeiro álbum, auto-intitulado, foi lançado em 1976, transmitindo energia em cada canção ali registrada, formatando um álbum que, segundo Fowley, deveria ganhar um Prêmio Nobel da Paz, tão importante quanto a Magna Carta e uma afirmação sociológica.

Apesar do exagero do criador (ele é co-escritor de uma grande parcela das canções do álbum) em sua declaração ao Melody Maker, o primeiro álbum da banda Runaways foi encorajador para que o sexo feminino se inserisse de modo mais veemente no mundo do rock na próxima década.

Anunciadas como o novo Stooges, esse primeiro álbum dividiu opiniões dos veículos especializados. Não se pode negar que a essência musical da banda estava completamente alocada em Joan e Lita, enquanto Currie impactava pelo vocal com atitude e pela forte imagem de “lolita do rock”.

As canções exalam influência de Suzi Quatro e progressões harmônicas tradicionais ao rock clássico, em um resultado final que explode energia e inconformismo.

Se este sentimento é pré-fabricado, o clássico “Cherry Bomb” e seus revoltosos versos contra os abusos sexuais,  nos fazem ter dúvidas deste fato, enquanto “Blackmail” é um típico boogie roqueiro direto, embasado em escalas de blues, com grito furioso de boas vindas e pequeno solo de baixo no final, guiando ainda mais nossas impressões quanto as influências de Suzi Quatro.

Algumas letras versavam sobre o desejo adolescente da autossuficiência, outras sobre a sedução de homens mais velhos por garotas menores de idade, além da rebelião feminina em oposição às normas sociais.

Estas nuances, somadas às guitarras raivosas empunhadas por garotas, assustaram um pouco a sociedade americana, mas foram absorvidas em doses generosas pelos japoneses, onde as integrantes ganharam status de rockstars.

Este sucesso no Japão não é tão assustador se analisarmos somente os quesitos musicais e deixarmos o impacto do visual “ninfeta rockstar” de lado.

Canções como “You Drive Me Wild” (mais uma com base de blues, sensacional trabalho de guitarras e backing vocals), “Rock N’ Roll” (cover do Velvet Underground, presente no álbum “Loaded”), “Is It Day Or Night” (um heavy rock em estado bruto, com guitarras pesadas recheadas daquele toque feminino), “Lovers” (carregada de malícia), “American Nights” (um dos hits do álbum), “Secrets” (com alguns elementos diferenciados e ótimo riff) e “Dead End Justice” (a melhor canção do álbum, trajado de heavy rock “arrasa-quarteirão” com guitarras certeiras de Lita Ford e trabalhos diferenciados) são genuínas gemas roqueiras.

Um álbum do mais alto gabarito não somente por sua importância na revolução feminina em um estilo tão machista como o rock, mas também por suas excelentes canções.

Definitivamente, um clássico do rock. Pouco ovacionado pelos amantes do estilo, mas ainda um clássico… E VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO!

Ano: 1976.

Top 3: Cherry Bomb”, “Dead End Justice” e “Blackmail”.

Formação:  Cherie Currie (Vocal e piano), Lita Ford (Guitarra), Joan Jett (Guitarra e Vocal), Sandy West (bateria) e Jackie Fox (Baixo e Vocal)

Disco Pai: Suzi Quatro – “Suzi Quatro ” (1973)

Disco Irmão: Joan Jett – “I Love Rock N’ Roll” (1981)

Disco Filho: The Donnas: “American Teenage Rock N’ Roll Machine” (1998)

Curiosidades:  A história nos conta que Jackie Fox não teria gravado as linhas de baixo do álbum, por determinação de Kim Fowley. O registro do instrumento, apesar de não creditado, foi feito por Nigel Harrison, baixista que viria a integrar o Blondie a partir de 1977.

Pra quem gosta de: Curvas perigosas, Rock n’ Roll, toque feminino, rebeldia adolescente e chocolate meio amargo.

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