The 69 Eyes – Resenha de “West End” (2019)

 

The 69 Eyes - West End (2019)
The 69 Eyes – “West End” (2019 | Nuclear Blast, Shinigami Records)

Após o excelente “Universal Monsters”, álbum anterior lançado em 2016, o 69 Eyes retorna com mais uma quimera musical de hard rock pos-punk, intitulada “West End”. 

Não seria errado dizer que “West End”, disco que comemora as três décadas de existência da banda, basicamente dá continuidade ao trabalho anterior, ou seja, mostrando maturidade para explorar a personalidade suja e maliciosa do sleazzy e a classuda sombra gótica.

Ou seja, os refrãos permanecem pegajosos, os vocais empostados e os teclado climáticos ainda ambientam o exercício de criatividade por arranjos simples, variando da melancolia pulsante ao hard rock mais libidinoso.

E uma festa que se preze precisa de convidados! Pois bem, em “West End” eles são altíssimo nível: Dani Filth do Cradle of Filth, Wednesday 13, do Murderdolls e Calico Cooper, filha de Alice Cooper e vocalista do Beastö Blancö.

Algo no título do álbum e na capa me remeteram ao trabalho do escritor Stephen King (ele tem um conto chamado “Crouch End” e os balões da capa me levaram ao clássico “It”), numa vibe de terror clássico, gótico, que é mantida no clima do álbum. Principalmente na pesadíssima “The Last House On The Left”, que além de uma  homenagem ao filme cult de terror homônimo e uma vibe Alice Cooper, além de trazer todos os convidados para conjurar a melhor faixa do disco.

“Burn Witch Burn” (um hard/gothic rock de refrão grudento e ótimas guitarras) é uma crônica sombria sobra as mídias sociais, enquanto “27 & Done” (essa faixa vai agradar quem acompanhou a cena gótica do fim anos 1990) retoma o batido tema do “Clube dos 27″ com certa criatividade.

O álbum abre com a envolvência sombria de “Two Horns Up”, dona de um riff tipicamente roqueiro e uma ótima participação de Dani Filth, que deu uma ambientação ainda mais nefasta para a música que moderniza alguns clichês dodos anos 1990, enquanto funde o Rolling Stones com o Danzig num laboratório gótico de Victor Frankenstein.

Por isso tudo, não acho errado afirmar que o 69 Eyes continua dando mais valor aos climas, à ambientação, às melodias e à emoção, do que à técnica e à vanguarda, algo evidente na ótima faixa que encerra o disco, “Hell Has No Mercy”.

Para executar essa proposta dentro do rock básico, é perceptível que beberam da fonte de Sisters of Mercy (“Black Orchid” lembra muito o que fazia Andrew Eldritch e sua trupe), AC/DC (como em “Cheyenna” ou “Outsider”), ou do já citado Rolling Stones (também em “Be Here Now”), nos surpreendendo pela maneira inesperada de executar um conteúdo previsível.

Isso pode parecer um paradoxo, mas ao ouvir o álbum e prestar atenção ao detalhes você entenderá o que quero dizer. Talvez em “Change”, uma das melhores músicas do repertório, com seu clima de power ballad hard rock “à moda Conde Drácula”, ou na sua gêmea no repertório, “Death & Desire”, isso fique ainda mais claro!

Mais um excelente trabalho dos Vampiros de Helsinki!

FAIXAS

1. Two Horns Up
2. 27 & Done
3. Black Orchid
4. Change
5. Burn Witch Burn
6. Cheyenna
7. The Last House On The Left
8. Death & Desire
9. Outsiders
10. Be Here Now
11. Hell Has No Mercy

FORMAÇÃO

Jyrki 69 (Vocal)
Bazie (Guitarra)
Timo-Timo (Guitarra)
Archzie (Baixo)
Jussi 69 (Bateria)

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