Testament – “Dark Roots of Thrash” (2020) | Resenha

 

“Dark Roots Of Thrash” é um álbum ao vivo da banda Testament, lançado em DVD e CD duplo em 2020. O material registra um show da turnê do álbum “Dark Roots of Earth” e foi lançado no Brasil em digipack triplo pela parceria entre os selos Shinigami Records e Nuclear Blast.

Testament - Dark Roots of Thrash (2020, Shinigami Records, Nuclear Blast) Resenha Review

“Dark Roots of Earth”, disco lançado em 2012, é um dos trabalhos recentes da carreira do Testament que confirma o fato da lenda do thrash metal norte-americano experimenta uma de suas melhores fases.

Isto é reforçado neste “Dark Roots Of Thrash”disco ao vivo registrado em Nova York, no Paramount Theatre, em 15 de fevereiro de 2013, e de cara devo destacar a captação de áudio que está primorosa.

Ainda sobre a produção, no DVD, o registro em vídeo é imersivo pela quantidade de câmeras e a dinâmica com os diferentes ângulos que são utilizados para construir o registro daquela noite.

Tudo bem que a qualidade da imagem poderia ser melhor, mas a direção de vídeo compensou na dinâmica de cortes e na inserção dos filtros.

No repertório temos dezenove pedradas retiradas de todas as fases da carreira do Testament, executadas por um verdadeiro dream team do thrash metal: Chuck Billy no vocais, Eric Peterson e Alex Skolnick nas guitarras, Gene Hoglan na bateria e Greg Christian no baixo.

Ver a performance destes músicos juntos é impressionante, principalmente a dupla Skolnick/Peterson que dá uma aula de riffs, solos e improvisos dentro do thrash metal e o baterista Gene Hoglan, que tem a precisão de um relógio suíço e o impacto de um trem desgovernado.

Claro que é a solidez da seção rítmica que permite essa desenvoltura das guitarras, e o entrosamento entre Hoglan e Christian vai além de sustentar as harmonias, tomando para si o protagonismo em diversos momentos.

Porém, a perfeição da execução técnica e da sonoridade nos levam a questionar o quanto de overdubs existem nesse material. O que, de fato, não é algo assim tão importante, pois desde a década de 1980 esse artifício é usado em larga escala nos discos ao vivo.

O quinteto norte-americano inclusive pincela algumas diferenças entre as versões de estúdio e o que é executado no palco, principalmente em clássicos do passado como “Burnt Offerings”, “Eyes of Wrath”, “Into the Pit”, “Practice What You Preach” (essa música é de quebrar o pescoço), “Trial By Fire”, “Over the Wall”, “Three Days In Darkness” “Disciples of the Watch”, e até em faixas menos lembradas quando se fala em Testament, como “Riding The Snake” (do cultuado “The Gathering”) e “The Haunting” (do primeiro álbum, “The Legacy”).

A única reclamação que tenho é o fato de “The Preacher”, minha música favorita do Testament, não estar no repertório, assim como “Alone in the Dark” “Apocalyptic City”.

Em contrapartida, temos boas composições da fase mais recente do Testament, como “Formation of Damnation” e “More Than Meets The Eye”, além de, obviamente, as faixas de “Dark Roots of Earth”, como a própria faixa-título que vem acompanhada de “Rise Up” (responsável pela abertura do  show)“Native Blood” (uma das melhores músicas do Testament) e “True American Hate”, que ganharam um espaço de destaque no repertório.

Pode não ser o registro ao vivo perfeito do Testament, mas “Dark Roots Of Thrash” cumpre muito bem seu papel e leva o fã para aquela noite de fevereiro de 2013 em Nova York, oferecendo quase duas horas do melhor que o thrash metal tem a oferecer atualmente!

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