Uma rotina de incertezas vem assolando o Suffocation nos últimos tempos, graças em grande parte a indisponibilidade em tempo integral de seu principal integrante, o vocalista Frank Mullen, o que causa certa dúvida acerca de seu futuro na banda. Por si só, este seria um problema bastante sério e poderia comprometer até a capacidade criativa da banda, correto?
Ledo engano, jovem gafanhoto. O que é problema para uns é incentivo para outros, e fez com que o Suffocation cometesse um dos melhores álbuns de Death Metal dos últimos tempos. Quem é o cantor? Sim, Mullen ainda ocupa o posto, porém, “…of the Dark Light” é o primeiro disco com a nova formação.
Contando com novos guitarrista (Charlie Errigo) e baterista (Eric Morotti), a banda ganhou em jovialidade, e isso foi convertido em energia extra para o grupo, e ouso dizer que “…of the Dark Light” é o ápice técnico e criativo da banda.
“…of the Dark Light” é o ápice técnico e criativo da banda. O Peso visceral, a técnica excepcional e a produção impecável fizeram com que o Suffocation cometesse um dos melhores álbuns de Death Metal dos últimos tempos.
O álbum segue um conceito até então nunca abordado de forma tão profunda pela banda: a transcendência espiritual, o desligamento do plano material para a vida pós-morte. Uma temática tão complexa exige uma musicalidade a altura, e o Suffocation, como sempre, humilha a todos nós, pobres mortais.
Peso visceral, técnica excepcional e produção impecável. Atributos de uma banda que a cada lançamento se reinventa, se aprimora, porém sem nunca abandonar seus princípios. Seria redundância enaltecer cada integrante individualmente, pois o trabalho de Terrance Hobbs (G), Derek Boyer (B) e Frank Mullen (V) é referência para as novas e antigas formações do gênero, e os “novatos”, como já foi dito, só vieram a acrescentar em desempenho e dinamismo.
Confira a faixa “Return To The Abyss”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=iiSvg6SVZvs&w=560&h=315]
Não há um único deslize ou pormenor a ser corrigido. “…of the Dark Light” é cristalino, límpido, mas não em termos de agressividade, mas sim na forma como é concebido (mérito total do quinteto e do produtor Joe Cincotta, que soube como ninguém extrair o melhor dos músicos).
Todos os elementos funcionando em total congruência trazem até nós composições que são a mais pura síntese da opressão, da destruição e do refinamento, tudo na mesma sentença. A grandiosidade dissonante de “The Warmth Whitin the Dark”, a muralha rítmica intrincada de “Return to the Abyss” e a cadência potencialmente quebrada de “Caught Between Two Worlds” encabeçam algumas das mais belas e intensas faixas já construídas por uma formação do estilo.
Confira a faixa “Your Last Breaths”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=56jDbL6dzLw&w=560&h=315]
Ainda temos um belo tratamento dado merecidamente a um clássico dos 90 com a regravação de “Epitaph of the Credulous” (do segundo álbum, “Breeding the Spawn” [1993]), encerrando este grandioso trabalho.
Enfim, se eu tiver que definir perfeição em uma única palavra, Suffocation seria a resposta. Essencial em qualquer coleção.
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Ouvi comentários negativos sobre o álbum, mas vindo do pessoal conservador do death metal, não foi nenhuma novidade, muito menos inesperado. Ainda não escutei …Of The Dark Light, ando muito desligado do gênero, mas não consigo imaginar Suffocation lançando um álbum ruim.