O Sodom é uma entidade sagrada dentro do Thrash Metal, e “Decision Day”, seu décimo quinto álbum de estúdio, sem dúvidas, é um dos grandes lançamentos de sua história recente.
O Sodom é um pilares do Thrash Metal europeu e seu pioneirismo e sua perseverança elevaram o nome da banda ao posto de entidade sagrada dentro do gênero.
Tom Angelripper, seu mentor ao longo dos anos, se tornou um símbolo de amor à uma banda e ao que faz, desde que fundiu Black Sabbath, Motorhead e Venom, no fim dos anos 1970, sob a alcunha Sodom.
Obviamente, a banda passou por constantes mudanças de formação, mas manteve uma discografia honesta, com seus altos e baixos, até chegar em “Decision Day”, seu décimo quinto álbum de estúdio.
Ou seja, são mais de três décadas após seu nascimento discográfico, em 1982, em que o Sodom perpetua sua destruição Thrash Metal, e arregimenta cada vez mais fãs para sua legião de fiéis seguidores.
Neste contexto, “Decision Day” chega mais próximo da sonoridade clássica de sua primeira década, graças ao produtor Cornelius Rainboldt, um confesso fã da fase inicial da banda. E a marcante abertura, com “In Retribution” deixa claro este fato: um novo clássico do Sodom, que resume o trabalho através de uma imperial marcha Thrash Metal, retomando o já conhecido holocausto musical!
De cara, já percebemos que Tom resgatou seus vocais rasgados, aumentando ainda mais as comparações deste álbum com os primeiros lançamentos. As linhas vocais estão maléficas e agressivas, desenhadas pelos velhos cacoetes que influenciariam o Black Metal, as guitarras estão belicosas dentro dos andamentos variados, com constante mudança nos arranjos, muita virulência nos solos, e dinâmica conferida por uma bateria insana, fatal e poderosa como uma arma de guerra.
Este é o segundo álbum com a formação atual, com Makka na bateria e Bernemann nas guitarras, o que contribui para a unidade e coesão instrumental, bem como para o entrosamento entre os músicos.
Esta condição permite que controlem bem a velocidade das faixas, investindo em riffs e refrãos envolventes, agressividade, peso groovado, e precisão, utilizados de modo inteligente em tempestuosas composições como “Caligula” (inspirada pelo filme), “Strange Lost Words”, “Vaginal Born Evil” e “Sacred Warpath” (regravada do EP de 2004).
Ao longo do tracklist, “Rolling Thunder” se destaca pela exploração de climas e riffs de Metal Tradicional, enquanto “Belligerence” (flertando com o Black Metal), “Refuse To Die” e a já citada faixa de abertura fecham a trinca de melhores composições do álbum que ferverão as veias dos admiradores do Thrash Metal europeu.
Sem dúvidas, este é um dos grandes lançamentos da história recente do Sodom, ecoando seus tradicionalismos de modo moderno e poderoso, sem saudosismos, mas com respeito e reverência à própria história. Se és fã de Heavy Metal com pegada e personalidade, busque sua edição imediatamente, que aliás saiu em versão nacional num belíssimo digipack, via Shinigami Records.
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