Mergulhe no filme “Sociedade dos Poetas Mortos” e explore os seus poderosos temas e mensagens. Essa análise vai te fazer querer o filme.
“Sociedade dos Poetas Mortos” é um filme cativante que explora o poder da poesia, a individualidade e a busca da paixão. Situado em um internato de elite na década de 1950, o filme segue um professor de inglês não convencional que inspira seus alunos a aproveitar o dia e desafiar as normas sociais. Através dos seus poderosos temas e mensagens, “Sociedade dos Poetas Mortos” encoraja os espectadores a abraçarem o seu verdadeiro eu e a viverem a vida ao máximo. Prepare-se para ser inspirado e esclarecido por esta análise instigante do filme.
Uma ocorrência envolvendo “Sociedade dos Poetas Mortos” sempre me chamou a atenção. Toda pessoa que o tenha assistido geralmente cita-o como um dos melhores filmes que já degustou.
Bom, creio que a maioria dos críticos de cinema também tiveram o prazer de passar 129 minutos em frente a uma tela para assistir esta fabula sobre tolerância, amizade e aprendizagem, ganhando como bônus um festival de atuações isoladas irrepreensíveis do elenco, que é “Sociedade dos Poetas Mortos”.
Então, por qual motivo, razão ou circunstância, “Sociedade dos Poetas Mortos” nunca figura nas listas de grandes obras da sétima arte?
Só em minhas mãos, neste exato momento, tenho três listas das mais respeitáveis (dentre elas o livro “1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer”) de melhores filmes da história e nenhuma delas cita este dentre seus enumerados.
Mas por qual motivo, eu que não sou um crítico de cinema, posso dizer que “Sociedade dos Poetas Mortos” deveria estar nestas listas?
Simplesmente pelo motivo de ser um filme com diálogos ricos, além de trazer cargas lírica e emocional que o cinema da década pós 1980 nos brindou poucas vezes. Tais elementos são efeitos de um roteiro simples e um elenco mínimo realizando trabalhos tão grandiosamente densos.
Ainda posso apontar a atuação de Robin Williams como uma efetiva circunstância para que este filme não seja esquecido e rotulado apenas como um bom filme. Concordo que meus motivos esbarram no terreno escorregadio do gosto pessoal.
Para ajudar a validar minha tese, vamos nos aprofundar um pouco mais neste clássico do cinema que é “Sociedade dos Poetas Mortos”!
Antes de tudo, gostaria de registrar que acredito que todo professor em formação ou em início de carreira deveria assistir este filme.
O Filme “Sociedade dos Poetas Mortos”
Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex-aluno (Robin Williams) se torna o novo professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a “Sociedade dos Poetas Mortos”.
“Sociedade dos Poetas Mortos” foi lançado em 1989, e dirigido por Peter Weir (“Mestre dos Mares” e “O Show de Truman”). No elenco, um Robin Williams que se confirmava ainda mais como um dos melhores atores de sua geração, e os aspirantes Ethan Hawke e Robert Sean Leonard mostram muito do talento que se confirmaria anos à frente.
“Sociedade dos Poetas Mortos” é vencedor do Oscar de melhor roteiro original e recebeu indicações como Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator (Robin Williams). Concorreu nas mesmas categorias ao Globo de Ouro, foi eleito Melhor Filme Estrangeiro do Prêmio César na França e Melhor Filme no BFTA.
A grande vantagem em ser um expectador que não se atém a tecnicismos ao assistir um filme é o fato do julgamento ser unicamente baseado nas sensações provocadas em você durante a exibição. Este sentimento é que irá dizer se este é ou não um bom filme, e somente isso. Não importa se a iluminação está no ponto certo ou se o figurino parece tirado de um teatro mambembe.
Dito isso, posso mergulhar de cabeça em “Sociedade dos Poetas Mortos” propriamente dita, tentando dar o mínimo possível dos malditos spoilers.
5 Livros Para quem gostou de Sociedade dos Poetas Mortos
- “Adeus, Mr Chips”, de James Hilton – Link do Livro
- “A História Secreta”, de Donna Tartt – Link do Livro
- “O Mestre”, de Colm Tóibín – Link do Livro
- “O Corpo”, de Stephen King, conto presente no livro “Quatro Estações” – Link do Livro.
- “A Onda – O Experimento que foi Longe Demais”, de Todd Strasser – Link do Livro.
Iniciando-se na Sociedade dos Poetas Mortos
No elenco de “Sociedade dos Poetas Mortos” temos um time juvenil de atores promissores como Ethan Hawke e Robert Sean Leonard, ao lado de Robin Williams, que naquele período já era um ator consagrado, aqui interpretando o professor de John Keating.
A Welton Academy, escola que Keating, outrora aluno, leciona, segue rígidos padrões de conduta e métodos ortodoxos de ensino que muitas das vezes são desencorajadores, para não dizer desestimulantes e até intimidadores aos estudantes.
O novo professor chega com métodos diferentes de lecionar poesia (o antigo professor se via muito preocupado com a métrica dos versos e a técnica poética), trazendo o encorajamento ao pensamento livre e o sentimento puro ao invés do rigor técnico, inspirando seus alunos a não desistir de suas ideias, seus amores e principalmente de seus anseios.
A Importância da Individualidade e do Não Conformismo.
“Sociedade dos Poetas Mortos” enfatiza a importância da individualidade e inconformidade em uma sociedade que muitas vezes valoriza a conformidade e adesão às normas sociais.
O protagonista do filme, o professor de inglês John Keating, incentiva seus alunos a pensar por si mesmos, questionar a autoridade e perseguir suas paixões, mesmo que isso signifique ir contra as expectativas de suas famílias e da sociedade. Através do poder da poesia e da auto-expressão, Keating ensina a seus alunos o valor de abraçar suas identidades únicas e viver autenticamente.
5 Filmes Para Quem Gostou de Sociedade dos Poetas Mortos
- “A Onda” (2008) – Link do Filme
- “Gênio Indomável” (1997) – Link do Filme
- “Clube dos Cinco” (1985) – Link do Filme
- “Mentes Perigosas” (1995) – Link do Filme
- “Ao Mestre com Carinho” (1967) – Link do Filme
O poder do Carpe Diem
Um dos temas centrais de ““Sociedade dos Poetas Mortos” é o poder do carpe diem. O filme incentiva os espectadores a viver no momento presente e aproveitar ao máximo suas vidas.
Através do personagem de John Keating, “Sociedade dos Poetas Mortos” nos ensina que a vida é curta e imprevisível, e é importante correr riscos e perseguir nossas paixões. O mantra de Keating, “carpe diem”, inspira seus alunos a se libertarem das expectativas sociais e viverem a vida em seus próprios termos.
É interessante o que uma expressão simples como Carpe Diem pode causar em jovens pressionados pelas forças que convergem sobre si, como medos e inseguranças da idade e até mesmo as exigências de pais e professores.
Creio que todos nós já nos sentimos de maneira semelhante, e pior, muitos de nós ainda somos pressionados desta forma no dia-a-dia. Sendo assim, é impossível não haver uma empatia imediata entre o drama da tela e o coração do expectador.
No contexto de “Sociedade dos Poetas Mortos”, a expressão em latim que pode ser interpretada como aproveite o dia, dá ao grupo de alunos da Welton Academy uma necessidade de viver cada dia plenamente. Esta ação possui reação no novo comportamento do grupo de estudantes.
A influência de figuras inspiradoras e orientação.
Um dos principais temas explorados em “Sociedade dos Poetas Mortos” é a influência de figuras inspiradoras e mentores. John Keating, serve como mentor e fonte de inspiração para os alunos da Welton Academy. Seus métodos de ensino pouco ortodoxos e paixão pela literatura e poesia acendem uma faísca dentro dos alunos, encorajando-os a pensar criticamente e perseguir suas paixões.
Por meio de sua orientação, Keating desafia os alunos a questionar a autoridade e as normas sociais, incentivando-os a abraçar sua individualidade e perseguir seus próprios sonhos. Ele os ensina a importância de aproveitar o dia e viver a vida ao máximo, inspirando-os a se libertarem das amarras do conformismo.
A influência de figuras inspiradoras como Keating é evidente na transformação dos alunos. Eles vão de indivíduos obedientes e conformados a pensadores independentes que estão dispostos a desafiar o status quo. A orientação de Keating os capacita a encontrar suas próprias vozes e se expressar com autenticidade.
Este tema de orientação destaca a importância de ter modelos positivos em nossas vidas que podem nos guiar e inspirar. Enfatiza o impacto que uma única pessoa pode ter na vida de outras, especialmente no âmbito da educação. Por meio da orientação, os indivíduos podem liberar todo o seu potencial e descobrir suas verdadeiras paixões e habilidades.
No geral, a influência de figuras inspiradoras e orientação é um tema central em “Sociedade dos Poetas Mortos”, mostrando o poder transformador da orientação e apoio em moldar a vida dos indivíduos e incentivá-los a abraçar sua individualidade.
É nesta transformação de vida pela impulsão da plenitude que é formada a Sociedade dos Poetas Mortos, como um grupo de alunos motivados pelo novo sabor da poesia, ansiando por vivenciarem o caráter de livres pensadores.
Digo impulsão, pois os membros desta sociedade secreta dentro da Welton Academy, em sua inocência juvenil, levam o carpe diem até as últimas consequências ou se preferir, até as últimas inconsequências.
Estas inconsequências nos levam à questão do quão tênue é a linha que separa a liberdade do carpe diem e as amarras do bom senso.
Ou seja, somos levados em “Sociedade dos Poetas Mortos” a avaliar a capacidade humana de pensar sobre sua condição, transgredir regras e interdições, sem que isso esbarre em consequências irreversíveis como acontece a um dos membros da sociedade.
Mais reflexões sobre “Sociedade dos Poetas Mortos”
Algumas reflexões sobre certas passagens do filme nos revelam que pequenos detalhes podem guardar significados gigantescos. A maneira como o mestre Keating mostra que a poesia não é um gênero entediante, se for compreendida com paixão nos dá uma lição de vida e didática.
Qualquer momento da nossa existência pode ter seu sabor alterado conforme o sentimento que dispomos para com aquela situação. Infelizmente, não sou apto a discorrer sobre o mérito filosófico da película. Para tal, cabe uma consulta ao site blogfilosofiaevida.com.
“Sociedade dos Poetas Mortos” serve como um poderoso lembrete dos perigos da conformidade e do pensamento de grupo. O filme retrata um sistema educacional rígido e tradicional que suprime a individualidade e sufoca a criatividade.
Espera-se que os alunos da Welton Academy estejam em conformidade com as normas sociais e sigam um caminho predeterminado para o sucesso. No entanto, por meio do personagem John Keating, o filme desafia essa conformidade e incentiva os alunos a pensar por si mesmos.
Os métodos de ensino pouco ortodoxos de Keating e a ênfase no pensamento crítico e na auto-expressão inspiram os alunos a se libertarem das restrições da conformidade. Enquanto exploram suas próprias paixões e perseguem sua individualidade, eles começam a questionar a natureza opressiva da escola e da sociedade.
Essa rebelião contra a conformidade acaba levando a consequências trágicas, destacando os perigos de ir contra as normas estabelecidas.
“Sociedade dos Poetas Mortos” também explora o conceito de pensamento de grupo, onde os indivíduos priorizam a conformidade e o consenso sobre o pensamento independente. Os alunos inicialmente se conformam com as expectativas de seus colegas e da escola, mas conforme testemunham o poder transformador dos ensinamentos de Keating, eles começam a desafiar a mentalidade de pensamento de grupo.
No geral, “Sociedade dos Poetas Mortos” serve como uma crítica poderosa de conformidade e pensamento de grupo, destacando a importância da individualidade, pensamento crítico e auto-expressão na educação e na sociedade. Ele encoraja os espectadores a questionar a autoridade, desafiar as normas sociais e abraçar suas próprias vozes.
Algumas Curiosidades sobre “Sociedade dos Poetas Mortos”
Oficialmente, o enredo de “Sociedade dos Poetas Mortos” reservaria para o professor Keating um final trágico com doença terminal, mas o diretor resolveu concentrar a emoção no turbilhão de controvérsias dos alunos.
Opção acertada, assim como a troca de Liam Neeson por Robin Wiliams para o personagem principal, como era cogitado previamente, da mesma maneira como o nome de Dustin Hoffman circulou pelo projeto para dar vida a Keating.
O sucesso artístico de “Sociedade dos Poetas Mortos” vem muito da capacidade dos atores em canalizar as experiências reais vividas na Montgomery Bell Academy, que o roteirista imprimiu nas suas linhas, tanto que alguns dos ex-colegas de Tom Schulman (o roteirista) entraram em contato com ele para saciar a curiosidade de estarem ou não em algum personagem.
Este caráter pessoal permeia “Sociedade dos Poetas Mortos”, como nos uniformes do colégio que foram inspirados naquele que o diretor Peter Wier usara em um colégio privado na Austrália, assim como a foto do jovem professor Keating encontrada por seus alunos é uma foto real de Robin Wiliams em seus tempos de escola.
Uma outra curiosidade interessante sobre “Sociedade dos Poetas Mortos” é que enquanto esteve em Cambridge, Aleister Crowley, o maior ocultista do século XX, frequentou uma sociedade secreta nos moldes da apresentada no filme, chamada de Magpie and Stump, como nos revela a biografia de Crowley escrita por Johann Heyss.
A Cena Inesquecível de “Sociedade dos Poetas Mortos”
É claro que os métodos de Keating são reprovados pela diretoria da academia. A mente arcaica dos líderes da instituição vai de encontro ao métodos do professor que levavam seus alunos ao pensamento próprio.
Com este cenário em desfavor, o Keating é demitido da escola e em um último ato libertário e recheado de significado para mestre e discípulos, o grupo de alunos sobe em suas carteiras e recitam o primeiro verso de um poema de Walt Whitman.
Enfim, “Sociedade dos Poetas Mortos” discute o Papel da Educação na Formação da Sociedade.
“Sociedade dos Poetas Mortos” investiga o papel da educação na formação da sociedade. O filme desafia os sistemas educacionais tradicionais e enfatiza a importância do pensamento crítico, da criatividade e da individualidade.
Através do personagem de John Keating, um professor de inglês apaixonado e não convencional, o filme destaca o poder da educação para inspirar e capacitar os alunos. Keating incentiva seus alunos a pensar por si mesmos, questionar a autoridade e perseguir suas paixões, desafiando a natureza rígida e conformista da escola e da sociedade.
Leia Mais:
- O Legado de ‘Garotos Perdidos’ (1987): Como o Filme Influenciou a Cultura Pop?
- Makoto Shinkai | Os 3 melhores animes para conhecer sua obra!
- Conheça os 5 melhores filmes sobre Apostas
- Filmes de Terror: 5 Clássicos Assustadodes Sobre Casas Mal-Assombradas
Outros Artigos que Podem Ser do Seu Interesse:
- Kindle Unlimited: 10 razões para usar os 30 dias grátis e assinar
- Os 6 melhores fones de ouvido sem fio com bateria de longa duração hoje em dia
- Edição de Vídeo como Renda Extra: Os 5 Notebooks Mais Recomendados
- As 3 Formas de Organizar sua Rotina que Impulsionarão sua Criatividade
- Camisetas Insider: A Camiseta Básica Perfeita para o Homem Moderno