Skinlepsy – “Dissolved” (2017) | Resenha

 

O trio Skinlepsy nos entrega uma versão ultra-violenta do Thrash Metal em seu segundo full lenght, “Dissolved”. Um álbum de tirar o fôlego, como um certeiro soco no estômago!

Abaixo você lê nossa resenha deste disco lançado no Brasil pelo selo Shinigami Records.

Skinlepsy - Dissolved (2017, Shinigami Records) Resenha Review

A banda Skinlepsy nasceu quando quatro ex-integrantes do Siegrid Ingrid se juntaram ao vocalista Scream com o intuito de praticar uma versão ultra-violenta do Thrash Metal, por vezes tangenciando o Death Metal, numa receita homogeneizada pelo entrosamento e maturidade dos integrantes, fatores estes advindos de suas largas experiências na cena metálica nacional.

Após idas e vindas dos músicos, o primeiro full lenght, “Condemning The Empty Souls”, foi lançado em 2013, explorando as possibilidades do Brutal Trash Metal. Quatro anos depois, somos atingidos (esse é o termo certo para essa pedrada sonora) por “Dissolved”, segundo álbum da banda, que pincela um pouco mais de Death Metal no conhecido contorno Thrash Metal de seu primeiro trabalho, deixando tudo ainda mais direto, brutal e violento.

A formação atual do Skinlepsy conta com André Gubber (guitarra, baixo e vocais), Evandro Junior (bateria), e Leonardo Melgaço (baixo), responsáveis por oxigenar a agressividade das guitarras através de uma tempestade de riffs e solos viscerais que emergem da parede brutal, além de dar mais desenvoltura à sólida cozinha (ouça “Perfect Plan” ou “Ask to Diablo” e tente não se assustar com as linhas de bateria).

Ainda se mostram um pouco mais articulados na composição das letras, que se engajam a temas como guerras, loucura, terrorismo, religião, e drogas, contribuindo fortemente para um todo de violência musical orgânica, maciça, intensa e causticante (Duvida? Ouça “The Mentor” ou “Caustic Honor” e tente respirar!).

Sendo assim, de cara, vemos que aquela força primitiva do primeiro álbum veio mais amplificada, num corolário dos vocais agressivos e intensos de Gubber, que dão ainda mais densidade e contundência aos arranjos e passagens. Junto ao dinâmico e incessante turbilhão instrumental, levemente lapidado por uma técnica visivelmente apurada, este conjunto de fatores aumenta a entropia da caótica formatação musical da banda, desnorteando e envolvendo o ouvinte na mesma medida.

Ao todo, temos dez faixas, brilhantemente produzidas por Roberto Toledo (que também produziu o primeiro trabalho do Skinlepsy, e os mais recentes das bandas MX e Anthares), sendo nove delas novas composições em litígio com passagens cadenciadas e firulas, mas com pontuais sabores metálicos modernos, numa montanha russa veloz e imprevisível, donde se destacam, além das já citadas  “Perfect Plan” “Ask to Diablo”, temas como “The Hate Remains The Same” (quiçá a melhor do álbum!), e a alucinante “A New Chance of Life”.

Mas não se fie apenas aos destaques, pois todas as composições são altamente niveladas e insanamente executadas. Completando o tracklist, temos uma poderosa regravação da música “Murder”, do Siegrid Ingrid, banda da qual Evandro e Gubber fizeram parte nos idos dos anos 90.

Um álbum de tirar o fôlego, como um certeiro soco no estômago!

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