Siena Root – “Revelation” (2023) | A magia do revival do blues rock sueco

 

Se você é fã de rock psicodélico, com pegada hard, blues e folk, não vai querer perder “Revelation”, o oitavo álbum da banda sueca Siena Root. Nossa análise investiga os detalhes intrincados deste lançamento impressionante.

O álbum “Revelation”, oitavo passo discográfico da carreira do Siena Root, é obrigatório para os fãs de classic rock com toques de folk rock e psicodelia. Com sua enérgica instrumentação e vocais cativantes este lançamento é uma verdadeira demonstração de versatilidade dentro do vintage rock. Nesta análise, examinaremos mais de perto as faixas de destaque do álbum e exploraremos o que o torna uma adição tão impressionante ao gênero. Cabe mencionar que “Revelation” foi lançado no Brasil pela parceria entre os selos Atomic Fire e Shinigami Recods.

Se você é fã de rock psicodélico, com pegada hard, blues e folk, não vai querer perder "Revelation", o oitavo álbum da banda sueca Siena Root. Nossa análise investiga os detalhes intrincados deste lançamento impressionante.

O Siena Root é uma banda sueca de rock psicodélico que vem constuindo uma discografia sólida desde sua formação em 1997. Seu mais recente e oitavo álbum, “Revelation”, é uma prova de sua capacidade instrumental e criatividade como compositores. Com sua mistura de hard rock clássico, blues de influências psicodélicas e soul music, este álbum é obrigatório para qualquer fã do gênero. Sua música é caracterizada por elétrizantes riffs de guitarra, vocais emocionantes e uma forte seção rítmica. Com isso, os arranjos de cacoetes psicodélicos são construídos com órgãos, guitarras, baixo, bateria e uma gama de instrumentos acústicos que são executados de forma clássica, mas ainda assim originais.

Abaixo você tem ofertas de “Revelation e “The Secret of Our Time”, do Siena Root.

Neste sentido, “Revelation” é uma viagem de contrastes entre timbragens acústicas e elétricas, peso e melodia, luz e sombra. Numa clara divisão dentro do repertório, o Siena Root mostra uma primeira parte guiada por riffs pesados e cozinha pulsante (aberta por “Coincidence & Fate” uma faixa que retoma a psicodelia pesada e sombria do Black Sabbath) em contraste a uma segunda parte mais intimista, acústica, etérea e orgânica. Por isso “Revelation” se mostra como uma versão mais versátil e melhor acabada da musicalidade da banda em comparação com “The Secret Of Our Time”, o disco anterior.

Isso porque, mesmo que guiado ainda pelos exuberantes e envolventes vocais femininos de Zubaida Solid, a musicalidade apresenta uma colagem mais bem feita das multivariadas referências que o Siena Root escolhe para construir sua identidade vintage e setentista. As remissões de Zubaida Solid ao timbre vocal de Maggie Bell, da pouco referenciada banda escocesa Stone The Crows, ainda é forte, mas agora, o Siena Root parece ter feito um exercício sobre os ensinamentos do Led Zeppelin da fase “Led Zeppelin II”“Led Zeppelin III”, mesclado com algo do Fairport Convention e do Jefferson Airplane.

A produção à cargo da própria banda, liderada por Sam Riffer e Love Forsberg, respectivamente, baixista e percussionista do Siena Root, é brilhante, moderna, mas orgânica. O uso de instrumentos vintage e técnicas de gravação analógica deu às composições de “Revelation” um som quente e robusto que lembra os álbuns de rock clássico dos anos 60 e 70. No geral, o som de Siena Root é uma abordagem refrescante e renovada do rock, bem equilibrada entre psicodelia, peso hard rock feeling do blues, tendo até mesmo uma ou duas músicas com cítaras. Queiram ou não, a aura analógica tem seu apelo!

O mais impressionante nestas onze faixas é como eles dominam a própria fórmula musical de forma a potencializar suas melhores qualidades e ofuscar suas defiências (como a simplicidade das bases rítmicas que chegam a lembrar a estética groovada da Motown nas músicas mais pesadas) com energia e determinação, gerando um disco melhor do “The Secret Of Our Time”, muito por destaques como “No Peace” (que chega a lembrar algo do início do Iron Maiden no instrumental), “Dusty Roads” (a melhor do disco, numa pegada estradeira psicodélica remetendo a elementos usados pelo The Doors e pelo Deep Purple), “Winter Solstice” (com uma vibe bem prog-folk à lá Jethro Tull), “Leaving the City” (com orientalismos envolventes) e “Keeper Of The Flame” (uma balada bluesy de arrepiar), que são os melhores momentos do repertório e representam bem a criatividade e a diversidade de “Revelation”.

Enfim, o Siena Root mostra com “Revelation” que lapidaram sua psicodelia, fazendo-a parte das músicas e não somente como artifício climático vintage. Além disso, encorparam as guitarras, extrapolando os padrões do blues rock e ampliaram influências de prog e folk, que eram deixadas apenas como elementos de tridimensionalidade daas músicas do álbum anterior. E por falar em vocais, é notória a maior liberdade e ousadia nos vocais de Zubaida Solid, resultando numa performance desenvolta que evoliu de álbum para álbum.

Merece registro que, apesar dos inúmeros ingredientes vintages retirados dos clássicos discos de rock das décadas de 1960 e 1970, a banda parece não querer soar como se pertencesse àquela época, nos oferecendo uma reformulação da receita original, embalada numa produção impecável! Se este “Revelation” é o melhor álbum do Siena Root é discutível, pois “A New Day Dawning” (2004) e “Different Realities” (2009) ainda soam como os mais fortes pontos de sua discografia, todavia, é ponto pacífico que passaram no teste do tempo com sua musicalidade clássica e vintage, e com louvor, pois claramente tentaram ampliar sua sonoridade, demonstrando um considerável amadurecimento musical.

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