Explorando as Emoções Gélidas: Uma Análise Profunda do Álbum ‘Dead Winter Dead’ do Savatage
“Dead Winter Dead” clássico nono disco da banda Savatage, é nossa indicação de hoje na seção VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO, cuja proposta você confere nesse link.
No vasto universo do heavy metal, algumas obras-primas permanecem como verdadeiras joias escondidas, esperando para serem descobertas e apreciadas por um público sedento por música excepcional.
Entre essas gemas musicais, encontra-se o álbum “Dead Winter Dead” do lendário Savatage.
Esta obra-prima, muitas vezes negligenciada em favor de outros álbuns icônicos do gênero, lançados pela própria banda, inclusive, é uma jornada musical intensa e emocional que merece ser redescoberta e celebrada.
Neste artigo, mergulharemos nas profundezas deste álbum, explorando suas complexas narrativas e poderosas composições que o tornam uma experiência auditiva única.
Prepare-se para uma viagem pelo mundo sombrio e emocionalmente carregado de “Dead Winter Dead” e descubra por que você definitivamente deveria ouvir este disco.
Savatage – “Dead Winter Dead”: Você Devia Ouvir Isto
Definição em um poucas palavras: Conceitual, classudo, pesado, operístico.
Estilo do Artista: Heavy Metal
Comentário Geral: Musicalmente, após “Hall of the Mountain King” o Savatage estava confiante para ir além, e ousou em discos como “Gutter Ballet” (1989) e “Streets – A Rock Opera” (1991), buscando ainda mais o senso da Broadway mesclado ao heavy metal pesado, deixando a sonoridade ainda mais bombástica e dramática.
Com esses dois discos o Savatage mostrou que havia enfim encontrado sua sonoridade, sua personalidade no heavy metal e lapidou-a ao máximo em “Edge of Thorns” (1993). Porém, a morte trágica do guitarrista Chris Oliva, em 17 de outubro e 1993, foi tão traumática para o Savatage, quanto para o heavy metal noventista.
Após a tragédia com Chris, Jon Oliva e o demais membros não sabiam o que ia ser do Savatage dali em diante. Esse momento-chave refletiria diretamente em “Handful of Rain”, disco lançado em 1994, cercado de tristeza, luto e excelência musical. Durante anos circularam histórias de quem havia tocado nas sessões de gravação deste disco. A verdade é que Jon Oliva, que trabalhava em parceria com o produtor Paul O´Neil, acabou gravando bateria, baixo, algumas guitarras, além dos teclados, e chamou o amigo Alex Skolnick, guitarrista do Testament, para gravar as partes de guitarra mais complexas.
O Savatage lavava sua tragédia com muito trabalho, e em 1995 eles apresentavam “Dead Winter Dead” (1995), que contava com o baterista Jeff Plate já fixo como membro oficial da banda e o guitarrista Al Pitrelli no lugar de Alex Skolnick.
“Dead Winter Dead” (1995) era mais um disco conceitual do Savatage, uma rock opera com temática discorrendo sobre a Guerra entre a Bósnia e a Sérvia, descrevendo reações para sofrimentos com a guerra, como um trauma emocional. A história é narrada por uma testemunha das mazelas da guerra de forma profunda, séria e emoldurada por uma sonoridade bem mais pesada se comparada aos dois discos anteriores.
Mesmo com toda esta carga emocional densa e peso na musicalidade, “Dead Winter Dead” foi o disco que deu ao Savatage um inesperado hit de rádio: “Christmas Eve (Sarajevo 12/24)”. A partir desta resposta, Jon Oliva e Paul O’Neill decidiram explorar este tipo de musicalidade de uma forma diferente, começando o projeto chamado Trans-Siberian Orchestra, por onde relançaram “Christmas Eve/Sarajevo 1994” em seu primeiro disco “Christmas Eve and Other Stories”.
Musicalmente, “Dead Winter Dead” é um disco grandiloquente e pomposo como uma típica opera rock, com a música servindo de moldura para a história a ser narrada, conseguindo capturar a emoção que as letras descrevem de forma madura e inspiradora, como nas belíssimas “This Is the Time (1990)”, “This Isn’t What We Meant” e “Not What You See”.
O peso dos velhos tempos de Savatage ficou no passado, mas ainda existem reminiscências de heavy metal em faixas como “I Am” e “Doesn’t Matter Anyway”, sem diminuir os exageros melodramáticos da proposta que poderia ser encaixada como um prog metal sinfônico. Neste contexto, as mesclas de vozes entre Zak Stevens e Jon Oliva cria uma dinâmica interessante para o trabalho como um todo, sendo que a performance de Stevens é o grande trunfo das composições que contam com sua voz.
Em suma, “Dead Winter Dead” é um trabalho conceitual conciso, detalhado e bem construído, mas sem a variação de um “Edge of Thorns”, por exemplo, sendo uma clara continuidade da renovação da sonoridade do Savatage iniciada em “Handful of Rain” e melhor acabada no disco seguinte, “The Wake of Magellan”, mostrando que definitivamente, ao menos musicalmente, superaram a morte de Chris Oliva.
Ainda em 1995 saía “Ghost in the Ruins – A Tribute To Criss Oliva”, uma compilação de apresentações do Savatage nos Estados Unidos de 1987 a 1990 e que no Japão saiu com o título de “Final Bell”. No âmbito dos lançamentos, entre 1995 e 1997 temos três compilações, até que no fim daquele ano chega o terceiro álbum conceitual do Savatage e segundo com a nova formação, intitulado “The Wake of Magellan”. O último trabalho de estúdio da banda, “Poets and Madmen”, que viria pela nova gravadora da banda, a Nuclear Blast, apenas em 2001, foi adiado várias vezes.
Ano: 1995
Top 3: “Christmas Eve (Sarajevo 12/24)”, “This Is the Time (1990)” e “I Am”.
Formação: Zak Stevens (vocais), Chris Caffery e Al Pitrelli (guitarras), Johnny Lee Middleton (baixo), Jeff Plate (bateria) e Jon Oliva (teclado e vocais).
Disco Pai: Queensryche – “Operation: Mindcrime” (1988)
Disco Irmão: Trans-Siberian Orchestra – “Christmas Eve and Other Stories” (1996)
Disco Filho: Therion – “Beloved Antichrist” (2018)
Curiosidades: A faixa “Mozart and Madness” cita diretamente da partes da “Sinfônia n 25” de Mozart, enquanto “Memory” cita movimentos da Nona Sinfonia de Beethoven. Estas citações estão ligadas à história contada no conceito do disco: em dado momento, Serdjan e Katrina se pegam ouvindo os pensamentos de Mozart e Beethoven enquanto eles vagam entre as explosões.
Pra quem gosta de: Contos de natal, opera-rock, história moderna e música clássica.
Os 5 Melhores Discos da Banda Savatage
O Savatage é uma banda icônica do metal e ao longo de sua carreira lançou muitos álbuns aclamados. Embora seja difícil escolher apenas cinco, aqui estão alguns dos mais celebrados discos da banda:
1) “Streets: A Rock Opera” (1991)
Este álbum conceitual é frequentemente considerado uma obra-prima do Savatage, conhecido por sua narrativa e composições incríveis.
Um álbum que mostrou a capacidade da banda de mesclar elementos de metal com influências progressivas e clássicas.
3) “Hall of the Mountain King” (1987)
Este álbum é um dos mais populares do Savatage e apresenta faixas clássicas como “Hall of the Mountain King” e “24 Hours Ago”.
O primeiro álbum com o vocalista Zak Stevens é elogiado por sua qualidade musical e composições cativantes.
Este álbum conceitual é notável não apenas por sua música emocionalmente carregada, mas também por sua exploração das tensões culturais na guerra da Bósnia.
Lembrando que a lista de álbuns mais celebrados pode variar dependendo dos gostos pessoais dos fãs, mas esses são alguns dos discos mais influentes e adorados do Savatage.
Leia Mais
- Savatage – “Hall of the Mountain King” | Você Devia Ouvir Isto
- Savatage: “Edge of Thorns” | Você Devia Ouvir Isto
- Savatage – “Handful of Rain” | Você Devia Ouvir Isto
- Savatage – “The Wake of Magellan” | Você Devia Ouvir Isto
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