Confira a proposta desta seção aqui…
Dia Indicado Pra Ouvir: Sexta-feira
Hora do dia indicada para ouvir: Sete e seis (da tarde ou da manhã).
Definição em um poucas palavras: gótico, presença de Satã, pesado, melódico, classudo.
Estilo do Artista: Black Metal
Comentário Geral: Quando “Genesis”, sétimo álbum de estúdio do Rotting Christ, saiu, a primeira coisa que chamava a atenção, antes mesmo da música, era o fato do antigo logo da banda ter voltado a estampar uma capa de um de seus discos, algo que não acontecia desde o clássico “Triarchy of the Lost Lovers” (1996 – um dos dezoito discos essenciais do black metal escolhidos por nós neste texto).
Seria esse o indício de uma volta às raízes?
Junto ao fato de trazerem novamente Andy Clansen para a produção, outro detalhe que remetia ao já citado álbum de 1996, dava ainda mais esperanças de um retorno ao peso e rispidez de outrora.
Em entrevistas da época do lançamento de “Genesis” a banda admitia o desejo desta volta às raízes. “Foi pelo som e pelos mesmos sentimentos de sete anos atrás” afirmava Sakis quando fora questionado pela escolha do produtor e do estúdio Stage One na Alemanha.
E uma rápida comparação com o que ouvimos no disco anterior, “Khronos” (2000 – produzido por Peter Tägtgren), vemos que “Genesis” possui uma injeção extra de agressividade sem deixar de lado a exploração atmosférica e experimental.
Ou seja, a volta às raízes ficava mais em intensões e sentimentos e atmosfera do que no black metal propriamente dito e, basicamente, “Genesis” funcionava como uma continuidade de “Khronos” (2000), onde a banda grega rompeu com os experimentalismos dos álbuns “The Dead Poem” (1997) e “Sleep of the Angels” (1999), através de um direcionamento ao death metal melódico, mesmo que possamos ouvir certo experimentalismo em “Nightmare”, “Ad Noctus” ou em “Release Me”, por exemplo.
Com esse disco o Rotting Christ se colocava no ponto médio entre o dark metal e o que convencionalmente chamamos de black metal melódico. Sakis e seus companheiros de banda mantiveram as melodias, as dobras de guitarra e as influências góticas de “Khronos” e inseriu-as num contexto mais variado, quase progressivo, e dotado de uma atmosfera industrial maléfica.
As guitarras estão afiadas (confira o belíssimo trabalho em “Dying”), mas os destaques vão mesmo para os teclados que conferem uma dimensão extra na ambientação profana junto aos vocais femininos e os cantos gregorianos adicionados aqui e ali.
Sempre que ouço esse disco, o mundo infernal criado por Clive Barker em “Hellraiser” me vem à mente, muito pela atmosfera criada que, em parte, lembrava vagamente o que faziam bandas como Dimmu Borgir, Old Man’s Child, Siebenbürgen e Cradle of Filth.
Isso fica evidente em faixas de destaque como “Lex Talionis” (um típico exemplo do que era o heavy metal nos primeiros anos do novo milênio), “Quintessence” (com algo de heavy metal tradicional), “Daemons” (e seus riffs poderosos), “Under the Name of Legion”, “The Call of the Aethyrs” e “In Domine Sathana” (o clássico que o álbum ofereceu ao repertório do Rotting Christ), e que nos mostram diferentes formas de abordar o black metal por vias modernas, com aquela fumaça gótica envolvendo os riffs, além de lançar alguns ganchos melódicos empolgantes.
Segundo Sakis, isso era fruto do fato de “Genesis” trazer todos os elementos que ajudaram a construir a identidade do Rotting Christ até ali: “acho que ele [o disco] traz todos os elementos de nossa música, é uma mistura de tudo o que fizemos ao longo dos anos, do ‘Thy Mighty Contract’ ao “Khronos'”.
Desde o início de sua carreira o Rotting Christ esteve aberto a expansões de suas fronteiras musicais, buscando a excelência de sua arte e, sem dúvidas, acertando muito mais do que errando. “Genesis” é parte importante desse caminho musical, a bifurcação que sairia do experimentalismo de “A Dead Poem” e “Sleep of the Angels” e os levaria à excelência de “Theogonia” (que resenhamos aqui).
De fato, este disco está longe de ser o melhor da banda, mas tem seus momentos de excelência, sendo certo que VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO!
Ano: 2002
Top 3: “Lex Talionis”, “Quintessence” e “In Domine Sathana”.
Formação: Sakis Tolis (vocais, guitarras, baixo, programming), Themis Tolis (bateria) e George (teclados)
Disco Pai: Dimmu Borgir: “Enthrone Darkness Triumphant” (1997)
Disco Irmão: Nightfall: “I Am Jesus” (2003)
Disco Filho: Triptykon: “Eparistera Daimones” (2010)
Curiosidades: Ao contrário do que vemos creditado no encarte, o baixista Andreas Lagios e o guitarrista Costas Vassilakopoulos não tocaram no álbum. Além disso, a edição nacional continha uma faixa bônus, “Astral Embodyment”, mantida nesse relançamento de 2018 à cargo dos selos Cold Art Industry e Rising Records.
Pra quem gosta de: Virada do milênio, satanismo gótico, vinho grego e misturar o sagrado com o profano.
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