Nesta seção queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas. Hoje trazemos a banda ROTA 54, representada pelo guitarrista e vocalista Caio Uehbe.
FICHA TÉCNICA
NOME DA BANDA: Rota 54
ESTILO: Punk Rock
CIDADE/ESTADO: São Paulo/SP
ANO DE FUNDAÇÃO: 2008
DISCOGRAFIA:
“Rota 54” – 2010
“Rudes Tempos” – 2013
“Subvivência” – 2016
“Náusea” – 2019
ENTREVISTA
1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre a biografia da banda.
Caio Uehbe: A banda surgiu em 2008 com um empurrãozinho do Clemente, dos Inocentes e Plebe Rude. Eu tinha recém terminado minha banda, o Núcleo Zero, e ele me colocou em contato com amigos dele que também estavam sem banda na época. Um deles era o Kenzo, que tocava na banda de metal Salário Mínimo e estava afim de fazer um som diferente, o outro era o Paulo, ex-batera da banda Lambrusco Kids. Eu chamei também um amigo que tocava baixo, o Raphael Borghi, que hoje apresenta o CineLab, e nós quatro nos reunimos num boteco na Augusta e resolvemos formar a banda.
A ideia do nome Rota 54, surgiu para fugir um pouco do padrão do punk de usar sempre o 77, que remete ao início do punk. O 54 faz menção ao ano que o Elvis gravou o primeiro single e a partir de então tivemos uma explosão do rock pelo mundo. Como acreditamos que o punk nada mais é do que a pura essência do rock resgatada pela juventude nova-iorquina e inglesa nos anos 70, achamos que o 54 também seria uma boa opção.
Essa formação não durou muito, logo o Raphael saiu da banda dando lugar ao Cesar Hiro, isso no começo de 2009. Hiro, depois de mim, é o que está há mais tempo na banda. Estamos, se não me engano, na oitava formação, mas a atual é a que considero a melhor.
2. Quais as principais influências da Rota 54? Existem alguns nomes que indicariam como principais referências para a sonoridade que vocês praticam?
Caio Uehbe: Falar de influências da banda no coletivo eu acho sempre muito difícil, porque acredito que a riqueza de uma banda está no capital cultural musical diferente que cada integrante acaba trazendo para o processo de criação.
Eu tenho a impressão de que o Rota 54 tem uma pegada que lembra mais as bandas punks do início do movimento como The Clash, Cock Sparrer, Sex Pistols, Menace, e, um pouco mais recente, o Attaque 77 da Argentina. Bandas com uma sonoridade que, no Brasil, também influenciaram o rock dos anos 80 como o Ira! e a Plebe Rude.
3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, vocês possuem algum posicionamento político ou ideológico?
Caio Uehbe: A gente compõe livremente, mas até mesmo pela nossa formação e opção por tocar punk rock, temáticas de protesto e cunho social sempre acabam aparecendo, apesar de algumas músicas, como por exemplo “Garota Suicida”, fugirem dessa temática.
Em especial no disco novo temos músicas com letras bem fortes e politizadas como “Liberdade” composta por mim em homenagem ao Carlos Marighella e “Dente por Dente”, inspirada no “Poema de Sete Faces” do Carlos Drummond de Andrade. O Ricardo compôs a “Não Quero Mais” que também é uma letra muito forte e atual, “Me descontrolo e já ouço os gritos, é medo dos que não são oprimidos que querem me calar mas hoje vão sangrar…”.
O Hiro tem duas composições também nesse disco que não são tão literais, mas que nitidamente tem um cunho social por trás. As músicas “Subvivência” e “Hiro Song”.
Evidentemente que a abordagem dessas temáticas da forma que é feita pela banda nos classifica como uma banda ideologicamente de esquerda. Não classificaria de forma fechada a qual campo ideológico da esquerda, porque cada integrante da banda tem as suas posições, eu particularmente me considero um comunista marxista.
4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona o processo de composição?
Caio Uehbe: A gente tem um espaço de ensaio próprio muito bacana na Vila Carrão, que tem facilitado muito esse processo de composição e desenvolvimento das músicas. Onde o produto final é sempre coletivo.
No meu caso, eu componho mais letras, não tanto a harmonia, e entrego para eles musicarem e pensarem nas melodias, acho que no disco novo só “Liberdade” que eu já levei paro ensaio quase pronta e fomos depois acertando detalhes.
O Ricardo e o Hiro também compõem e, como tocam melhor que eu, normalmente chegam com as músicas já mais adiantadas, com bases e melodias… já teve casos de chegar só o instrumental e colocarmos a letra depois.
Já o Minoru é o cara das melodias! Eu sempre mando umas letras para ele e ele volta com melodias muito boas. Aí coletivamente vamos ajeitando a música. Tem ensaios que ficamos horas em uma música arrumando detalhes, gravando, ouvindo e refazendo.
5. Qual das suas músicas ou discos você indicaria para alguém interessado em conhecer o som de vocês?
Caio Uehbe: O disco novo, “Náusea”, do final do ano passado, é o mais maduro dos quatro! É um disco que nos orgulhamos muito! Acredito que um bom fã de punk rock e de rock também gostará bastante do resultado! O disco está disponível nas principais plataformas digitais, como spotify, deezer etc.
6. Já existem metas de longo e médio prazo para a Rota 54?
Caio Uehbe: A situação atual gerada pela pandemia do Covid-19 acabou fazendo todo mundo ter que mudar seus planos né. A gente tinha shows agendados que tiveram que ser cancelados e é muito difícil prever quando iremos voltar à normalidade. Mas já temos músicas novas e continuamos compondo nessa quarentena, cada um de sua casa. Pretendemos, quando tudo passar, continuar divulgando o disco novo com shows, mas já pensar em gravar as músicas novas. Acho que estamos em um período muito fértil de composições que deve ser aproveitado. Um formato que estamos experimentando mais agora é o de vídeo, com o lançamento do clipe de “Garota Suicida”. Acredito que para os novos trabalhos devemos também produzir mais coisas nesse formato e quem sabe, se rolar, lançar algo no formato de vinil.
7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.
Caio Uehbe: Quero agradecer também a entrevista e a oportunidade de divulgar um pouco mais o nosso trabalho. E para finalizar gostaria de dizer que fazer som independente e música autoral no Brasil é muito difícil, mas tudo no final vale a pena pelo público que se identifica e no final valoriza o trabalho feito. Mas para continuarmos produzindo, para que novas bandas surjam e a cena no Brasil não acabe precisamos sempre do apoio de vocês, seja ouvindo as músicas nas plataformas streaming, seguindo nossos canais no Youtube e páginas no Facebook, e Instagram, ou quando rolarem shows e eventos, comparecendo para se divertir, fazer amigos e prestigiar as bandas.
Então quem ficou interessado vai lá, siga a banda nas redes sociais, ouça as músicas e em breve espero que possamos nos encontrar nos shows!
LINKS
Ouça o álbum “Náusea” nas principais plataformas digitais:
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