O Rival Bones promove, em seu EP de estréia, uma versão pujante e retorcida do Rock moderno, criada à partir da essência rústica do Rock setentista que dança violentamente entre a poeira chapada do stoner e a dinâmica libertina alternativa
Formado no noroeste da Inglaterra no final de 2014, a Rival Bones é uma poderosa dupla de rock composta por James Whitehouse e Chris Thomason, influenciada por bandas como Audioslave, Queens Of The Stone Age e Rage Against The Machine. Abaixo você lê nossa resenha completa do seu EP de estréia lançado em 2017 que chegou ao Brasil pelo selo paulista Hellion Records.
Liverpool é uma cidade de tradição dentro do Rock. Nunca é demais lembrar que além dos Beatles, também surgiram naquelas paragens inglesas bandas de naturezas variadas como Liverpool Express, Echo & The Bunnymen, e The Searches. Agora, a cidade nos oferece mais um nome com potencial para entrar nesta lista: o Rival Bones; um duo guitarra-bateria, formado em 2014 pelos músicos James Whitehouse (guitarras e vocais) e Chris Thomason (bateria).
Neste formato é comum inferirmos que seguirão a linha de bandas como Royal Blood, Black Keys e Double Fuzz. De fato, é isso que veremos nestas quatro faixas desfiladas nos menos de vinte minutos deste primeiro EP auto-intitulado, lançado no Brasil via Hellion Records, mas também remetem a algo de Audioslave, Foo Fighters (a voz de James me lembra a de Ghrol no momentos mais furiosos) e Queens of the Stone Age na sonoridade, além de resgatarem aquela vibração selvagem e crua do Rock setentista.
Abaixo você tem ofertas do primeiro EP da banda britânica Rival Bones |
“Want You Madly” abre o EP com riff carnudo, boas e vigorosas melodias vocais, e dinâmica poderosa. Nesta faixa já podemos perceber o entrosamento entre os dois músicos, que se guiam mais pelo feeling do que pela técnica (o que não quer dizer ela esteja em falta por aqui), sobrepondo texturas e intensidades, gerando energia através da fricção de momentos furiosos e distorcidos com passagens mais cadenciadas e limpas, como vemos em “Marceline”, e mais tempestuosamente na stoner e iracunda “Hives” (essa, talvez, a melhor das quatro faixas) que desaguará na dinâmica cheia de ganchos cativantes de “Running”.
Gravado, produzido e mixado por Tony Draper, no Parr Street Studios e masterizado pelo produtor Mike Marsh no Exchange Mastering, o registro do trabalho é preciso, orgânico e moderno, potencializando a força do som gerado pela dupla, sem deixar buracos. Além disso conseguem dar a vasão exata de fúria e peso, sem privar-nos das melodias e de certo brilhantismo.
O Rival Bones promove uma versão pujante e retorcida do Rock moderno, criada à partir da essência rústica do Rock setentista que dança violentamente entre a poeira chapada do stoner e a dinâmica libertina alternativa. Sem dúvidas, uma banda para se acompanhar de perto!
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