Revertigo é uma dupla de rock sueca formada pelo cantor Mats Levén , que é conhecido por seu trabalho com bandas de heavy metal como Candlemass e Therion, e pelo guitarrista do Treat, Anders Wikström.
O Revertigo é um projeto formado em 2016, e eles produziram uma fita demo de três músicas que levou a banda a ser assinada pela Frontiers Records. Seu álbum de estreia foi lançado em 23 de fevereiro de 2018 pelo mesmo selo italiano.
A banda Revertigo já aguça a curiosidade não só pela origem sueca, que nos dias de hoje é quase um critério de qualidade, mas também pelos nomes envolvidos. Centrado no duo Mats Levén (vocals) e Anders Wikström (guitar), nomes ligados a Candlemass, Yngwie Malmsteen, Treat e Trans-Siberian Orchestra, o projeto iniciou em setembro de 2016 com uma demo de três músicas encaminhada à gravadora italiana Frontiers que decidiu assinar com a dupla para um álbum que foi gravado entre os compromisso de ambos com suas bandas principais.
Musicalmente, este primeiro álbum faz um blend de heavy metal com aspectos melódicos e o hard rock dos anos 70 e 80, com um verniz moderno dado pela produção eficiente à cargo da própria dupla.
Neste panorama, “Revertigo”, o álbum, é um disco que explora as melodias do melodic rock por texturas diferentes e peso variado, mas soando como se tateassem às cegas em busca de uma alma musical, sem se definir e vagando por abordagens tão amplas que não cria identidade, oscilando entre bons momentos e outros confusos.
Todavia, esta oscilação é compensada pela ousadia, que gera um sensação contraditória enquanto o álbum segue seu curso, pois se as composições da dupla não funcionam a todo momento, quando funcionam o resultado é brilhante, como em “Luciferian Break Up”.
O resultado final deste primeiro álbum do Revertigo é uma coleção diferenciada de canções. Enquanto “Hoodwinked”, “Joan Of Arc”, e “The Cause” (com um ótimo trabalho de baixo) se destacam pela atitude instrumental e pela força dos vocais melódicos e dramáticos, outros momentos, como “Gate Of The Gods”, “Break Away” e “Unobtainium” vão da grandiloquência pop descarada por intervenções eletrônicas, ao sabor do gothic rock/metal, passando pela estranheza tortuosa do alternativo, que ganha mais força na sombria “Symphony Of Fallen Angels” , que veste o melodic rock da dupla numa estética musical que chega a lembrar Marilyn Manson.
A produção precisa, permite detalhar cada instrumento, mas sem soar clínica e dando a dose de sujeira na medida certa para que estas faixas soem “perigosas” e “desajustadas”, como todo bom hard rock deve ser (como na agressiva e certeira “False Gods”), em arranjos que refletem uma preocupação na construção das estruturas e dos solos esmerados aos detalhes e curtidos em feeling.
Por isso tudo, conseguem ser modernos ao andar de mãos dadas com o que pede a cartilha do hard rock, de ganchos melódicos encharcados de adrenalina, além de refrãos irresistíveis e fáceis de gravar. Claro que existem alguns exageros, principalmente em certas linhas vocais, mas, no fim, mesmo com escorregões pontuais, o saldo é extremamente positivo.
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