“Shock” é o oitavo álbum de estúdio da banda norte-americana Tesla.
Porém, infelizmente, estão longe daquela banda vibrante e crua de anos atrás, e entregam um disco morno e com pouca inspiração.
Até que existem bons momentos por aqui, onde guitarras técnicas e cheias de feeling constroem os movimentos que salvam algumas das composições, principalmente quando desfilam aquilo que sempre fizeram de melhor: solos inspirados pelo classic rock e riffs cativantes, tudo amparado pelas possibilidades que o blues sempre ofereceu ao hard rock.
Características essas que aparecem menos em “Shock”, não há como negar.
Não é uma observação muito arguta dizer que Tesla buscou, nesse disco, inserir sua personalidade nos preceitos do classic/pop rock de nomes como Aerosmith, Queen, Beatles e Alice Cooper, pois isso é apenas constatar um fato!
Aliás, em “We Can Rule the World”, a balada que se salva em “Shock” tem até algo dos Beatles no refrão, e o vocalista Jeff Keith encarna tão descaradamente os trejeitos de Steven Tyler que chega a assustar! Já “Afterlife”, por sua vez, me parece uma faixa rejeitada do “Just Push Play”, um dos últimos discos do Aerosmith
E por falar em susto, “Shock”, que chega na sequência, traz batidas eletropop para o jogo, num atrito de abordagens e texturas com o refrão nervoso, que aos meus ouvidos não ficou legal e destoou um pouco, me deixando com a sensação de que o disco para o qual ela empresta o título será um tanto heterogêneo.
Essa música ligou o meu alerta para o perigo de decepção com esse disco, pois a expectativa após o ótimo “Simplicity” (2014) era alta de minha parte.
É fato que as composições aqui são bem construídas, com detalhes bem colocados, mas também é fato que tirando “You Won’t Take Me Alive” (um hardão ideal para abrir o disco com alta adrenalina, personalidade nos vocais característicos de Jeff Keith e bom refrão), a primeira metade do disco é muito morna!
Algo bem representado por “Taste Like”, um hard rock mid-tempo, que é manso demais pra empolgar, mas determinado demais pra ser chamado de balada. O que também acontece com “Comfort Zone”, apesar da guitarra tentar por fogo na composição!
A sequência com a já citada “Shock”, “Love Is a Fire” (mais uma balada),“California Summer Song” (um pop brega onde só salvam os solos), e “Forever Loving You” (outra balada) é pra testar sua real vontade de ouvir esse disco!
Posso te dizer que fazia muito tempo que um disco não me irritava tanto. De onde tiraram esse timbre de guitarra havaiana? Isso arde de tão datado!
Tanto que quando “The Mission” (remetendo ao bom disco anterior e com um dos melhores solos do trabalho) e “Tied to the Tracks” (um hard rock à moda oitentista, instilando adrenalina e perigo nos riffs) e “I Want Everything”, as outras três músicas legais, chegam, o que sentimos é apenas alívio!
Talvez o grande problema aqui seja a superprodução dada por Phil Collen, sim o mesmo do Def Leppard. Ele parece que teve muita voz nas decisões finais e inseriu um senso meio plastificado de AOR/Pop sem sabor nas composições do Tesla diminuindo o essencial: a identidade elétrica e orgânica que a banda sempre teve.
No fim, diminuindo os acertos dos erros, o Tesla fica um pouco acima da média! Passa, mas não chega nem perto do álbum anterior, “Simplicity”, o que dirá dos clássicos três primeiros álbuns!
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