O Culprit foi formado em 1981 por cinco músicos de duas bandas distintas e que se conheciam dos shows que dividiam e logo resolveram juntar forças em um projeto conjunto.
Seu primeiro disco, “Guilty As Charged”, sairia em 1983 como uma demonstração do quão rústico e primitivo o metal norte-americano podia ser naquele período, ao mesmo tempo que trazia um preciosismo técnico que os colocava como um precursor do prog metal.
Infelizmente, a banda foi sabotada pela própria falta de experiência, tanto no gerenciamento da carreira quanto no trabalho em estúdio, que alías beira o diletante não só para os ouvidos atuais.
Tanto que em 1984 o Culprit finalizava suas atividades, ao menos temporariamente. Alguns retornos foram esboçados, mas apenas no ano 2000, com “Guilty As Charged!” relançado, tivemos uma reunião da banda para alguns shows.
Somente oito anos depois, em 2019, com a formação renovada, que o Culprit voltaria aos palcos. Ao lado do baixista Scott Earl, o membro fundador remanescente, estavam o guitarrista Patick Abbate, o vocalista Mino Mereue o baterista Lamar “Thunderstix” Little.
E justamente neste período foi gravado “Guilty As Charged Live!!!”, álbum ao vivo onde tocam “Guilty As Charged” na íntegra e em sequência, registrando a primeira reunião em oito anos liderada pelo baixista Scott Earl.
E o que poderia significar ouvir “Guilty As Charged” com uma qualidade melhor de gravação na verdade não acontece.
A captação do show é um tanto crua, apesar de ser bem melhor do que aquela que ouvimos no disco de estúdio, principalmente no que tange a bateria, que desta vez não tem os bumbos prejudicados. Porém, ainda está um tanto abafada.
Mesmo assim dá pra perceber a vontade com que os músicos executam suas performances, a interação com o público e a troca de energia.
Dentre os pontos positivos temos o vocalista Mino Mereue, que está em plena forma e sua performance na ótima “Ambush” se destaca.
Aliás, faixas como “Ice in the Back”, “Steel to Blood” (ainda a melhor do disco!) e “Same to You” ganharam ainda mais poder ao vivo, com o vocalista diminuindo o exagero nos agudos e dando uma determinação mais agressiva e imperativa à suas interpretações.
Além disso, os músicos executam seu repertório com energia e precisão. Desde a explosiva faixa-título, até o desfecho com a hoje clássica “Players”, tudo está em ordem no que diz respeito à execução, principalmente nas linhas de baixo e na execução dos solos.
Nesse sentido, “Tears Of Repentance” e “Fight Back” soam ainda mais pesadas ao vivo.
Curiosamente eu ouvi este disco após uma nova audição de sua versão em estúdio e posso dizer que nem todas as faixas funcionam no palco como no estúdio e este é o caso de “I Am”, que soa muito datada.
Um último detalhe ao solo de baixo de Scott Earl, não deixando dúvidas de que Cliff Burton e Felix Pappalardi são sua grandes influências.
Se você curte o clássico cult que se tornou “Guilty As Charged” pode conferir este disco ao vivo sem medo!
FAIXAS:
1. Guilty As Charged
2. Ice In The Back
3. Steel To Blood
4. I Am
5. Ambush
6. Bass Solo
7. Tears Of Repentance
8. Same To You
9. Fight Back
10. Players
FORMAÇÃO:
Scott Earl (baixo)
Patrick Abbate (guitarra)
Mino Mereu (vocal)
Saul Ashley (bateria)
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