“Human Mechanic” é o terceiro álbum de estúdio da banda Purpendicular, que traz a ilustre presença de Ian Paice, baterista do Deep Purple.
“Human Mechanic” é o terceiro disco da banda de classic hard rock Purpendicular, lançado pelo selo Metalvile Records. No Brasil, este disco que tem participação de Ian Paice, baterista da lendária banda Deep Purple, chegou em edição luxuosa à cargo do selo paulista Hellion Records.
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Purpendicular feat. Ian Paice – “Human Mechanic” (2022) | Resenha
Uma banda que se chama Purpendicular e confessa praticar um hard rock de tonalidades clássicas, com suas raízes nos anos 1970, só poderia praticar uma versão moderna da musicalidade desenvolvida pelo lendário Deep Purple. A presença de Ian Paice na formação que gravou “Human Mechanic” , terceiro disco da banda, só reforça esta expectativa.
Para situar o leitor, a banda Purpendicular foi formada em outubro de 2007, pelo vocalista irlandês Robby Thomas Walsh, que traz na bagagem mais de duas décadas de experiência como músico de bandas semi-profissionais.
O Purpendicular chamou a atenção, pois já no seu primeiro ano dividiu uma turnê completa com o baterista do Deep Purple, Ian Paice, e acabou se tornando o show de tributo ao Deep Purple mais assistido do mundo por três anos consecutivos (2012-2014).
Desde então, Robby Thomas Walsh e Ian Paice criaram uma grande amizade e nos próximos anos o Purpendicular focou seus shows em tocar as músicas do Deep Purple pertencentes à fase com o guitarrista Steve Morse.
Isso justifica o nome da banda emprestado do décimo quinto álbum de estúdio do Deep Purple e o primeiro a incluir Steve Morse. Desde então, as relações entre baterista e banda se aproximaram cada vez mais, no palco e fora dele.
Além disso, o Purpendicular lançou dois discos, “tHis is the tHing#1” (2015) e “Venus To Volcanus” (2017), onde o timbre dos vocais de Walsh se assemelham impressionantemente aos de Ian Gillan, mesmo que ele também tenha seu timbre único.
Isso aliado às participações de Ian Paice nos dois trabalhos deram ainda mais sabor às composições que parecem peças de um Deep Purple vindo de um universo paralelo.
Por isso tudo, a expectativa pelo que se ouviria no terceiro disco, “Human Mechanic”, era grande e o disco que começou a ser trabalhado em 2020 só foi lançado em 2022. E como era de se esperar, a musicalidade bebe na fonte do Deep Purple, mas agora em todas as suas fases, com os hammonds e as guitarras tomando o protagonismo para si. Mesmo assim, o groove gerado pelas linhas funkeadas do baixo e a bateria de Ian Paice roubam a cena.
Aliás, o tempo pode ter passado, mas o senhor Ian Paice parece inexorável. Seu trabalho técnico e conciso precisa ser enaltecido. Se por um lado ele não tem criatividade do passado, ou a força da juventude, por outro, ele tem uma técnica jazzística que permite com destreza quase atlética sustentar as harmonias das dez faixas que completam “Human Mechanic”, do Purpendicular, banda que agora conta com o lendário baterista do Dep Purple em sua formação oficial.
Colocando o disco pra rodar temos a abertura enérgica com “The Nothing Box”, dona de melodias incisivas e sustentação firme da cozinha que chegam num crescendo climático e lembra as aberturas dos clássicos do Deep Purple.
Mas o primeiro destaque chega na sequência com “Ghost”, pela emoção expressa em todas as suas faces, mas principalmente pelo desenho bluesy das guitarras. Ainda como destaque máximo temos o peso inesperado de “Four Stone Walls” que chegará mais no final do repertório.
Estas duas faixas, junto com “Something Magical”, “Made of Steel” e “Passing Through” mostram que, apesar da musicalidade bem próxima ao Deep Purple, naquele lugar perigoso onde andam no fio da navalha que divide a inspiração da cópia descarada, existeme elementos próprios, como o peso, a diversidade, a ambientação etérea e veia mais bluesy do que jazzística.
De fato, “Human Mechanic” mostra que o Purpendicular, mesmo com a presença de Ian Paice, está mais para uma boa e moderna banda de blues rock, do que um mimetismo gratuito e oportunista do Deep Purple.
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