Ozzy Osbourne teve décadas de álbuns icônicos, além de ser um dos criadores do heavy metal. Elencamos um guia com 5 discos obrigatórios de sua longeva carreira.
Ozzy Osbourne, o mago do heavy metal, o Madman, ou O Príncipe das Trevas, é uma lenda não só da música pesada, mas de cultura pop do século XX. Figura chave em ao menos duas gerações dentro do heavy metal, ele estava lá quando o gênero foi criado no primeiro disco do Black Sabbath, e também quando o metal virou mainstream nos anos 1980, em uma sólida carreira solo.
Muito além de uma figura pitoresca do heavy metal, ele sempre teve um olho clínico para a música pesada, principalmente para escolher os guitarristas que trazia à tira-colo em seus discos, além de mostrar uma capacidade de adaptação como poucos nomes tiveram na evolução da música em quase cinco décadas.
Tony Iommi, Randy Rhoads, Brad Gillis, Jake E. Lee, Zakk Wylde e Joe Holmes são os principais guitarristas que ajudaram o Madman a construir uma sólida carreira da qual nos propusemos à hercúlea tarefa de pinçar cinco discos essenciais!
Estes são os 5 discos de Ozzy Osbourne que todo fã de heavy metal deveria ouvir
Ozzy Osbourne manteve uma carreira de álbuns de sucesso, colaborações ecléticas e um estrelato no rock e no heavy metal por décadas. Com tanto discos para escolher por onde come;ar, pode ser difícil escolher seus melhores álbuns.
Este guia explora cinco discos especiais da carreira de Ozzy Osbourne ao longo dos anos e o efeito que eles tiveram na história da música.
1) Black Sabbath: “Black Sabbath” (1970)
Não! Esse não é o melhor disco do Black Sabbath! Não é nem o melhor disco da fase-Ozzy Osbourne, mas é o mais importante disco da carreira da qualquer um dos quatro nomes da formação da banda. Como estilo musical, o marco zero convencionado para o nascimento do heavy metal é o lançamento deste primeiro álbum do Black Sabbath. Ou seja, não dá pra não enumerá-lo nesta lista!
“Black Sabbath”, o disco, foi gravado por uma quantia pífia, em pouco tempo de estúdio e em apenas oito canais. Mas a música ali impressa, aliado ao esquema de promoção criado pela gravadora, que o lançou numa sexta-feira, 13 de fevereiro, exaltava a imagem sombria e ocultista evocada pela capa e pelo próprio nome da banda.
Numa época onde a onda hippie e o discurso flower power eram aspergidos pelos convertidos aos dogmas emanados no Woodstock, o Black Sabbath abria possibilidades para uma temática sobrenatural, à começar pela capa que trazia uma arte gráfica fúnebre e gótica, de uma mulher parada num cenário lúgubre completado por uma casa abandonada, em tons marrom e cinza.
Todos ficavam impactados com o poder do riff da faixa título que abria o álbum com direito a chuva e sinos, e uma longa jornada com drama de filme de terror ao narrar um encontro com o Diabo! E ainda tinha “The Wizard”, “N.I.B.”, “Evil Woman” e “Behind The Wall of Sleep” encabeçando um conjunto de faixas construídas por acordes menores do blues, e improvisos jazzísticos, mas com psicodelia ocultista, tempos mais lentos, quase rastejantes, e clima funesto, épico, obscuro, e teatral.
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2) Ozzy Osbourne: “Blizzard of Ozz” (1981)
Após o primeiro disco, o Black Sabbath ofereceu uma sequência de cinco clássicos inquestionáveis com Ozzy nos vocais, mas, à partir de 1976, com “Technical Ecstasy”, a situação começava a ficar crítica, e começa a decadência da primeira fase da principal banda de heavy metal daqueles dias.
Em 1977, o pai de Ozzy morre e aliado ao consumo de drogas e bebidas o vocalista surta, briga com todo mundo na banda e chega a deixar o posto. Num primeiro momento voltaria atrás, gravando “Never Say Die” (1978), mas seria sacado da banda por um misto de vontade de experimentar novos horizontes e um convite para sair por parte de Tony Iommi. Foi um período complicado entre a saída do Black Sabbath, em 1979, e o primeiro disco solo, “Blizzard of Ozz”, lançado em 1981. Sumiu do cenário musical, se encastelou em um hotel e alguns chegaram a cogitar sua morte.
Ozzy ressurgiu com alto poder de fogo acompanhado por um verdadeiro supergrupo. Randy Rhoads (Quiet Riot), Bob Daisley (Rainbow), Don Airey (Rainbow, Gary Moore) e Lee Kerslake (Uriah Heep) gravaram o primeiro álbum solo de Ozzy, o aclamado “Blizzard Of Ozz” que trazia os clássicos do heavy metal como “Crazy Train”, “Goodbye To Romance”, “I Don’t Know”, “Suicide Solution” (faixa que traria problemas judiciais futuros a Ozzy) e “Mr. Crowley”. Um disco de heavy metal puro, clássico, e sem frescuras, essencial em qualquer coleção de respeito!
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3) Ozzy Osbourne: “Diary of a Madman” (1981)
A fórmula de “Blizzard of Ozz” foi de tanto sucesso que no mesmo ano Ozzy Osbourne e seus asseclas lançam um segundo disco com a mesma abordagem, o aclamado “Diary of a Madman”. Com este disco Ozzy reconquistou o respeito dentro do cenário e seu nome foi às alturas do mundo do heavy metal, alavancado por composições como “Flying High Again”, “Little Dolls”, “Over The Mountain”, “You Can’t Kill Rock N’ Roll”, “Believer”, e “S.A.T.O.”.
Foi na turnê deste disco que ocorreu o evento com o morcego no palco, quando um fã jogou o animal vivo e Ozzy pegou-o e deu-lhe um dentada (vai saber o que se passava na cabeça do madman naquele momento). Também existe uma história de que ele teria decepado a cabeça de uma pomba com os dentes em uma reunião com executivos da gravadora.
Mas a tragédia espreitava a boa fase de Ozzy. Durante a turnê pelos EUA o guitarrista Randy Rhoads morreria tragicamente num acidente aéreo, deixando um ponto de interrogação quanto ao futuro de sua carreira, pois Rhoads era o pilar da sonoridade criada para a carreira solo de Ozzy Osbourne.
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4) Ozzy Osbourne: “Speak of the Devil” (1982)
O tradicional “roubo” de nossas listas aparece neste momento! A começar por ser um disco ao vivo, e porque aqui temos quase uma coletânea da fase Ozzy Osbourne no Black Sabbath, fechando uma lacuna deixada entre nossos dois primeiros discos enumerados.
A perda de Randy Rhoads, até hoje tem impacto no mundo do heavy metal, assim como a do baixista Cliff Burton, existindo inferências de como seriam as carreiras de Ozzy Osbourne e Metallica se ambos não houvessem partido tão cedo deste plano. Eram puro talento em prol da música pesada.
Após a morte do prodigioso Randy Rhoads, Ozzy Osbourne entrou numa depressão antes de sair em busca de um novo guitarrista. Para completar, o Black Sabbath, que nunca havia lançado um disco ao vivo com Ozzy Osbourne, em 1982 se preparava para lançar “Live Evil” com Ronnie James Dio (ELF, Rainbow, Dio) nos vocais.
Na imprensa, os remanescentes de sua época no Black Sabbath acusavam Ozzy de ser o culpado por nunca conseguirem gravar um disco ao vivo, alegando que ele desafinava muito e geralmente esquecia as letras. A resposta de Ozzy foi esse “Speak of the Devil”, que aos meus ouvidos é infinitamente melhor que “Live Evil”.
O setlist (de emocionar) é todo baseado na carreira de Ozzy Osbourne com o Black Sabbath, trazendo faixas como “N.I.B”, “The Wizard, “Sweet Leaf”, “Snowblind”, “War Pigs”, “Black Sabbath”, “Iron Man”, “Sabbath Bloody Sabbath”, “Children of the Grave”, e “Paranoid”, num disco duplo ao vivo que trouxe o guitarrista Brad Gillis, do Night Ranger, para os shows da turnê
O ano de 1983 traria “Bark At The Moon”, álbum que mantinha o alto padrão da primeira fase da carreira solo de Ozzy Osbourne, tendo Jake E. Lee substituindo Rhoads na guitarra, que também gravaria o indicado “The Ultimate Sin” (1986).
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5) Ozzy Osbourne: “No More Tears” (1991)
Em junho de 1985 uma reunião da formação original do Black Sabbath para o Live Aid caiu como uma bomba entre os fãs. Foram apenas quinze minutos, três músicas, e expectativas, mas, em 1986, “The Ultimate Sin” chegou como novo capítulo da carreira solo de Ozzy Osbourne, transformando a temática e a estética, que se alinhava ao glam metal em voga na época.
Ao fim da turnê daquele disco, Jake E. Lee sairia da banda, dando a lugar a Zakk Wylde, certamente o segundo mais importante guitarrista da carreira solo de Ozzy Osbourne. Seu primeiro álbum com o madman foi “No Rest For The Wicked” (1988), mas foi com “No More Tears” (1991) que Ozzy experimentou novamente o sucesso de um álbum consistente e irrepreensível.
A trinca de abertura, com “Mr. Tinckertrain”, “I Don’t Want to Change the World” e “Mama I’m Coming Home”, ja mostrava como Zakk Wylde tinha habilidade em mesclar peso com melodia, além de dar uma oxigenada no heavy metal de toques classic rock de Ozzy Osbourne. Este é um álbum que mistura de modo homogêneo o apelo hard rock com o DNA metálico presente na carreira solo de Ozzy, além de refletir a vibração limpa de quem vencera o vício em álcool e drogas, e mudou o estilo de vida para algo mais saudável.
Acompanhando Ozzy Osbourne, além de Zakk, tínhamos os baixistas Mike Inez e Bob Daisley, o baterista Randy Castillo, e o tecladista John Sinclair. Uma banda técnica e coesa, capaz de aliar o feeling de melodias acessíveis com a intensidade do rock pesado em faixas como “No More Tears” (uma das melhores músicas da carreira de Ozzy), “Hellraiser” (composta em parceria com Lemmy Kilmister, do Motorhead) e as baladas preciosas “Time After Time” e “Road To Nowhere”. Simplesmente obrigatório por ser o último grande disco de Ozzy Osbourne.
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