Escolhemos 5 discos para você mergulhar mais fundo na música do Earth, Wind & Fire! Desde suas raízes no jazz e soul até sua influência icônica no funk e na disco music.
O Earth, Wind & Fire foi uma banda que transcendeu a música negra. Desde suas origens no jazz e no soul até o gênero funk que eles criaram, a banda de Maurice White se tornou um dos nomes mais influentes da história da música pop, ao combinar diferentes estilos para criar algo novo e mágico no processo.
As raízes e influências musicais do Earth, Wind & Fire.
O Earth, Wind & Fire reuniu influências de uma variedade de gêneros, como jazz, soul e funk. Eles misturaram essas fontes para criar um som totalmente próprio. Por meio de suas colaborações com artistas como Stevie Wonder e Bill Withers, eles adicionaram elementos sutis da música da Motown à mistura. Ao fazer isso, eles criaram algo inteiramente novo que mudou a face da música popular para sempre.
Uma mistura única de musicalidades que influenciou a música pop
É inegável que o Earth, Wind & Fire criou uma mistura única de sons que ninguém jamais ouvira antes. Suas composições inovadoras incluíam melodias de jazz e soul encimadas por uma inegável batida de funk.
Enquanto o rock era dominante no início dos anos 70, o Earth, Wind & Fire trouxe uma ampla gama de influências para seu trabalho, o que abriu novos caminhos para a música popular. Ao lado de seus contemporâneos no mundo do R&B, eles lançaram as bases para o moderno funk eletrônico e dance music.
A influência de Earth, Wind & Fire pode ser facilmente ouvida em gêneros musicais posteriores como disco e funk. Seus sucessos icônicos, como “Boogie Wonderland” e “September”, foram sampleados por muitos artistas de dance music e hip-hop ao longo dos anos. Enquanto isso, sua fusão de jazz e soul lançou as bases para grupos de neo soul como D’Angelo e Erykah Badu. Por meio de sua expansiva mistura eclética de influências, o Earth, Wind & Fire criou um som que ainda é reverenciado pelos ouvintes até hoje.
Estes são os 5 melhores discos para conhecer o Earth Wind & Fire
A banda Earth, Wind & Fire, fundada por Maurice White, é dona de diversos sucessos que representam a segunda metade da década de 1970. Transitando por diversos estilos da música negra como funk, R&B, disco music e soul, cravaram no cancioneiro popular do século XX clássicos alegres e álbuns fenomenais que vão muito além de seus singles em termos de exploração musical.
Na década de 1990 a banda se viu envolta em tragédias e problemas de saúde com alguns de seus integrantes, ofuscando um pouco sua popularidade. Trazemos hoje cinco álbuns para conhecer uma das maiores instituições da música americana.
1) “That’s the Way of the World” (1975)
Certamente um dos grandes álbuns da década de 1970, independente de gênero! Neste álbum, a mistura de jazz com funk e soul, marcada por linhas vocais brilhantes, que Maurice White tinha em mente atingiu sua formatação ideal, bem equilibrada entre musicalidade de alta classe e níveis exuberantes de “grudência” melódica, algo já evidenciado na explosiva abertura com “Shining Star”, uma faixa de “rachar o assoalho” e que estenderia influências em toda a música pop ao longo da década.
A sonoridade ainda estava magra, mas a excelência já estava presente no entrosamento dos músicos, que se mostravam fluidos em andamentos intrincados e engajados nos arranjos groovados. Um capítulo mais do que importante para entender a evolução do soul/funk.
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2) “Spirit” (1976)
Como um verdadeiro pastor, Maurice White evangeliza com sua elegância ao longo deste trabalho, geralmente pouco lembrado da discografia, mas que traz uma excelência musical poucas vezes vistas na carreira desta congregação musical. As composições são muito bem compostas e executadas, com mensagens positivistas e alta influência da música gospel norte-americana.
Faixas como “On Your Face”, “Spirit”, “Saturday Nite” (aqui você entenderá de onde Michael Jackson estudou a incisividade de suas linhas vocais) e “Burnin’ Bush” representam alguns dos melhores momentos da discografia do Earth Wind & Fire. Este é um álbum que merece ser estudado nos detalhes!
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3) “All ‘n All” (1977);
Este é o álbum que tem “Serpentine Fire” e só por isso já deveria figurar nessa lista. Mas “All ‘n All” ainda traz a melhor fusão de groove e melodia que a música pop já viu, manufaturada magistralmente em “Fantasy”, uma típica canção de fim dos anos 1970, mas que nunca soa datada ou emociona menos.
Neste álbum, os trabalhos vocais são irrepreensíveis, as linhas de baixo são gordurosas e a batida tipicamente funky brilha em arranjos variados e preciosos que são constantemente cortados por naipes de metais e linhas de guitarra incríveis. Após “Serpentine Fire” e “Fantasy”, “Jupiter” (um arrasa-quarteirão), “Runnin” e “I’ll Write a Song for You” finalizarão o serviço e te farão cair de joelhos por um dos marcos da era em que a música pop tinha que ser inteligente e de musicalidade sagaz.
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4) “I Am” (1978)
Este álbum é uma playlist pronta para uma festa, pois é o resumo de tudo o que o Funk/Disco tinha de excelência em sua época de ouro: comercial e acessível, mas soberbamente construído, conseguindo ser dançante e emocional ao mesmo tempo. A produção é brilhante e os arranjos são glamourosos e cintilantes, como bem resume a espetacular “Can’t Let Go” e a épica “In the Stone” (cuja introdução já foi até abertura de programa de televisão no Brasil).
A energia que pulsa deste álbum é impressionante, bem como a capacidade de se reinventar comercialmente, mas sem preder a relevância musical dentro do Soul/Funk. Na verdade, seus tentáculos influenciadores abraçariam grande parte da música pop dos fins da década de 1970. E, além disso tudo, neste álbum ainda tem “Boogie Wonderland”.
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5) “Raise!” (1981)
“Let’s Groove”, quiçá, é a melhor composição do Funk/Soul nos anos 1980 e se “Raise!” tivesse somente esta faixa de abertura já valeria sua inclusão neste nosso enumerado. Após o fraco álbum duplo “Faces” e a saída do guitarrista Al McKay, “Raise!” retomou a picardia funkeada, com forte aroma pop, fato que pode ser credenciado à volta do guitarrista original Roland Bautista, após nove anos.
Além disso, a maior orientação musical pelo uso dos sintetizadores deu um sabor diferenciado à receita energética do Earth Wind & Fire, diferenciando dos seus álbuns anteriores e soando renovado em faixas como “I’ve Had Enough”, “You Are a Winner” e “The Changing Times”.
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